Capítulo 7 - "Eu amo-te..."

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Acampamento junto ao barco da Guilda, 17h50...

Natsu

– Anda lá! Não podes ficar assim para o resto da vida... – O Gray abanou-me por eu estar sentado no chão a olhar para o mar há mais de uma hora.

– O Gray tem razão. – A Erza aproximou-se de mim. Mais uma que me veio moer a cabeça...

– Talvez se vocês me contassem o vosso segredo eu entendesse o que se passou! – Berrei, levantando-me bruscamente do chão.

– Burro como és acho que não ia adiantar de nada... – Gozou o striper.

– Gray, a roupa... – Lamentou a Erza, o que fez o tarado gritar e esconder as suas partes baixas com o Happy...

Entrei no barco (uma vez que não estava em andamento não me deixava enjoado) e fui ter com a Lucy.

Estava frustrado por não saber o que se tinha passado, mas de uma coisa eu tinha a certeza: depois de ter afastado a Midori de mim, aquilo que vi ao inicio era uma ilusão dos meus amigos, e só depois é que os verdadeiros apareceram, quando aquela grande luz surgiu...

Era o mesmo feitiço que o pai do Laxus, Ivan, tinha usado contra a nossa guilda nos Jogos Mágicos. Dessa vez a luta inicial que estavamos a ver era uma ilusão e na realidade o Laxus estava a lutar contra toda a guilda do seu pai, a Raven Tail.

Sentei-me junto à Lucy e ela desviou o olhar de mim.

– Não me ignores... – Limitei-me a olhar para as minhas mãos. Sabia bem que não lhe podia pedir uma coisa dessas depois do que se tinha passado...

Passaram-se alguns segundos em silêncio e de seguida a Lucy deixou escapar o primeiro soluço do seu choro. Mordi o lábio, irritado comigo próprio. Ela estava a chorar por minha causa, e isso deixava-me doente.

– O que é que eu posso fazer para que... Esqueças isto? Ou... Sei lá... – Aproximei-me dela. Estava desesperado, o choro da loira estava a deixar-me mal...

– Fica aqui comigo... – A sua voz era abafada pela almofada. Tranquei a porta do quarto (estavamos numa espécie de quarto da enfermaria onde os doentes podiam descançar) e deitei-me com a loira.

– Eu amo-te... – Obriguei-a a olhar-me nos olhos.

– Como é que algo tão "simples" pode magoar tanto... – Questionou ela enquanto escondia a sua cara no meu peito. Massajei os seus cabelos loiros e abracei-a fortemente, precisava de fazê-la esquecer o que se tinha passado...

A verdade é que, sinceramente, já não sei como é que vivia sem a Lucy. É mais forte do que eu... Eu sei que é lamechas, mas é verdade.

Eu gosto mesmo dela. Nunca me preocupei tanto com alguém como me preocupo com a Lucy...

Lucy

Apesar de tudo o que aconteceu desde que a Midori chegou, eu queria perdoar o Natsu. Sei que me devia impôr, mas acho que ele já estava arrependido o suficiente, e, para ser sincera, acho que ele seria incapaz de me trair. Logo ele.

Estamos a falar do Natsu, não é verdade?

Eu sei que ele me ama, ele nunca se deixou influenciar por outras raparigas, e sei que, tal como ele disse, ele nunca olhou para outra miúda sem ser eu. Eu sei disso perfeitamente..

– Natsu? Lucy? – Ouvi o Mestre chamar, batendo à porta. O Natsu deu-me um beijo na testa, levantou-se da cama e foi abrir a porta.

– Preciso de ver como é que a Lucy está. – Informou o Avôzinho, entrando no quarto.

O pequeno senhor saltou para cima da cama e olhou-me nos olhos. Foi constrangedor...

– Foi ela? – Perguntou o Mestre baixinho, para que o Natsu não ouvisse, ao qual eu respondi afirmativamente com a cabeça.

– Natsu, protege ao máximo a Lucy! – Ordenou o Mestre com uma expressão séria.

– Claro. Nem precisa de me mandar. – Sorriu ele, encostado à porta.

O Avôzinho saiu e rapidamente o rosado trancou a porta, voltando para a cama.

– Então? Ainda estás chateada comigo? – Perguntou ele, como se achasse que a resposta fosse "Sim, nunca mais te quero ver na minha vida!".

– Mais ou menos... – Disse baixo. Sentia as minhas bochechas a arderem.

O Natsu deu-me um sorriso e iniciou uma rede de beijos rápidos e que apagavam todos os problemas.

– Eu amo-te tanto... – Disse ele entre beijos, descendo os seus lábios até ao meu pescoço.

Afastei-o de mim e subi uma das minhas sobrancelhas.

– Eu não disse que já não estava chateada contigo, disse apenas que estava mais ou menos... – Tentei manter-me séria.

O rosado suspirou e sentou-se na cama de braços cruzados. Era giro deixá-lo tão impaciente. Ele tinha ficado chateado e isso dáva-me vontade de rir...

Depois de alguns segundos assim, ele olhou-me de lado e analisou-me durante alguns segundos. Voltou a desviar o olhar e (não me perguntem porquê) descalçou-se. Ele voltou a olhar para mim de lado e quase me ri com a cara zangada e ao mesmo tempo impaciente dele.

– Que se lixe. – Disse ele, deitando-se sobre mim e iniciando uma nova investida de beijos rápidos.

As suas mãos quentes entraram dentro da minha camisola e deixei-me levar por cada movimento dele.

E pronto... Vocês sabem o que aconteceu depois.

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