The Little Scorpion (Escorpiana - Máfia)

Capítulo 11

James Walker

     São sete e meia da manhã e estou correndo tentando organizar os meus pensamentos. O tempo está nublado, as ruas de New York estão frenéticas como sempre, mas a corrida não ajudou em nada, continuou agitado. Na noite anterior sonhei com aquela maldita mulher. Seus gemidos, sua respiração ofegante e sua pele lisa e macia.

     O quão desesperador isso parece?

     Foder com ela foi uma maneira de alcançar os meus objetivos de uma foda casual digna.

     Já faz um tempo que isso me perturba. Não deveria me importar com isso, e de fato não me importo.

     Você a usou.

     Você viu uma brecha, e se aproveitou da situação.

      O quão patético isso parece pra você, James Walker?

      No final das contas Dante tinha razão, se envolver com ela foi um erro. A ideia de Dante ter razão, é tão humilhante. Ignoro esse pensamento. 
 Desisto da minha corrida e vou para casa. Passo na portaria e uma jovem recepcionista me cumprimenta com um aceno de mão e logo depois morde os lábios inferiores.

        Patético!

       Passo por ela a ignorando. Não tenho tempo para esse tipo de coisa.

       Não estou afim de ir de elevador. Então, vou pelas escadas. Subo cada degrau como se cada um representasse um problema na minha vida. E essa sensação é horrível. Chego com dificuldade até o fim da escadaria, enquanto tento acalmar meus batimentos acelerados e minha respiração ofegante.

         Saio pela porta que me leva ao corredor e vou até o meu apartamento. Está tudo calmo, tudo no seu devido lugar, como todos os dias monótonos que tenho vivido.Entro na cozinha, pego um copo de água e o viro de uma vez, aliviando a sede que tinha.

       Meus pensamentos se desviam para o dia de hoje.  Tenho que resolver alguns problemas que surgiram, e tudo que não preciso agora é de um episódio de conflito comigo mesmo. Viro o rosto enojado.

       Talvez eu devesse encontrar um jeito de me distrair. Logo me vem um nome na cabeça "Noelle". De fato não irei levar Pietra ao Jantar, mas não posso ir sozinho o que acaba sendo ridículo, e que poderia dar errado em levar a minha ex para o jantar? Deixo o copo de lado, e vou para o meu quarto. Após uma chuveirada rápida, vou para o trabalho

        Chego na empresa e sigo para o elevador que me leva direto para o meu andar. Pietra já está no seu lugar, o que é estranho, ela não chega tão cedo. Passo por ela dando as instruções dos afazeres de hoje e fecho a porta atrás de mim. 

     Minha cabeça dói de tantos problemas que tenho que resolver. A droga do engenheiro ainda não deu o seu aval, o que significa que tenho que esperar mais tempo, e isso é um desperdício de dinheiro. Estou empacado nesse desenho, não saio do primeiro pavimento, esse bloqueio está levando o melhor de mim. Decidi pedir algumas plantas para a Pietra. Quando abro a porta meus olhos caem em Pietra e...minha mãe?

       -Mãe?!

       A senhora para o que estava fazendo e vem me dar um abraço. Droga! Será que Pietra contou alguma coisa para minha mãe? Minha adorável mãe veio falar do jantar, e o foda e que eu não sou o anfitrião do Jantar, e sim o Dominique.

       Antes de entrar em minha sala minha mãe faz uma pergunta para Pietra que me tira o ar. 

       -Te vejo no jantar, né? - Minha mãe fala.