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Abel Tesfaye


Chegamos no apartamento de Amber fechei a porta.

Ela me empurra para o sofá, ri lembrando dela me empurrando no sofá do estúdio.
Senta por cima de mim, suas mãos vão para meu pescoço então me observa, parece ansiosa.
Gosto de vê-la assumir o controle, ela é incontrolável.

Ela me beija, aperto sua cintura a encaixando no meu colo.
Seus beijos descem para meu pescoço, não resisto e a puxo beijando seus lábios.

—Abel.— Ela sussurrou. —Não queria atrapalhar o momento, mas eu não comi nada agora a noite e sinto que se eu não comer vou desejar nunca ter bebido amanhã.

Gargalhei.

—Posso fazer algo para comermos, confesso que estou com fome também.— Ela saiu de cima de mim.

—Então quer dizer que você cozinha?—Ela caminhou em direção a cozinha.

—É um dos meus segredos.— A segui.

—O que irá preparar?— Se encostou no balcão esperando minha resposta.

—Algo rápido, que tal uma massa?— Perguntei.

—Pra mim parece ótimo! Por mim comeria massa o resto da vida. Vamos lá, vou te ajudar.— Amber foi até a dispensa e pegou alguns ingredientes.

—São duas da manhã, isso é engraçado!— Coloquei a água no fogo para cozinhar o macarrão.

—Precisa de ajuda?— Ela se aproximou.

—Sim, pode me ajudar cortando isso?— Empurrei os temperos.

Conversando aqui com Amber e ouvi-la falar besteira ainda sob efeito do álcool me deixa feliz. Inexplicavelmente o vazio se vai.

—Fico feliz que fez uma amiga hoje.— Falei de Elisha.

—Sim, ela parece legal.—Amber respondeu me entregando os temperos cortados. —Hoje eu fui na universidade levar meus documentos, fui a Malibu também e passei a tarde lá. — Me contou enquanto comia um pedaço do queijo que acabou de ralar.

—Vi no seu instagram.— Coloquei a massa na água que já fervia.

—Anda me stalkeando?— Ela perguntou se aproximando de mim.

—Sim.— Respondi a puxando para perto.

—Voltou ao trabalho?— Amber mudou de assunto ainda com meus braços ao seu redor.

—Na próxima semana, mais alguns dias produzindo sozinho e volto.— O celular de Amber começou a tocar e ela se soltou de mim para pega-lo.

—Não é possível!— Ela bufou respirando fundo.

Amber estendeu o celular pra mim e logo entendi.
Na tela o nome Connor brilhava. Isso me gera desconforto.

—Você deveria aceitar o celular que te dei e trocar seu número, assim ele não te incomoda mais.— Sugeri.

—Eu não sei se é necessário Abel, apesar desse momento de perturbação do Connor eu sei que em algum momento ele vai parar. Ele sabe que eu não estou bem com tudo, ele quer fazer chantagem emocional para que eu volte para o lugar que sai, ontem ele me mandou mensagem dizendo que eu preciso dele, ele realmente acredita nisso.— Ela riu, parece triste ao contar.

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