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Amber Wilson

Georgia e Tia Jannet me receberam muito bem, me buscaram no aeroporto a algumas horas atrás e prepararam um quarto pra me acomodar.
Chorei de emoção ao ver minha amiga depois de quase dois meses.

Guardei minhas coisas e voltei para a sala onde Gia me espera.

—Vai me conta tudo sobre Los Angeles e o que andou aprontando com Abel.— Gia pergunta se jogando no sofá ao meu lado.

—Gia, não fale tão alto!— Eu sussurro.

—Você acha que tia Samra não contou nada pra minha mãe? Ela chegou de Los Angeles falando de você e Abel e não fala de outra coisa.— Meu Deus! Como vou olhar na cara dela outra vez? —Mas relaxa, ela só falou pra minha mãe!— Estou me sentindo uma perversa.

—Tudo bem, mesmo assim fico sem graça.—Georgia ri de mim.

—Vai, me conta!— Georgia me empurra ansiosa pra ouvir.

—Ah, só tudo que ja te contei. Depois de ontem ele nem deve querer me ver por agora.— Toco no colar qual Abel deixou pra mim, coloquei ele hoje antes de sair de casa. —Não sei, na verdade acho que fiz a coisa certa. Isso não daria em nada mesmo e outra, eu não quero ser exposta publicamente e se continuássemos a sair não demoraria muito.

—Acho que você é uma idiota, não pela situação com Abel, mas por estar começando a cair na história mal contada de Connor. Me desculpe Amber, sei que te apoio em tudo mas nisso não dá. Eu sei que você está pensando em ceder pela sua mãe e acho que você esquece que ela está te manipulando pois sabe que Connor te convenceria a deixar Los Angeles! Eu não duvido que os dois estejam armando um jogo manipulador, sua mãe sabe que o Connor é o único homem que a manteria perto de casa e que a mãe dele é tão manipuladora quanto ela. — O problema é que eu ainda tenho esperanças de que minha mãe mude e enxergue quão errada ela está e eu acabo caindo em seus jogos e dramas. Não consigo acreditar que as pessoas conseguem ser assim, eu prefiro acreditar no melhor das pessoas assim como sempre soube do ótimo homem que meu pai foi.

—Eu sei de tudo isso Gia.— Tento explicar mas ainda assim ela ten razão.

—Se sabe por que ainda cai Amber? Você não precisa disso. Vai achar um emprego e vai conseguir se dar bem sozinha!— Gia afirma apertando minha mão, ela tem medo de eu voltar e me acomodar com aquela vida outra vez.

—Eu tenho medo! Tenho medo de falhar nisso e acabar tendo que engolir todo meu orgulho e voltar pra casa dela. Hoje eu vou na minha casa, preciso pegar algumas coisas e espero não vê-la.— Tenho que pegar alguns pertences que achei que não precisaria.

—Você não vai ter que engolir nada! Já engoliu muita coisa desde que seu pai morreu. Você merece uma vida feliz, não se sabote!— Gia aperta meu ombro em sinal de apoio. —Vai com o nosso carro, qualquer coisa me liga!— Aceito e Gia me entrega as chaves.

Eu preciso fazer isso.

Dirijo até minha casa que fica a uns quinze minutos da casa de Georgia, por acaso notei que fica próximo da casa de Samra.
Engraçado eu me lembrar disso.

Estacionei o carro, pego minha bolsa e ativo o alarme do carro. Ao entrar em casa me dou conta de quão boba e manipulável eu sou.
Minha mãe, Connor e a ridícula da mãe dele, estão ao redor da mesa tomando café e gargalham juntos como amigos íntimos.

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