A primeira vez que Emma perde o controle de si mesma é quando vê Daniel na delegacia. A viagem de Emma até a delegacia é surpreendentemente calma, ela não acelera, não pressiona o acelerador para passar no sinal vermelho, estaciona cuidadosamente ao lado do carro de David e respira fundo antes de trancar seu inseto e entrar.
David sai para encontrá-la no corredor antes que ela ponha os olhos no homem. A expressão de David está preocupada, é claro que ele está meio adormecido, o que é justo o suficiente, considerando que é quase meia-noite, e ele está pronto para impedir Emma de fazer algo que ela se arrependerá.
- Onde ele está? - Emma pergunta, ela não tem ideia do que vai fazer quando colocar as mãos em Daniel, mas ela sabe que precisa fazer alguma coisa.
- Ele está bêbado, Emma, espere um minuto.
- Eu não preciso esperar nada, David.
- Sim, você precisa- Ele diz, encontrando o olhar dela. Os dois sabem que ele não está falando como amigo dela, ele está dizendo como chefe dela - Ele não me contou nada quando eu o peguei, ele e Regina brigaram ou algo assim?
Emma passou a mão pelos cachos.
- Sim, ou algo assim. - Ela quer contar a David o que está acontecendo, mas ela sabe que não é sua verdade revelar.
- Emma, o que está acontecendo? - Ele pergunta, procurando sua expressão conflituosa. - Ele não... David se interrompe, não querendo terminar o que teme que tenha acontecido.
- Não, ele - Emma tenta encontrar palavras, mas ela não consegue - Regina apenas deixou cair um vaso e cortou as mãos no vidro.
David levanta uma sobrancelha para ela.
- Emma...
- Eu sei, eu sei. Mas não estou fazendo isso, é coisa de Regina. Não estou violando a privacidade dela, pois esse idiota já a violou.
O xerife concorda com a cabeça em breve:
- Posso confiar em você para ficar aqui com Daniel essa noite, ou devo ligar para outra pessoa?
- Não, eu consigo. Você precisa voltar para Mary Margaret.
O homem mais velho olha para a determinação nos olhos de Emma e teme por quem a cruza.
- Você precisa voltar para Henry.
- Ruby está cuidando dele.
David hesita por mais um momento antes de concordar
- Se algo acontecer com esse homem, então me ajude, Swan. - Ele dá seu aviso final.
- Não se preocupe.
Ela espera até que David deixe a estação antes de ir para onde estão as celas. Daniel está sentado em um beliche em uma das celas, com a cabeça nas mãos. Ele parece totalmente derrotado. Em outro mundo, um mundo em que ele é apenas um homem que estava dirigindo sob a influência de alcool, onde Emma era apenas o xerife de plantão, onde Regina não existia e onde as palmas da morena não eram cortadas por vidros quebrados, ela poderia senti pena dele.
Ele olha para cima quando ouve os passos dela se aproximando da cela. Ela descansa contra uma mesa, precisando se aterrar, forçar-se a manter distância.
- Quem é você? - Ele pergunta. Seus olhos são sóbrios e ele está menos bêbado do que estava.
- Eu sou a xerife Swan. - Ela diz, procurando em seu rosto qualquer sinal de remorso.
- Oh sim, Gina mencionou você. - Ele balança a cabeça diplomaticamente, o lobo perfeito em pele de cordeiro. Emma ignora a pequena excitação que sente ao ouvir que Regina falou sobre ela. - Quando você vai me libertar?
- Mais tarde. - Emma responde com desdém.
Ela o observa correr as juntas da mão direita em um gesto nervoso. É a única indicação que ele dá de que algo está errado.
- Vamos lá, Regina está em casa, tivemos uma discussão e eu preciso pedir desculpas a ela. - Ele tenta, de pé e se aproximando das barras da cela. Ele deixa os antebraços pendurados do lado de fora e encosta a testa no metal.
As entranhas de Emma apertam, ele tem tanta certeza que ninguém conhece seu pequeno segredo abusivo, Emma só precisa tirar o sorriso presunçoso de seu rosto.
- Acho que Regina está bem sem você. Parei na sua casa antes de chegar aqui.
Os olhos de Daniel se estreitam.
- O que ela disse a você?
- Ela me disse que deixou cair um vaso e cortou as mãos no vidro.
Daniel assente.
- Foi isso mesmo.
Vendo o pequeno aumento no canto da boca, Emma se afasta. Ela tem que deixá-lo saber que ele não vai se safar disso de novo.
Em segundos, ela está fora da mesa, nas barras da cela. Ela agarra uma das mãos dele onde está vagamente pendurada do lado de fora e torce, forçando todo o corpo dele até as costas dele baterem nas barras.
- Me escute, idiota, se Regina deixar cair outro vaso, cair as escadas ou bater em uma bancada, ou qualquer outra besteira que ela invente para cobrir você, eu vou atrás de você. E não vou me segurar. - Ela adverte, sua voz baixa e mortal bem ao lado do ouvido dele - Entendeu?
- Tenho certeza de que não sei do que você está falando. - Ele sofre com a dor da posição.
Emma puxa seus braços com mais força, forçando sua omoplata a uma posição a poucos centímetros de sair do lugar.
- Você me entende agora?
Quando ele balança a cabeça, finalmente, e Emma o deixa ir, observando-o deslizar no chão, segurando seu ombro com dor, ela não se reconhece. Ela sai rapidamente da estação, andando de um lado para o outro na calçada em frente ao poste de luz.
Já passou da meia-noite e ela pode ver as estrelas. Ela deseja um final feliz.
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The First Time
FanfictionA primeira vez que Daniel levantou a mão pra ela, Regina não se encolhe. Ela não dá um passo para trás, ela nem sente o medo passando pelo seu rosto, ela sabe que ele não vai bater nela... *AVISO DE GATILHO* [ESTUPRO] [VIOLÊNCIA DOMÉSTICA] [RELACION...