Capítulo 39 - Reencontro

918 85 3
                                    

Estação de Comboios, 12h30...

Lucy

Depois de mais uma semana de Academia e de retomar a minha vida normal, eu, o Gray, a Erza, o Happy e o Natsu aceitamos uma missão.

– Duzentas mil Jóias para apanhar-mos uns ladrões e sabermos quem os enviou... É uma recompensa bastante elevada. – O Gray comentou e todos concordamos com ele (excepto o Natsu, que estava com a cabeça no meu colo, enjoado).

– Não devem ser uns ladrões quaisquer... – A Erza levou a mão ao queixo.

Rapidamente chegamos à cidade onde iríamos realizar a missão, e depois de nos encontrarmos com o homem que enviou o pedido, começamos a procurar pelos indivíduos de que ele nos tinha falado.

– Três homens vestidos de negro e com rabos grandes comandados por uma rapariga... – Reli a folha da missão.

– Será que são aqueles três? Acho que são o gangue dos rabos grandes, ou dançantes, ou algo assim do género... · Comentou a Erza.

– A Wendy até já foi a chefe deles! – O Happy relembrou-nos.

– Sim, parece que sim. – Confirmei o que ele disse.

– Então, Lucy. Eu e o Happy já nos podemos mudar? – O Natsu empoleirou-se sobre o meu ombro e saltei, vermelha que nem um tomate.

Ouviu-se uma grande explosão e todos se assustaram. Para mim foi um golpe de sorte, porque não tive de responder à pergunta do Natsu...

– Este cheiro... – A Erza tapou o nariz com o pivete que se tinha instalado por toda a zona.

– São eles! – Informei.

Olhei para o Natsu e ele estava no chão agarrado ao nariz. Ele tem um olfacto muito sensivel...

– Anda, Natsu! Tu consegues! – Incentivei-o e tentei levantá-lo do chão.

Sem efeito...

– Vão indo, eu fico aqui com o ele. – Informei a Erza e o Gray, que seguiram as minhas ordens ao acentir com a cabeça.

Quando voltei a olhar para o Natsu, ele já não estava no chão.

– Natsu? – Comecei a procurá-lo por todo o lado. Onde raio é que ele se teria metido...?

Cheguei a uma zona da rua onde não havia ninguém, e lá estava o rosado.

– Por que é que desapareces-te assim? – Perguntei um pouco chateada.

– Anda, vamos lutar. – Agarrei a mão dele, mas ele ficou no mesmo sitio.

– Vamos ficar aqui, só os dois. – Ele sorriu-me. O quê...?

Estava desconfiada. Isto era estranho, assim, vindo do nada... E, para além de ser estranho, era ainda mais estranho o Natsu estar a recusar uma luta só para ter um momento romântico.

Afastei-me da pessoa que segurava a minha mão e preparei-me para lutar.

– Tu não és o Natsu! – Afastei-me do rapaz de cabelos cor-de-rosa.

– O quê? Mas do que é que tu estás a falar? É claro que eu sou o Natsu. – A figura aproximou-se de mim, mas eu recuei novamente.

– O Natsu nunca recusa uma luta. – Por mais estúpido que o meu argumento fosse, era verdade...

O rapaz riu-se e transformou-se na pessoa que eu menos esperava ver.

– Midori?! – Gritei assim que olhei bem para a rapariga que tinha surgido à minha frente.

– Ora, ora. És mais inteligente do que pensei. – Ela riu-se de mim e peguei na chave de portal do Loke.

– Oh, não. Eu não vim aqui para lutar. Só quero refrescar-te a memória: enquanto não te ofereceres aos Phantom, não vamos deixar a Fairy Tail em paz. – Ela avisou-me e prendi a respiração.

– O quê? – Olhei para ela incrédula.

– Lembras-te do pequeno desentendimento entre o Gray e a Juvia, quando ambos "supostamente" disseram coisas horríveis um ao outro? Bom, como viste ainda agora, eu posso alterar o meu corpo para o que quiser, incluindo copiar a identidade de outras pessoas, como por exemplo o Natsu ou a Erza..." Ela sorriu-me com desdém e prendi a respiração mais uma vez.

Com que então ela tinha tomado a aparência do Gray e da Juvia e tentou separá-los, tudo isto porque os Phantom me querem a mim?

– Oh, e lembras-te da dor horrível que sentiste quando te feri na barriga? Posso fazer cada um dos teus amigos sentirem a mesma dor, um por um... – Ela riu-se e acabei por deixar cair uma lágrima.

Com que então tinha sido ela a ferir-me? Não era assim tão surpreendente, para ser honesta. Era mais chocante, do que qualquer outra coisa. Ela queria fazer o mesmo aos outros?

– Não lhes faças mal... Onde é que está o Natsu? – Perguntei com uma voz fraca.

– O teu pequeno Salamandra? – Ela riu-se mais uma vez e esticou a mão na minha direção.

– Toma, aqui está ele. – Ela sorriu e uma pequena lagartixa vermelha com as roupas do Natsu apareceu.

A Midori desapareceu e a lagartixa que segurava há segundos atrás voltou a ser o meu Natsu, um Natsu humano.

– Eu vou matá-la! – O rosado começou a correr feito maluco enquanto cuspia uma pequena chama pela boca

– Desculpa. A culpa é toda minha... – Limpei as lágrimas que começaram a cair rapidamente sem que eu desse conta.

– Lucy... – O Salamandra aproximou-se de mim e abraçou-me fortemente.

– Eu tenho que vos deixar... Para o vosso bem. Não posso arriscar ficar mais tempo na Guilda, se não ela vai magoar-vos, e... – Calei-me a mim própria com um soluço.

– Calma. Ninguém vai magoar ninguém, e tu vais ficar connosco. Vais ficar comigo. – O Natsu abraçou-me com mais força e deu-me tempo suficiente para me recompor.

Acabamos por voltar para junto da Erza, do Gray e do Happy, que entretanto já tinham derrotado os sujeitos do rabo grande.

– Certo. Quarenta mil Jóias para cada um. – A Erza fez as contas depois de eu lhe contar tudo o que se tinha passado entre mim e a Midori.

– Não te preocupes. – A Titânia sorriu-me, o que me deu mais confiança para continuar em frente.

Não vou deixar que a Midori se meta na minha vida. Não vou mesmo!

Fairy Tail - Academia de Verão T2Onde histórias criam vida. Descubra agora