A primeira vez que ele bate nela com a mão fechada é quatro meses depois.
Regina foi eleita com sucesso para o conselho da cidade e até foi nomeada para alguns subcomitês. É tão bom ela estar de volta ao cenário, mesmo que seja apenas um pequeno trabalho trabalhando na política local, parece que ela tem um propósito novamente.
Uma de suas subcomissões trabalha com o departamento de segurança pública do xerife e, nessa noite em particular, ela ficou até tarde no escritório trabalhando com David e Emma em eventos em que eles estarão presentes na polícia na próxima temporada.
Ela volta para casa por volta das oito e meia, depois de depositar o casaco no armário da frente, ela encontra Daniel descendo o corredor com uma bebida. Por meio segundo, Regina acredita que ele está vindo para recebê-la em casa, que ele percebeu que ela tinha que trabalhar até tarde, e ele lhe serviu um copo de cidra quando a ouviu entrar pela porta.
Então o cheiro de uísque atingiu seu nariz, e ela viu a aparência desgrenhada de Daniel, e soube que sua suposição estava errada.
Ele termina a bebida com um gole e estremece com a queimadura antes de colocar o copo no aparador ao lado de um dos vasos de cristal de Regina com flores.
- Me desculpe, eu não te disse que chegaria tarde em casa. - Regina começa, testando as águas para ver que tipo de encontro será esse - Eu acabei de ser pega no trabalho.
- Com o David?
Imediatamente algo aperta o intestino de Regina, ela sabe aonde isso está indo, e ela tem uma espécie de determinação de aço atrás dos ombros.
- Sim, David estava lá, ele teve que sair mais cedo do que eu, sua esposa precisava de ajuda para colocar o bebê na cama, você já conheceu o filho deles, Neal? - Regina pergunta, tentando convencer o que ela sabe que virá a seguir.
Os ombros de Daniel caem, e por apenas um momento, Regina pode ver o garoto de dezenove anos que não conseguiu fazer contato visual com ela quando a convidou para sair pela primeira vez.
- Não, eu não conheci - Ele diz, e embora esteja definitivamente bêbado, Regina pode sentir o cheiro dele, ele parece suavizar um pouquinho - Vamos para a cama - Ele sugere, diminuindo a distância entre eles e colocando as mãos nos quadris dela.
Elas são muito grandes, muito restritivos, Regina não pode evitar o pequeno sobressalto ao seu toque, e embora ele esteja bêbado, ele não está o suficiente para ignorar o movimento.
- O que?
- Nada. - Regina mente - Eu simplesmente não me sinto bem esta noite, Daniel.
Esta é claramente a coisa errada a dizer.
- Você não sente vontade de fazer isso há semanas, Regina! - Ele diz, seu rosto se contorcendo rapidamente em algo que ela não reconhece - Você está fazendo em outro lugar?
- Você sabe que não estou! - Ela defende.
- Eu sei? - Ele pergunta, avançando ameaçadoramente. Regina dá um passo para trás. Isso continua até que ela atinge o lado oposto do corredor ao lado do aparador.
- Eu nunca seria infiel!
- Então o quê? Eu não sou mais o suficiente para você?
- Não, Daniel... - Regina vacila quando ele fecha o espaço entre eles, uma mão no quadril, pressionando-a contra a parede, a outra acariciando sua bochecha em um gesto que não combina com essa intimidação.
- Então o que, Regina !? O que? - Ele grita.
Quando ela não consegue encontrar nada para dizer, ele sorri esse sorriso torcido que Regina nunca viu antes.
- Então vamos lá para cima. - Ele sugere, certo de que Regina não encontrará mais nada para protestar.
- Então você vai me estuprar? - Regina cospe, as palavras estão fora de sua boca antes que ela possa processá-las. Quando elas saem, ela não pode trazê-las de volta. Elas ficam sentadas no hall da frente como pedras pesadas, sobrecarregando o ar que os rodeia. As palavras absorvem todo o oxigênio da casa, e Regina é sufocada, até que ela está engasgando.
Mas quando ela está engasgada, é porque o punho de Daniel foi disparado em seu abdômen, inteligentemente logo abaixo das costelas, para que não haja chance de quebrar alguma coisa, exceto o vaso que bateu no aparador quando Regina cai nele.
Regina está sufocando porque o punho de Daniel estava no estômago, as mãos de Regina estão sangrando porque ela caiu no cristal rachado de seu vaso quebrado. As bochechas de Regina estão molhadas, mas ela não está chorando, ela não vai chorar.
Daniel fica apenas um momento antes de pegar as chaves e sair da casa. Por um segundo, apenas um segundo, Regina quer dizer para ele não ir, ele está bebendo e ele não deveria estar dirigindo agora.
Mas ela está sufocando, e suas mãos estão sangrando, e suas bochechas estão molhadas, então sua preocupação sai em um soluço sufocado enquanto ela tenta trazer o ar de volta aos pulmões.
***
A primeira vez que Mary Margaret coloca o pé no chão é naquela noite. David está em casa depois de uma longa reunião na prefeitura, onde jura que 'Regina administrará toda a cidade um dia', e eles vão colocar Neil para dormir.
Mary Margaret tira um pouco do cabelo do filho da testa e sorri para o bebê:
- Boa noite, querido - Ela sussurra, saindo da sala e certificando-se de que o monitor do bebê esteja ligado.
Ela se senta no sofá ao lado de David, inclinando-se para ele:
- Ele finalmente pegou no sono. - Mary Margaret suspira.
- Você é incrível. - David sorri, pressionando um beijo no topo de sua cabeça - Você quer assistir ao filme que estava me contando?
- Certo - A morena concorda - Ou não poderíamos... - Mary Margaret deixa de receber um sorriso sorrateiro.
- Sério? - David pergunta com um sorriso.
Logo antes que seus lábios possam se tocar, um grito alto chama sua atenção. Mary Margaret se afasta com preocupação escrita claramente em seu rosto:
- Isso veio da casa de Daniel e Regina?
David geme:
- Não tenho certeza, querida.
Eles ficam em silêncio por mais algum tempo, até um grito particularmente alto ser seguido por silêncio e depois chorar do andar de cima. Mary Margaret se levanta para cuidar do filho:
- Algo não está certo David, você pode pelo menos ir ver se está tudo bem?
David segue a esposa para o andar de cima, espiando pela janela que dá para os vizinhos:
- Você sabe que Regina não diria nada, mesmo que houvesse alguma coisa acontecendo.
- Você é o xerife, David. Você tem que fazer alguma coisa.
David observa Daniel invadir a entrada da garagem com desleixo e entrar no carro:
- Acho que Daniel está bêbado, vou buscá-lo. - Ele finalmente decide.
- E quanto a Regina?
David hesita por um momento:
- Vou dar um jeito.
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The First Time
FanfictionA primeira vez que Daniel levantou a mão pra ela, Regina não se encolhe. Ela não dá um passo para trás, ela nem sente o medo passando pelo seu rosto, ela sabe que ele não vai bater nela... *AVISO DE GATILHO* [ESTUPRO] [VIOLÊNCIA DOMÉSTICA] [RELACION...