Fairy Tail - Academia de Verão T2

Capítulo 11 - Está quase!

Casa da Lucy, 07h15

Lucy

Depois de uma grande correria na qual tomei banho, vesti-me e fiz o meu recorde de pequeno-almoço mais rapido de sempre, saí de casa em passo acelerado: queria estar na Guilda mais cedo para ser a primeira a dar os parabéns ao Natsu.

Finalmente, o grande dia tinha chegado! Depois de chegar ao edifício onde se realizavam as aulas práticas da Academia, deixei as minhas coisas na sala de aula e dirigi-me à entrada da Guilda.

O tempo foi passando e o Natsu nunca mais chegava. Comecei a pensar que ele não vinha às aulas, mas eis que a sua cabeleira cor-de-rosa surgiu ao longe, juntamente com um gato azul e com asas.

– Natsu! – Corri até ele o mais rápido que pude. O rosado deu-me um dos seus sorrisos lindos e quase saltei para cima dele.

– Parabéns! – Festejei, envolvendo os meus braços à volta do seu pescoço e dando-lhe um beijo numa das bochechas.

– Obrigado. – O rapaz agradeceu ligeiramente corado, o que me fez dar-lhe um abraço.

– Natsu! – Ouvi a voz do Gray gritar.

– Oh! Cuequinhas! – O Natsu acenou ao rapaz e rapidamente foi esmagado pelo striper, que se atirou para cima dele.

– Vez? Hoje já fazes mais um aninho! São quantos? 17? – O Gray gozou. Apesar de ser de uma forma estranha, era carinhosa a forma como ele se preocupava com o rosado.

– Sim, são 17... – O Natsu levantou-se do chão corado, o que me fez gargalhar.

– Parabéns! – A Erza apareceu com o Jellal e a Juvia.

– A Juvia quer desejar um ótimo aniversário ao Natsu! – A azulada saudou-o com um sorriso, ao qual o Salamandra respondeu com um outro sorriso.

Várias pessoas foram chegando à Guilda e todas deram os parabéns ao Natsu. O mesmo se passou nas aulas. Basicamente não demos matéria nenhuma porque todos fizeram uma grande festa (que durou (estupidamente) o dia todo...).

Quase não estive com o Natsu, todos andavam numa grande azáfama enquanto o banhavam com comida e mais comida (claro, afinal, estamos a falar do Natsu...).

Depois das aulas terminarem, finalmente tive alguns minutos da atenção do meu namorado.

– E então? Já me fizeste um bolo? – Perguntou o Natsu com um sorriso de orelha a orelha.

– Um bolo? – Deixei a minha sobrancelha subir.

– Yah! Não vamos fazer nada de especial? Tipo, um jantar ou algo assim em que tu pagas tudo? – Perguntou o rapaz naturalmente.

– Ai, Natsu. Essas tuas ideias perversas... – Espera, quando é que o Happy apareceu aqui?

– Bem, sim.. Podemos ir jantar fora. – O meu plano estava a correr lindamente!

– Certo. Então eu depois vou buscar-te a casa. – O Natsu preparava-se para se despedir de mim.

– Não! Eu... Hmm... Vou ter contigo. A tua casa! – Quis deixar bem claro que ele não iria aparecer em minha casa. Nessa altura eu estaria a fazer o jantar para a festa surpresa dele!

– Está bem... Se tu o dizes... – Ele encolheu os ombros e despediu-se de mim com aquilo a que se chama de "selinho".

– Ah, e leva algo mais requintado, tipo um fato de festa com uma gravata, do género do que o Loke usa. – Avisei-o, o que o fez torcer o nariz.

– Sabes bem que eu não gosto de usar esse tipo de coisas... – Grunhiu ele, cruzando os braços.

– Por favor...? – Implorei-lhe com o olhar mais fofo e irresistível que consegui arranjar.

– Pronto, está bem... – Ele suspirou e afastou-se de mim com um " Tchau." e um aceno de mão.

Depois de deixar de ver o rapaz, desatei a correr feita louca até casa. Estava atrasada e tinha de tomar outro banho para estar impecável logo à noite (dois banhos no mesmo dia, quem diria...)!

Depois de tirar o uniforme da Academia e de vestir uma camisola velha para cozinhar, liguei o fogão e comecei a preparar todo o tipo de comida que o Natsu gostava (a lista era bem grande, como se podia imaginar...). Depois de andar de um lado para o outro à procura de palhinhas para as bebidas, peguei na massa e pu-la na panela, quando a campainha tocou.

Fui a correr até à porta para não deixar as outras batatas que estava a cozinhar queimarem e abri-a: deparei-me com a Erza, a Juvia, a Wendy, a Charls, a Yukino, a Lisanna e a Mira cheias de sacos de super-mercado, prontas para me ajudarem com os cozinhados.

– Pousem tudo por aí que eu tenho que ir tomar banho. Vou só acabar de fazer a mousse de chocolate para pô-la no frigorífico. – Informei-as, voltando para junto do fogão.

Devia ter tido mais cuidado porque enquanto mexia e remexia na taça com a colher de pau, acabei por queimar um dedo no tacho que estava logo ao lado, no fogão...

– Bolas... – Mexi rapidamente a mão e passei a mesma por água fria.

– Precisas de ajuda! – A Erza gritou, reequipando para uma armadura de enfermeira (aquilo era apenas roupa, mas pronto...).

– Acho que estás a exagerar, Erza. É só uma queimadura de nada... – Forcei-me a mim própria a rir-me...

– Oh, ainda bem... – A Erza mudou mais uma vez de roupa e escolheu uma farda de cozinheira. Já a tinha visto com ela logo quando entrei para a Fairy Tail.

Ignorei a pequena queimadura e depois de colocar a mousse no frigorífico, enfiei-me no quarto-de-banho e deixei a água quente envolver o meu corpo.

Depois de pôr mil e um produtos para deixar a minha pele mais bonita, entre outras coisas, envolvi o meu corpo na toalha e sentei-me junto à banheira.

– Talvez seja boa altura para usar aquilo... – Deixei escapar baixo.

– Quer dizer... Não sei... Depois da festa com certeza o Natsu vai ficar cá a dormir e nesse caso eu tenho que estar no meu melhor... – As minhas mãos tremiam com os meus pensamentos perversos.

Acabei por usar um vestido negro que tinha comprado recentemente. Era bastante decotado. Tão decotado que me fazia pensar que estava nua, ou quase, e de cada vez que olhava para o espelho não me reconhecia: apesar de ser tão curto e tão "descapotável", deixava-me mesmo gira (e atraente)!

"Sim, é isto que tu vais usar!", o meu subconsciente gritou-me e eu concordei perfeitamente.

Saí do meu quarto e depois de receber milhões de elogios das meninas acerca da minha roupa, prendi o cabelo com um laço preto (num rabo de cavalo) e saí. Já estava na hora de ir ter com o Natsu, e durante o tempo em que eu estivesse fora todo o pessoal estaria a chegar a minha casa para a tão esperada festa de aniversário surpresa!

– Certo. Bom trabalho, meninas! · Acenei-lhes e saí de casa. Tinha um rosado à minha espera!