Capítulo 23 - Doentinho

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Casa da Lucy, 20h45...

Lucy

Eu e o Natsu entramos em casa e ainda não tínhamos trocado nenhuma palavra desde aquela conversa horrível no beco de Magnólia.

Não quero de maneira nenhuma falar com ele. Não é que eu esteja chateada. Estou apenas triste por ele me ter dito algo tão horrível. E sinceramente espero que ele não fale comigo tão cedo, mas acho que isso ia ser impossível...

– Hey. Fala comigo... – Ouvi a sua voz um pouco distante de mim pedir.

– Não me apetece... – Agora sim, estava a ficar chateada...

– Eu... Não queria dizer aquilo... – O seu tom de voz soou preocupado.

– Mas disseste. – Respondi num tom severo. Estava mesmo a ver que se aquela conversa continuasse eu iria ficar mesmo de mau humor.

Senti as mãos do rosado tocarem na minha cintura mas afastei-me dele. Não queria que ele pensasse que fica tudo resolvido com apenas um toque...

– Não quero. – Afastei-me dele e fui até à cozinha procurar qualquer coisa para comer... Não havia muita coisa nos armários. Apenas bolachas e biscoitos. Também só tinha peixe no frigorífico (por causa do Happy) e tinha também uma caixa plástica com arroz e ervilhas.

– Peixe com arroz... – Peguei em ambos os alimentos e tentei lembrar-me da última vez que tinha ido às compras.

– Lucy... – Ouvi o Natsu gemer. O som vinha do quarto-de-banho.

Fui até à divisão referida e o rosado estava sentado no chão com uma cara de sofrimento.

– Dói-me a barriga... – Queixou-se ele. Estava a usar o mesmo truque que tinha usado no café para atrair a minha atenção...

– Isso já te passa. – Virei-me de costas para ir fazer o jantar.

– Não, a sério... – Ele gemeu e ouví-o mexer-se.

Voltei a olhar para trás e o rosado tinha-se deitado no chão, agarrado à barriga.

– Hey... – Fui ter com ele e ajoelhei-me à sua frente. Ele estava um pouco suado e o seu corpo estava quente.

– Tu tens febre... – Informei-o assim que coloquei a mão sobre a sua testa.

Depois de ajudar o Natsu a ir para a cama, dei-lhe uma roupa lavada (pois a outra que ele vestia estava toda suada) e dei-lhe um charope que diziam ser ótimo para tratar este tipo de coisas.

– Deves ter comido algo que não estava em bom estado, já meio estragado. Se calhar foi o bolo do café. – Ajoelhei-me junto à cama e dei-lhe um beijo na testa, massajando de seguida os seus cabelos cor-de-rosa.

O rosado remexeu-se na cama e fechou os olhos. Sim, para o Natsu querer dormir desta maneira era porque não estava mesmo bem...

Não sabia bem o que lhe dar para comer. Se estava mal disposto, então peixe cozinhado não seria a melhor coisa para ele comer.

Mas talvez ele não fosse jantar, pois em questão de segundos acabou por adormecer. O seu rosto estava pálido e um pouco suado.

– Coitadinho... – Deixei escapar enquanto massajava os seus cabelos suaves.

Depois de fazer o meu jantar super interessante e de lavar a loiça, sentei-me na cama e fiquei a ler um livro. Era um romance bastante interessante. Contava um pouco aquilo que estava a acontecer nesta fase da minha vida: a chegada de uma nova rapariga à vida de um casal e que ameaçava destruir a relação do mesmo.

Os meu olhos começaram a pesar e já eram 23h35. Precisava de me ir deitar.

Vesti rapidamente o pijama, apaguei as luzes e aconcheguei-me a mim e ao Natsu na cama. Fechei os olhos e virei-me de costas para ele. Apesar de saber que o rapaz estava a dormir, ainda estava um pouco desiludida acerca do que ele me tinha dito.

– Ainda me amas? – A voz do rosado saiu baixa e trémula.

Espera. Ele estava a chorar? Não... Pois não?

– Hey, Natsu... – Virei-me de frente para ele e vi que o seu rosto estava escondido na almofada.

– Claro que ainda te amo! Eu amo-te mais do que qualquer coisa. – Aproximei-me dele e beijei a bochecha do rapaz que estava descoberta.

Consegui vê-lo sorrir e aproximei-me um pouco mais dele, abraçando-o com força.

Afastei o seu rosto da almofada e beijei-o. Os seus lábios tinham um sabor estranho, provavelmente por ele estar doente.

– Eu amo-te mais que tudo, Natsu. – Afastei-me um pouco dele e beijei-o mais uma vez. Apesar de tudo o que aconteceu, não queria que ele ficasse assim tão tristinho...

– Desculpa por tudo... – Ele envolveu as suas mãos à volta da minha cintura, retribuindo o abraço.

– Esquece isso... Vamos seguir em frente. – Sorri-lhe e aconcheguei-o com os lençóis da cama.

– Boa noite. – Despedi-me dele com um beijo numa das suas bochechas e outro na boca.

– Boa noite. Amo-te. – Ele aconchegou a sua cabeça por baixo do meu pescoço.

– Eu também. – Informei-o com um beijo no seu cabelo cor-de-rosa.

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