Capítulo 21 - Captar a atenção de alguém

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Casa da Lucy, 11h00...

Lucy

– Meninas...? – Perguntei com uma voz ensonada enquanto me levantava da cama. Todas as roupas que elas tinham espalhado pelo chão na noite anterior estavam agora arrumadas nas suas respetivas gavetas.

Levantei-me e tomei o meu pequeno-almoço. Estava com uma fome de leão (afinal, ontem tinha acabado por adormecer sem jantar...).

Entrei no meu quarto-de-banho e eis que, junto à banheira, estava um conjunto de roupas que eu nunca tinha usado, mas que me lembrava de ter comprado. Era uma camisola branca com um desenho de um rapaz e uma rapariga com um coração, e uma saia cor-de-rosa bastante curta.

– Espero que elas tenham a noção de que eu não vou usar isto... – Murmurei enquanto observava as roupas que elas me tinham escolhido.

Um pouco mais ao lado encontrei um papel com qualquer coisa escrita. Resolvi ir ver o que dizia.

– Querida Lucy... Já fomos para a Guilda. Veste as roupas que te deixamos, por favor! Beijinhos! – Li alto enquanto olhava mais uma vez para as roupas.

– Talvez não seja uma má ideia... – Peguei na camisola e encostei-a ao meu corpo enquanto me via ao espelho.

Tomei um banho rápido e resolvi experimentar as roupas. Vesti-as cuidadosamente, junto com umas minhas botas negras e um laçarote cor-de-rosa claro. Até que não me ficava mal.

– Acho que não é tão curto como pensava... – Virei-me de costas para o espelho para ter a certeza de que não mostrava o rabo. Felizmente não.

– Sim! É isto que eu vou usar! – Festejei e saí do quarto-de-banho a correr.

Penteei mais uma vez o meu cabelo e saí de casa enquanto me admirava a mim própria.

À medida que me aproximava da Guilda começava a ficar nervosa. Se calhar era melhor voltar a casa e vestir algo menos decotado...

"Não! O teu objetivo é deixar o Natsu babado!", gritou o meu subconsciênte assim que parei de andar, decidida a voltar para casa.

– Tens razão! – Respondi-lhe (ao meu subconsciênte) e caminhei confiante até à Guilda (mas ainda nervosa...).

Parei junto à grande entrada do edifício, sentia-me mesmo muito nervosa...

"Vai, Lucy! Tu consegues!", gritei em pensamento e avancei até à porta da Guilda. Entrei e senti alguns olhares caírem sobre mim, o que foi desagradável.

– Bom dia, Lucy. Hoje estás muito bonita! – O Reedus cumprimentou-me e agradeci com as bochechas vermelhas. Pelo menos ninguém achou que vim para aqui exibir-me ou qualquer coisa do género...

– Ena! Então vieste mesmo com a roupa que te sugerimos! – Exclamou a Levy, abraçando-me assim que me viu.

– Mas estou tão nervosa... – Confessei enquanto brincava com os meus dedos.

– Fica-te mesmo bem! – A Erza apareceu e o seu comentário ajudou-me a relaxar um pouco.

– Hey, Natsu! Chega aqui, por favor. – Gritou a Titânia. O meu coração começou a bater mais depressa assim que ouvi o nome do rosado. Olhei para mim própria mais uma vez e a minha confiança aumentou: "Eu estou mesmo gira!", pensei.

– Já estou a ir. – Ouvi o Natsu responder à Erza. Acho que ele ainda não me tinha visto.

– O que... – Assim que o rosado se aproximou e me viu engasgou-se com as próprias palavras, o que meu deu vontade de rir, mas controlei-me.

– Bom dia. – Cumprimentei-o enquanto ele me olhava de cima a baixo com olhos desejosos, o que me fez corar.

Tinha vontade de o abraçar, mas sinceramente não sabia se era uma boa ideia fazê-lo agora...

– Bom, eu vou deixar-vos a sós. – A Erza saiu de perto de nós e foi cochichar com as outras meninas. Mais uma fofoquice qualquer...

– Tu estás... – O Natsu prosseguiu com a conversa enquanto se aproximava de mim. Assim que ele me abraçou suspirei, aliviada por ele o ter feito, e retribui o abraço de seguida.

– Tive saudades tuas. – Disse baixinho enquanto saboreava o momento.

– Yah, eu também. – Os seus lábios alcançaram os meus. Grande mentiroso... Teve tantas saudades minhas que nem sequer me cumprimentou ontem. Grande palerma...

Mas era melhor não dizer nada...

– Hmm... Toma. – Ele afastou-se um pouco de mim e deu-me uma caixinha pequena que tinha um bilhete onde estava escrito "Para a mulher que amo".

Abri (com um pouco de receio) a caixa e encontrei dentro dela um colar com uma pequena flor amarela no meio. Era lindo!

– Obrigada! – Gritei e abracei o rosado com toda a força que tinha, o que o deixou com falta de ar.

– Lucy... Eu preciso de... Respirar...! – Ele tentou afastar-me de si, mas foi impossível. Eu estava mesmo contente por ele me ter dado uma prenda tão bonita!

– Obrigada, obrigada, obrigada!" Beijei-o cerca de vinte vezes e de seguida voltei a olhar para o colar: a pequena flor devia medir cerca de um ou dois centímetros, em termos de comprimento. Tinha como cor amarelo claro e segurava-se num fio prateado também bastante fino.

– Uau... É mesmo lindo... – Não conseguia esconder o meu sorriso por mais que tentasse.

– Ainda bem que gostaste. – Ele sorriu e beijei-o mais uma vez. Nunca pensei ficar tão feliz em menos de cinco minutos.

Fui a correr mostrar às meninas a prenda do Natsu e elas ficaram encantadas. Acho que nos próximos tempos teria de ter cuidado pois elas iriam tentar roubar-me o colar!

– Obrigada, meninas. – Agradeci-lhes por tudo o que tinham feito por mim.

– Obrigada? Porquê? Não sei do que estás a falar... Nós nem fizemos nada de especial... – Gozou a Erza, o que provocou uma gargalhada geral.

– Anda, Lucy. Vamos fazer qualquer coisa. – O Natsu aproximou-se de novo de mim e puxou-me para si, o que provocou uma onda de olhares perversos nas caras de todas as raparigas.

– Hey, não pensem esse tipo de coisas... – Resmungamos ambos ao mesmo tempo, o que fez toda a gente rir, mais uma vez.

Pedi ao Natsu que me ajudasse a colocar o colar e assim foi. Apesar de as minhas roupas serem cor-de-rosa, a pequena flor amarela dava um toque especial ao conjunto. Ficava muito bem!

– Eu amo-te. – Beijei o Natsu mais uma vez.

– Eu também. – O rosado sorriu e beijou-me. Nunca pensei que o simples facto de hoje estar a usar uma roupa mais atrevida me ajudasse tanto no meu relacionamento. Tinha que experimentar vestir este tipo de roupa mais vezes!

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