The Little Scorpion (Escorpiana - Máfia)

Capítulo 38

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James Walker

Matteo trafega em alta velocidade passando todos os carros e ignorando os faróis, enquanto estou no banco de trás com Pietra. Ela não acorda e nem tem aquele tom de pele bronzeada que eu tanto adoro.

Matteo e eu, entramos em um acordo onde tiraríamos ela do hospital assim que ela estivesse estável, mas acho que ele não acredita na melhora dela.

Passo a mão no seu rosto, torcendo para que eu possa ver aqueles olhos azuis me desafiarem novamente, e que ela me irrita se com o seu sarcasmo e seu mau humor.

Minha respiração falha quando Matteo para o carro na porta do hospital.

Desci do carro rezando para que ela aguentasse mais um pouco. Eu não posso perdê-la , nós não tivemos o nosso primeiro encontro e eu não a levei para jantar, nós não demos o nosso primeiro beijo de verdade. Eu preciso desses momentos, eu preciso dela do meu lado.

-Me ajudem! - grito tirando a Pietra do carro e a segurando nos meus braços.

As pessoas olham a cena com alguns olhares de pena e surpresa. Mas estou pouco me podendo.

Os médicos se aproximam com uma maca e alguns objetos, eles a tiram do meus braços e a colocam deitada na maca.

Uma mulher fala que ela está sem pulso, ela rasga a blusa da Pietra e a deixa de sutiã e colocando uma máscara de oxigênio nela, eles a levam para dentro.

Observo eles trabalhando para manter ela viva, e meu coração para de bater.

Pietra estava cheia de hematomas pelo corpo e além do ferimento do tiro ela tinha uma espécie de queimadura no quadril.

-Ela vai ficar bem, né? - pergunto para a mulher com roupa branca, que agora estava cheia de sangue.

Ela me olha com pena e volta a sua atenção para a Pietra.

Passo a mão pelo cabelo na tentativa de acalmar os meus sentimentos. Olho para o lado e encontro Matteo entrando no hospital. Ele para assim que vê a Pietra.

-PARADA CARDÍACA! - a mulher de branco grita subindo em cima da Pietra e começando a fazer massagem cardíaca.

Eles passam com ela por uma porta. Quando tento passar pela porta uma enfermeira baixinha me para.

-O senhor não pode passar!

Olho para a porta que tem uma janela e observo eles ligarem ela em aparelhos e um deles é um pequeno monitor que exibe uma linha reta e um som sonoro contínuo, enquanto a médica pega o desfibrilador e começa a aplicar na Pietra.

Eu olho ela fazer isso umas quatro vezes. Meu coração se encheu de esperança quando a pequena máquina começou a fazer barulho pausadamente, indicando que o seu coração voltou a bater.

-Senhor. Ela vai ficar bem. O máximo que pode fazer é aguardar o médico voltar com notícias. Por favor, espere sentado. - a mulher baixinho advertiu.

São palavras que escuto,mas não processo. Sinto uma mão no meu ombro, era o Matteo.

-Vamos nos sentar. - diz Matteo me puxando para as cadeiras.

Relutante me sento no banco e coloco os cotovelos na minha perna e apoio a minha cabeça na minha mão.

Fechei os olhos. Eu estava devastado, meu peito transbordava medo e ansiedade.

-Eu avisei a todos que a Pietra está aqui. Daqui a pouco eles chegam. - informa Matteo. - Ei, ela vai ficar bem... - ele me conforta. - Ela é muito teimosa, até para morrer.