Capítulo 16 - Recuperar as forças

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Ilha de Galuna, 21h50...

Natsu

Acordei numa cama confortável e ao meu lado sentia um cheiro familiar. Virei-me para ver quem era e a Lucy estava mais à frente, sentada numa cadeira em frente a uma mesa enquanto escrevia qualquer coisa num papel.

– Lucy... – A minha voz saiu baixa e rouca. Doía-me o corpo todo.

– Oh, já acordaste! – Ela virou-se para mim e o seu rosto tinha alguns pensos. Os seus braços e pernas tinham ligaduras.

– O que... – Quase não conseguia falar com as dores que tinha.

– Lamento o estado em que ficaste... – Ela sentou-se na ponta da cama e eu tentei levantar-me.

– Não te mexas muito. As tuas feridas são graves. – Ela aproximou-se de mim e deixou um olhar triste escapar.

– Mas, bem... Agora viemos até à aldeia daqueles demónios que ajudamos na missão classe S. Depois da luta contra o Cobra e o MidNight, a verdadeira Erza descontrolou-se e deu cabo de todo o edifício da Phantom... – Ela riu-se e senti-me como se o seu riso me desse mais energia.

– Ela ficou com a parte mais fixe da festa! – Choraminguei e deixei-me cair para trás, na cama.

– Só nos falta encontrar a Midori e o Mestre Jose. Todos os outros membros da Guilda foram derrotados pelo Avôzinho. – Ela ficou a olhar para as mãos durante algum tempo.

– Hoje sou eu quem quer que durmas comigo. – Estiquei os braços para que ela se encostasse a mim, o que a fez sorrir. Ela deitou-se comigo e fiquei a apreciar o seu cheiro enquanto ela beijava e massajava o meu peito nú e cheio de ligaduras.

Jellal

Entrei na cabana onde me tinham dito que a Erza estava e encontrei-a a dormir. O Sol batia no seu rosto. Os cabelos escarlates dela estavam espalhados pela almofada e o seu rosto tinha alguns pensos, tal como os seus braços. Ainda nem sequer me tinham dito o que lhe tinha acontecido, mas provavelmente ela tinha ficado subterrada por baixo de pedras ou algo do género, visto que tinha algumas pisaduras nos braços.

Peguei na sua mão e culpei-me a mim próprio por não a ter protegido. Eu sei que ela é uma mulher forte e de garra, mas apesar de tudo isso também tem as suas fraquesas... Os seus cabelos dançaram por alguns segundos com o vento. Eu devia estar todo vermelho...

– Je-... – Ela gemeu e mexeu-se na cama, aconchegando-se.

– Jellal... – Ela voltou a falar e sorriu. Acho que não queria saber com que é que ela estava a sonhar... Provavelmente estava a bater-me ou qualquer coisa do género...

– Bom dia... – Resolvi dizer, o que a acordou.

– O que estás a fazer? – Ela arregalou os olhos de imediato e cobriu-se com os lençóis. Mais uma ideia estranha surgiu na sua cabeça...

– N-Nada! Não penses essas coisas! – Senti-me corar...

– Estás aqui a cuidar de mim? – Ela perguntou com um sorriso, ao qual eu respondi com a cabeça afirmativamente.

Sentei-me na cama e baixei-me, aproximando os nossos lábios.

– Não te consegui proteger... – Murmurei baixo enquanto ela envolvia o meu rosto nas suas mãos.

– A culpa não é tua... – Ela sorriu-me e puxou-me para si, juntando finalmente os nossos lábios.

E assim ficamos por algum tempo.

Gray

– Olá, cuequinhas! – Ouvi o Natsu gritar.

– Olha quem falou... – Apontei para os seus boxers...

– Natsu, olha a roupa! – A Lucy apareceu com uns calções nas mãos.

– Estou a ver que se divertiram muito... – Ri-me num tom perverso.

– C-Claro que não! Aqui o tarado és tu! – Berrou a loira toda vermelha, assim como o Natsu.

– Claro, claro... – Ri-me da cara parva deles.

– Natsu! – O Happy voou até ao cabeça de fósforo e abraçou-o.

– Querido Gray! – Ouvi a minha namorada gritar.

– Juvia? – Exclamei assim que ela me abraçou fortemente. Tal como as outras raparigas, ela estava de bikini. Para mim aquilo era uma visão do Paraíso...

– Estás bem? A Juvia ficou muito preocupada contigo por não saber onde estavas... – Ela tinha lágrimas nos cantos dos seus olhos.

– Sim, estou bem. – Limpei a água que caiu dos mesmos e beijei-a. Acho que isso a acalmou.

– Hey, cuecas! Vamos à praia! – O Natsu convidou-me. Acho que ele não estava a levar isto lá muito a sério...

– Natsu, estamos a meio de um conflito com uma Guilda poderosa. Só paramos para recuperamos forças! – Repreendi-o de braços cruzados.

– O Natsu tem razão. – Ouvi a voz da Erza dizer.

Ela só pode estar a gozar...

– Nós precisamos de descontrair, por isso vamos à praia. – Ela sorriu e reequipou para um bikini negro. O habitual.

Toda a gente começou a correr até ao mar e fiquei apenas eu na areia, de queixo caído...

– Querido Gray! – A Juvia chamou-me ao longe e quase fiquei gago quando olhei para ela: a rapariga estava dentro de água e estava aos saltinhos. Cada salpico de água que tocava na sua pele deixava-me hipnotizado!

– Bem... Suponho que não faz mal ir à praia só um pouquinho... – Tentei não contrariar o meu argumento de ser contra isto e fui a correr para o mar.

A vida é bela...

Com a Juvia...

...

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