Capítulo 15

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 A primeira vez que Regina vai ao hospital em Storybrooke é na manhã seguinte. A certa altura, depois que as pernas ficaram dormentes, depois de se acostumarem com o frio do ladrilho, depois que Regina acabou sentada no colo de Emma, ​​adormeceram.

Emma é a primeira a acordar na manhã seguinte, o nariz fazendo cócegas pelos cabelos marrom de Regina.

A morena está completamente enrolada em seu colo, a cabeça aninhada sob a de Emma, ​​a boca estava no pescoço da loira, ​​exalando um hálito quente que provocava arrepios. Uma das mãos de Regina está fechada na frente da camisa de Emma, ​​logo acima do peito, segurando firme.

Por um tempo, Emma apenas fica lá e gosta de assistir o momento de paz no rosto de Regina. Claro que ela conhece a mulher a apenas alguns meses, mas ela tem a sensação distinta de que Regina não costuma ter momentos de paz como esse. O momento passa quando as pernas de Emma gritam em alívio depois de passar a noite em uma posição tão apertada.

Ela cutuca Regina apenas o suficiente para acordar a mulher menor. Regina acorda devagar, percebendo aonde está enrolada. Ela se levanta do colo de Emma, ​​corando furiosamente.

Emma ri de seus cabelos despenteados e tenta acalmar a situação, de pé e se alongando lentamente.

- Então, o que você acha de panquecas?

Regina contempla suas opções, elas não são exatamente numerosas, antes de sorrir:

- Maravilhoso.

Emma oferece a mão para puxar Regina do chão, e desta vez não parece uma admissão de fraqueza, porque esta não é a mesma mão que a derrubou.

Elas ficam sem jeito por um momento, olhando uma para a outra com sorrisos tímidos até Emma se mover para cozinhar. Ela se vira para começar a preparar a massa e Regina suspira.

- Emma, ​​você está sangrando.

A loira olha para baixo, e com certeza há uma mancha vermelha em sua blusa clara. Com as sobrancelhas franzidas, ela levanta a blusa para revelar nada além de uma pele perfeitamente lisa e pálida.

Emma franze a testa.

- Eu não estou sangrando. - Ela olha para a mulher mais baixa e lentamente pega a mão dela. O curativo branco está completamente encharcado de vermelho escuro - Regina.

- Não é nada. - Ela responde imediatamente.

- Isso não é bom, pode ser infeccionado.

- É só um pedacinho de vidro. Vai ficar tudo bem.

O tom de Emma é firme, mas nunca duro.

- Se fosse um pequeno corte, não estaria sangrando dias depois, Regina.

Lágrimas formigam nos cantos dos olhos da morena.

- Emma.

- Você precisa ir ao hospital Regina. Por favor, deixe-me levá-la.

- Gina está machucada? - Uma voz pequena pergunta da entrada da cozinha. Ambas as mulheres se viram para ver Henry parado e meio dormindo. Seu cabelo está arrepiado nas costas e seu pijama está totalmente amarrotado.

Regina tropeça em palavras enquanto as lágrimas escapam dos cantos dos olhos.

- Só um pouquinho, Hen. Mas ela é realmente forte.

Ele pega as lágrimas no rosto da morena e se aproxima para abraçar a perna dela.

- Quando me machuquei, mamãe me fez ir ao hop'ital e eu fiquei melhor.

Regina dá um tapinha nas costas dele com a mão direita e tenta controlar suas emoções. Vinte minutos depois, Emma está em pé ao lado de Regina em uma sala de exames, enquanto Ruby observa Henry na lanchonete.

Um médico entra na sala com um sorriso gentil no rosto.

- Regina Mills?

- Sim. - A morena assente, suas lágrimas secaram e sua máscara está de volta.

- Eu sou a doutora Robbins, então você tem um corte na palma da mão?

Regina assente, Emma se move nervosamente.

- Eu vou... - Ela meio que aponta a cabeça em direção à porta e dá alguns passos para trás, tentando não invadir mais a privacidade de Regina.

- Fique. - Regina diz rapidamente - Por favor?

Emma sorri e retoma seu lugar ao lado de Regina.

A Dra. Robbins apenas observa a interação com um sorriso:

- Então, sua mão? - Ela pergunta novamente quando Regina parece mais confortável.

- Sim, eu a cortei alguns dias atrás em um vaso quebrado.

- Posso ver?

Regina estende a mão esquerda, o lábio preso entre os dentes. A Dra. Robbins coloca um par de luvas e cuidadosamente desenrola a gaze ensanguentada.

- Posso ver o outro também? - Ela só está perguntando porque a outra mão também está claramente enfaixada.

Regina abandona a mão, olhando atentamente para o colo.

- Ok, eu vou pegar um kit de sutura. Eu já volto. - A Dra. Robbins diz, seu sorriso brilhante de volta ao lugar enquanto ela tenta tranquilizar a paciente.

Emma fica ao lado de Regina o tempo todo em que está sendo costurada. A médica morde a língua quando encontra alguns cacos que Emma tinha perdido quando tentou limpar Regina originalmente.

Quando ela termina e está tirando as luvas, a Dra. Robbins faz a pergunta que Regina estava esperando.

- Então, o que exatamente aconteceu, Regina?

- Eu não estava sendo cuidadosa, esbarrei em uma mesa, bati em um vaso, caí e estupidamente tentei me segurar com as mãos.

- Isso é tudo?

- Isso é tudo.

A Dra. Robbins suspira resignada, ela sabe que não há mais nada que ela possa fazer se Regina não disser nada.

- Você tem mais lesões?

- Não...

- Sua perna. - Emma interpõe, ela sente o olhar de Regina nela, mas mesmo assim ela continua - Você cortou sua perna também.

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