Capítulo 11

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A primeira vez que Regina busca conforto é na manhã seguinte.

Ela se arrasta para fora da cama quando o sol ainda não nasceu, veste um par de calças e camiseta o melhor que pode, sem forçar muito as mãos. Suas bandagens ficaram rosas no meio da noite.

Daniel ainda não está em casa quando ela veste os tênis e começa a correr. Ela chega à esquina com vista para a ponte de pedágio onde encontrou a Emma pela primeira vez e espera. Ela se inclina contra uma árvore e se deleita com a queima do ar frio que entra e sai de seus pulmões.

Quando ela foi para a cama depois que Emma saiu, Regina verificou a perna. Foi, felizmente, apenas mais alguns cortes, um particularmente ruim foi mais fundo. Ela foi capaz de limpar e enfaixá-las por conta própria, e agora pressiona a mão com cautela no lado esquerdo, feliz em ver, pelo menos por enquanto, que ela se afasta de sua calça de corrida sem listras vermelhas.

Regina é atraída pela contemplação do corpo por um chiado no peito. É Emma correndo na direção dela, na direção oposta.

Regina não pode evitar a saudação que passa por seus lábios ao ver Emma:

- Você parece uma merda.

A loira sorri, ela sabe o quão verdadeira essa afirmação deve ser, considerando que ela não dormiu a noite toda, ela mal teve tempo de chegar em casa, pegou uma banana de jantar e outra no café da manhã, verificou se Henry ainda estava dormindo em segurança. Trocou de roupa, e correu de volta pela porta na esperança de encontrar Regina neste mesmo local. Ela sorri porque sabe que, entre as duas, ela não deveria medindo o pior e o melhor agora.

- Obrigado, você está bem bonita. - Regina sente-se ceder ao desejo de sorrir como sempre faz com Emma.

Elas meio que ficam em silêncio por um tempo até Emma acenar com a cabeça em direção ao caminho de onde ela veio.

- Quer correr?

Regina segue sua liderança.

Elas não dizem nada enquanto correm. Não até Regina puxar as mangas para baixo sobre as mãos para se proteger do frio e ela soltar um estremecimento involuntário de dor com o movimento contra as palmas das mãos.

Emma morde a língua por um segundo, tentando se silenciar, mas ela não pode evitar.

- Por que você não o deixa?

Regina revira a pergunta em sua mente por um minuto antes de responder. É a mesma coisa que ela está se perguntando desde a primeira vez que ele colocou a mão nela, e ela ainda não tem certeza de que sabe explicar isso.

- Você acredita que existem vários lados em cada pessoa?

- Sim, mas... - Emma começa, tentando convencer Regina disso.

- Apenas ouça por um minuto - Regina sorri provocativamente - Existe esse lado de Daniel, esse lado maravilhosamente gentil e amoroso. O lado que segurou meus livros na faculdade e queimou torradas quando ele tentou me surpreender fazendo o café da manhã. O lado pelo qual me apaixonei, e às vezes esse lado aparece e eu apenas.... - Ela vacila.

Emma tem a sensação de que Regina Mills não é uma mulher que frequentemente vacila em suas palavras.

- Eu ainda estou apaixonada por ele.

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