I Wasn't Promised to You

VIII- A Promessa

"Os bosques são adoráveis, escuros e profundos; mas eu tenho promessas a cumprir, e milhas a percorrer antes de dormir.

— Robert Frost"

Vou até uma das mesas da biblioteca e abro o calhamaço pesado e empoeirado no sumário. Vou até a página correta e leio em voz alta o título em garrafal.

— O Princípio das Promessas. — Começo a ler.

"Não se sabe ao certo quando as primeiras promessas surgiram, mas o sentimento que o mundo sentiu quando todas as suas partes se conectaram foi datado há desde a divisão territorialista do mundo. Quando as guerras acabaram e os países foram divididos. Há quem diga que a promessa existe há bem mais. Até a data desta pesquisa, não há indícios de uma pessoa que vivenciou a promessa duas vezes. Existe apenas um prometido para cada pessoa. Mas a promessa não é sinônimo de amor, suas almas estão interligadas, não seu coração. Você pode amar seu prometido, ou não. Pode se casar e viver o resto da sua vida com ele, ou não. Você só tem um prometido, uma alma gêmea durante toda sua vida, mas têm vários outros amores."

Uma faísca de esperança se acende em meu peito. Não me lembro de quantas vezes li textos como esse e apenas ignorei. Pessimista demais, com dor de mais para levar a sério qualquer um que dizia que eu poderia ser feliz outra vez.

Mas agora, depois de sentir meu coração palpitar com força toda vez que vejo seu sorriso grande, sinto como se todas minhas esperanças fossem renovadas. Eu não o amo, não ainda, mas me sinto cada vez mais próxima desse sentimento.

O sinal toca e deixo o livro no lugar antes de seguir para a sala de reuniões da minha equipe. Todos já estão conversando e discutindo suas ideias.

A Sakura não troca uma palavra comigo durante toda a reunião, da mesma forma que vem fazendo durante toda a semana e vai na frente quando saímos, sem nem me esperar, como ela sempre faz. Olho ao redor, o loirinho me encara de volta, desvia o olhar e vai embora sem se despedir.

Durante toda semana que eles dois me ignoraram, eu ignorei de volta. Mas não gosto da forma que agem como se eu tivesse feito algo errado, quando claramente não fiz. Vou tirar isso a limpo hoje mesmo.

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A Sakura está no banho quando chego no nosso dormitório, ela para a cantoria quando bato a porta com força. Espero ela terminar, sentada na minha cama.

Ela seca os cabelos, arruma uma mochila e quando se vira para sair, suspira e senta na cama ao meu lado.

— E então, porque agiu dessa forma durante essa semana? Me ignorando quando acorda, sentando longe durante as aulas e me largando sozinha no refeitório e na sala de reuniões?

Sak– Você sabe o que você fez. — Reviro os olhos.

— Se eu soubesse não estaria aqui perguntando.

Sak– Que tal eu fazer a pergunta dessa vez? — Erguo a sobrancelha deixando clara minha curiosidade. — O que estava fazendo com o Sasuke-kun na terça passada? O Naruto disse que encontrou vocês dois juntos na salinha dos fundos, tendo uma conversa estranhamente íntima.

Sinto minhas bochechas avermelharem e a raiva me corroer, meu lado recional tenta controlar meu lado irritado.

— Primeiro, o Naruto é um fofoqueiro e uma babaca por espalhar mentiras dessa forma. Segundo, você terminou com ele, não é? Então porque se preocupa com o que ele faz ou deixa de fazer com outras pessoas. Terceiro, eu achei que fossemos amigas, que tipo de pessoa você acha que eu sou?