Capítulo 8 - "WELCYGH é um nome estúpido..."

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Guilda, 12h40...

Lucy

Depois de todos voltarmos da primeira aula prática, teríamos uma semana inteira de aulas teóricas.

As aulas da manhã tinham corrido bem, e agora, na hora de almoço, iríamos ter com o Mestre Macarov para partilharmos com ele a informação sobre a Phantom Lord. Depois de nos encontrarmos junto à entrada da Guilda, fomos ter com o Avôzinho.

– Lucy, já atualizei o nome do nosso grupo! – Festejou o Happy enquanto voava.

– Ai sim? E qual é o nome? – Perguntei curiosa.

– WELCYGH. – Informou-me o gato.

– WELCYGH é um nome estúpido... – Disse o Gray entre dentes, aproximando-se.

– Gray, tu também és estúpido e andas aqui... – O gatinho azul tapou a boca para não se desmanchar a rir.

– O que é que disseste?! – Explodiu o rapaz enquanto esburrachava o gato, furioso.

Entramos numa sala onde o Mestre nos aguardava sentado num pequeno banco e ligeiramente bêbedo, mas acho que ainda conseguia raciocinar.

– Bom, Mestre. Vamos agora contar-lhe tudo aquilo que sabemos. Lucy, avança. – A Erza olhou para mim e assenti com a cabeça.

– Há dois dias atrás, na primeira aula teórica, quando ia a sair da Guilda, a Midori cruzou-se comigo. – Comecei a contar a história.

– Ela tinha aparecido num dos meus pesadelos, era estranho. Mas, de um momento para o outro, ela começou a dizer-me que durante todo este tempo que passou, o Mestre Jose da antiga Guilda Phantom Lord, que foi dissolvida após o seu confronto com a nossa Guilda, tinha criado uma base secreta onde se estava a refortalecer com feiticeiros fortes e que se iria vingar da Fairy Tail... – Encolhi-me no meu banco.

– Eu lamento muito por tudo... A culpa disto é toda... – Tentei desculpar-me, mas fui interrompida pelo som da porta a abrir.

Olhei rapidamente para a mesma e adivinhem só quem estava lá...

– Isso é verdade?! – Perguntou o Natsu, totalmente alterado.

– Natsu. Antes que faças alguma loucura... – Levantei-me e caminhei até ele, mas o rapaz cortou a minha fala.

– Isso é verdade?! Sim ou não?! – Insistiu ele, ao qual eu respondi afirmativamente com a cabeça.

A expresão do rosado foi preenchida por ainda mais raiva e o rapaz saiu da divisão a correr como um maluco.

– Façam alguma coisa... – Disse o Mestre calmamente. Acho que o alcoól da bebida estava a fazer efeito...

Corri atrás do Natsu, mas já nem o conseguia ver. Ele corria rápido, mas para minha sorte o Happy apareceu e agarrou-me pelas costas, fazendo-me voar.

– Obrigada, Happy. – Agradeci-lhe e rapidamente voltei a ver o Natsu.

Um pouco mais à frente vi a Midori de costas, e já sabia que aquilo ia correr mal.

– Happy, mais depressa! – Pedi-lhe, ao qual o gatinho obedeceu.

O Natsu iniciou uma investida, mas a Midori, mesmo estando de costas, esquivou-se do ataque.

– Ups... – Disse a rapariga num tom baixo. O Happy pousou-me perto do Natsu e corri até ele, abraçando-o pelas costas.

– Chega, Natsu... – Tentei fazê-lo parar, mas não tinha força suficiente para o fazer.

– Como é que tu... – Disse o rosado entre dentes, o que fez a Midori rir baixinho.

– Eu até te tinha poupado. Gostava que fosses meu namorado, mas uma vez que vais ficar do lado da tua Guilda... – Gozou a rapariga, afastando-se de nós.

– Grande cabra... – Rosnou o Natsu, tentando seguí-la, mas eu não deixei.

– Está tudo bem... – Continuei a dar o meu melhor para o prender ali.

Depois de tanto resistir, o Salamandra acalmou e suspirou. O seu corpo estava mais quente que o normal...

– Natsu, a Lucy sabe que tu não queres a Midori. Não precisas de ficar tão irritado por essas coisas! – Disse o Happy, piscando o olho ao rapaz.

O Salamandra olhou para mim e os nossos olhares encontraram-se. Ambos sorrimos um para o outro.

– Não foi por isso que fiquei irritado, Happy. Eu ontem deixem bem claro à Lucy quem é que amo. – O rosado piscou-me o olho. Ele estava a referir-se ao que tinha acontecido ontem na enfermaria...

– H-Hey! Não digas isso assim...! – Gaguejei enquanto as minhas bochechas ardiam.

Depois de alguns minutos assim, a Erza, o Gray, a Wendy, a Yukino e a Charls apareceram, exaltados.

– Natsu, nunca te disseram que é feio ouvires as conversas atrás das portas? – Berrou a Titânia.

– Pois é, Natsu. E agora que nome é que vou formar para o grupo que sabe do segredo? Tu és horrível... – Lamentou o bichaninho, encolhendo-se no chão enquanto choramingava.

– H-Hey, Happy. E-Eu ajudo-te com essa coisa dos nomes... – O rosado tentou melhorar o humor do gato.

– Mas tu nem o meu nome sabias quando me juntei à Guilda... – Ralhei-lhe, cruzando os braços.

– Sim. Segundo as tuas conversas, a novata de Fairy Tail era a Luísa, e não a Lucy... – Gozou o Gray.

– E a minha amiga Milliana era a Mini Anna... – Riu-se a Erza. Esse acho que tinha sido o nome mais engraçado que o Natsu tinha inventado...

– Ou então o Kageyama da Guilda Eizenwald, que segundo o Natsu se chamava Mariana. – Continuou o Gray enquanto se desmanchava a rir.

De facto, a lista de trocas de nomes do Natsu era infinita...

– Pronto, pronto, está bem. Já podem parar de me torturar... – Queixou-se o rapaz enquanto massajava a parte de trás da cabeça. Acho que é uma das coisas que mais gosto nele: o facto de ele ser um desleixado.

O Salamandra "lembrou-se" de que tinha fome (apesar de termos almoçado há cerca de meia hora) e fomos diretos ao bar.

– Bem, e o que vamos fazer em relação à Phantom? – Perguntou o Gray, sentado-se ao meu lado.

O Natsu parou de comer e resolveu prestar atenção. É algo que não se vê todos os dias...

– O Mestre disse que por agora iríamos aguardar e não fazer nada. Temos apenas de vigiar a Midori... – Informou a Titânia, cruzando os braços.

– Sim, mas ela é bastante forte. Não sei como é que as coisas iriam acabar se a confrontássemos... – Refletiu a Yukino.

– Vamos evitar os conflitos... – Respondi, olhando para o Natsu.

– E tu não vais fazer nada estúpido, meu menino. – Puxei-lhe uma orelha, o que o fez gemer com algumas dores.

– Vou pensar no teu caso. – Gozou ele, pousando uma das suas mãos na minha cocha, debaixo da mesa.

– Vais pensar, vais... – Gozei com ele, puxando um pouco mais a sua orelha.

– Para com isso... – Queixou-se ele, o que me fez beliscar as suas bochechas. Adoro quando ele fica assim tão desprotegido...

Fairy Tail - Academia de Verão T2Onde histórias criam vida. Descubra agora