Capítulo 29 - Discussão

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Ruas de Magnólia, 18h50...

Lucy

– Com que então o Natsu saiu com a Midori... – Resmunguei enquanto voltava para casa.

Desde que a Erza me informou do encontrozinho do Natsu, estava desagradável com tudo e todos.

– Grande palerma... Prefere estar com ela do que estar comigo, que sou a namorada dele! – Guinchei enquanto chutava uma pedra que estava no meu caminho.

– Não consigo compreendê-lo, tenho tantas saudades dele... Como é possível ele não ter saudades minhas...? – Choraminguei após ignorar a minha irritação.

– Bolas, Natsu. O que raio vês nela...? – Perguntei baixinho, deixando a minha tristeza tomar conta de mim.

Natsu

– Disseste que a tua casa era aqui, não é verdade? – Perguntei assim que nos aproximamos da casa da Lucy.

– Sim, é já ali à frente. – Sorriu a Midori. O dia de hoje tinha sido fantástico. Apesar de não termos feito nada de especial, estar com a Midori foi bom.

– Estás a ver aquela casa beje? Eu vivo umas quatro casas mais à frente. – Ela apontou para longe.

Olhei para ela e a rapariga aproximou-se do rio, tal como a Lucy costuma fazer.

– Wow, estou toda suja... – Comentou a rapariga enquanto via a sua aparência atravéz do reflexo da água.

– Estás bem na mesma. – Sorri-lhe e ela corou. Isto estava a ficar estranho...

– E que tal combinarmos outro dia para estarmos juntos? Ou talvez aceitarmos uma missão? Ou então... – Ela interrompeu-se a si própria com um grito.

– Midori! – Exclamei assim que a vi cair ao rio. Aparentemente, tinha-se desiquilíbrio.

Saltei para a água sem pensar duas vezes e procurei-a pelo rio. Infelizmente a água estava demasiado escura para eu conseguir ver alguma coisa. Envolvi uma das minhas mãos em chamas mas as mesmas apagaram-se assim que surgiram, de modo que para as manter acesas precisava de fazer o dobro do esforço...

Vi a Midori tentar voltar para a superfície, mas continuava a afundar-se.

Espera. Ela não sabe nadar? Aproximei-me dela e agarrei-a, levando-nos aos dois para cima. Assim que as nossas cabeças surgiram de dentro de toda aquela água, nadei até junto do muro do rio e aproveitei para acalmar a minha respiração.

– Quando quiseres dar um mergulho avisa primeiro. – Ri-me da situação enquanto me tentava acalmar.

– Desculpa... – A Midori riu-se. De facto, o seu sorrido era lindo.

Depois de ficarmos segundos a olhar um para o outro, ouvi algo metálico cair ao chão. Olhei para cima (pois o rio estava um pouco abaixo do nível do chão) e encontrei uma rapariga loira com uma chave na sua mão a olhar para nós incrédula.

– O que... – Ela deixou cair também a chave que segurava cair ao chão.

Foi aí que percebi que ela queria a abrir o portal do Plue (provavelmente para ter companhia) e que o outro som que eu tinha ouvido tinha sido provocado pelo porta-chaves da Lucy quando caiu no chão.

– Lucy? – Foi a única coisa que consegui dizer, e logo de seguida apercebi-me de que ainda estava a segurar a Midori pela cintura.

Ok, aquilo parecia tudo menos o que realmente tinha acontecido. Em vez de parecer que salvei a Midori de se afogar, a situação em que estávamos podia dar a entender outras mil e uma coisas diferentes...

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