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        Não era o sentimento de culpa que eu queria despertar em Cristina. Vê-la abaixando a cabeça toda vez que olhava para mim e se mantendo afastada. Para que sua aura não me prejudicasse, como ela disse. O fato de que eu quase fui punido pelos inspetores, por meu descontrole ao tomar seu sangue, a abalou mais do que eu pensava.

       Seu período finalmente veio no fim de semana. Nós decidimos ficar na faculdade. Ela passava mais tempo no quarto. E rejeitou meu sangue. Aceitou morder Kevin, no entanto. Dizendo que sua aura o afetava menos. 

        _ Como ela está? _ perguntei.

        _ Tentando achar um jeito da aura dela não afetar você. Está se culpando por todos os seus "erros". A morte das humanas, as chicotadas que levou por espiá-la no vestiário. Sua necessidade de namorar logo, mesmo sem ter sentimentos e sua quase punição por ter deixado suas sementes escaparem de novo. _ ele contou. _ Parece que ela resolveu carregar seu fardo.

        _ Preciso falar para ela que não tem nada a ver. Por que o Tomás não explica?

        _ Ele está ajudando a achar um jeito da aura dela não te afetar.

        _ Mas eu quero que me afete. Ela deveria é pensar em corresponder. Deixar eu me aliviar em seu corpo. _ disse, irritado.

       _ Sabe que ela está esperando o laço vermelho dela. Se guardando para ele. _ Kevin me lembrou.

       _ Eu duvido que ele esteja fazendo o mesmo. Ele não merece que ela o espere. E vai saber se vão se encontrar nesse século. _ eu disse.

«««✩»»»

        Os inspetores resolveram punir Cristina, por usar dons neles para evitar a nossa punição. Claro que eu me revoltei e entrei em combate corporal com eles.

        _ Nós não tivemos interações íntimas. Ainda somos virgens. Não vou aceitar que a punam. _ eu reclamei.

       _ Você ainda estava sujo quando flagraram vocês se beijando. _ um inspetor acusou.

        Era difícil explicar a situação. Me sentia constrangido em ser exposto assim.

        Cristina me segurou e balançou a cabeça. Negando.

        _ Tudo bem. Não precisa dizer mais nada. _ ela disse. _ É mais fácil eu concordar, do que explicar.

        _ Nem pensar. _ eu disse. _ É totalmente injusto.

        _ A culpa é minha. Só reagiu daquele jeito, porque minha aura te afeta. _ ela disse.

       _ É da nossa natureza ter o charme na aura. Nenhum de nós tem culpa. _ afirmei.

       _ Não mesmo. Deixem comigo. _ meu avô apareceu de repente. _ E não se preocupem com os elementais. Vão ignorar como sempre.

       _ No meu caso não ignoraram. _ reclamei.

       _ E ainda estou os vigiando por isso. _ meu avô afirmou. _ Quanto a vocês... Estão exagerando nas suas regras e punições. Não houve interações íntimas. E eu posso provar.

         Deixamos nosso avô manipulando a mente deles. Me aproximei de Cristina e a encarei sério. Ela era um pouco mais baixa que eu. Apesar de ser mais velha.

        _ De uma vez por todas, pare de se culpar. Você é uma vampira. Sua aura vai afetar não só humanos, mas todos que te acharem atraente e olha... Serão muitos! Porque você é muito bela e formosa. Como uma rosa! Então não se culpe pelo desejo que provoca em mim. Sinta-se elogiada por isso. E pense em mim como homem. Não só o seu primo de consideração, que você precisa proteger. _ pedi.

Is It Love? Draco - IncontrolávelOnde histórias criam vida. Descubra agora