XXX- Epílogo

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"A promessa é o princípio de todas as coisas, a primeira vez que alguém prometeu amar outro alguém, criou um efeito em cascata, iniciou uma tradição e uma magia que atravessou gerações. Mas hoje há amores que vencem a magia do universo e quem valem muito mais que uma simples promessa. 

— RokatoTeaPark" 

Alguns anos depois 

Me vejo na televisão, na entrevista que dei mais cedo sobre a grande venda de ações que intermediei hoje pela manhã, ao mesmo tempo que presto atenção na gritaria no andar de cima.

E quando finalmente minha paciência acaba, grito. 

— BORUTO! HIMAWARI! Desçam aqui agora! — Ouço seus passinhos apressados descendo as escadas com cautela e as duas crianças se posicionarem na minha frente. — Os avós de vocês tão chegando daqui a pouco para buscá-los e vocês ainda nem estão prontos? O que estavam fazendo? 

Hima– Mamãe, o Boruto rasgou meu urso — Ela aponta seu dedinho gordo de forma acusatória para o irmão. 

Bor– Não é verdade! Ela que puxou com muita força. 

Antes que eu possa repreende-los, o barulho da campanhia chama minha atenção e caminho devagar até a porta.

Os três nem me comprimentam, mas como uma boa nora e filha, os agradeço pela presença. 

— Olá Kushina-san, olá Minato-san. — Dou um abraço no meu pai — Olá pai, como vai hoje? 

Pai– Estou bem, onde estão meus netinhos? — Eles nem me esperam responder, os pegam no colo e saem correndo pela porta, o Minato-san atrás, carregando as mochilas. 

Min– Traremos as crianças no domingo, tenham um bom aniversário, Hina-chan. Diga ao Naruto para dirigir com cuidado. 

— Eu direi, até domingo, sogro. 

Fecho a porta e volto a me sentar na sala. E espero, espero e espero um pouco mais. Já estou quase dormindo quando a porta da frente abre bruscamente. 

Abro os olhos imediatamente e nem reajo quando ele me dá um selinho e vai tirando a roupa ali mesmo. 

Nar– Desculpa, Desculpa, estou atrasado. A reunião demorou mais do que o esperado. 

— Não tem problema — Digo, um pouco sonolenta. 

Nar– Não, tem sim. Eu sou um péssimo marido, eu sei. É nosso aniversário e eu cheguei atrasado. — Ele destribui selinhos por todo meu rosto e corre até a cozinha, apenas de cueca, ouço o barulho das panelas, mas minha alma ainda não voltou para meu corpo. 

— Se formos pensar assim, você já chegou atrasado em ocasiões bem piores. — Ele aparece na sala outra vez, com a sobrancelha erguida e a panela e um garfo na mão — Você foi o noivo atrasado no nosso casamento.
 
Nar– Eu me perdi, você ficou na sala mais escondida daquela bendita casa. — Rio de leve. 

— No seu primeiro dia como diretor do colégio. 

Nar– Aquela gravata imbecil. — Me viro no sofá, encarando ele com minha grande cartada. 

— Você perdeu o nascimento do Boruto. — Ele arregala os olhos, claramente desarmado. — O Sasuke teve que entrar e eu tenho certeza que quebrei uns dois dedos dele. 

Nar– Eu não cheguei atrasado. 

— Não, mas demorou demais para entrar e quando entrou, desmaiou ainda na porta. 

Nar– A culpa não é minha, eu te amo, mas aquilo foi horrendo, tenho pesadelos até hoje. 

Ele da uma risada assustada e termina de comer. Corre para o andar de cima e só ouço o chuveiro ligar, antes de tirar um cochilo. 

Nós aproveitamos o dia como há muito tempo não aproveitavamos, mas antes do gran finale da noite, nosso amigos nos chamam para um bar. 

Todos estão juntos aqui, a galera da época da escola e algumas novas pessoas que entraram em suas vidas pouco depois, mas que já fazem parte do grupo. 

Sak– Argh, a Sarada tá me dando nos nervos esses dias. Eu a amo, mas nossa, ela precisa fazer tantas perguntas difíceis? 

Ino– A fase das perguntas é a pior, por sorte o Inojin puxou ao pai e é bem na dele. 

Nar– O Sai não vem hoje? 

Ino– Não, ele e o Inojin passaram a tarde numa exposição ou coisa assim, estão dormindo feito pedra. 

Nar– Eu gosto da forma como eles gostam das mesmas coisas — Rio do biquinho que ele faz. 

— Você tá com inveja? Só porque o Boruto odeia tudo que você gosta? 

Nar– O quê? Claro que não! Eu tenho a minha fiel Hima do meu lado. 

Sas– A Hinata me mandou mensagem mais cedo. Disse que você chegou atrasado para o aniversário de vocês.
 
Nar– Ah não, minha mulher é uma fofoqueira. — Lhe dou um tapa inocente no ombro e reviro os olhos quando ele me abraça de lado. 

Shika– Eu lembro de quando ele chegou atrasado no primeiro dia dele como diretor do colégio. O Minato-san quase que demite ele e me põe no lugar. Ficar esperto Naruto, ou eu posso roubar teu emprego. 

A conversa começa a rolar solta, novidades e fofoca preenche nossa mesa e a nostalgia bate com força em mim quando nossa música começa a tocar. 

Ele me obriga a ir até a pequena pista de dança e me conforta em seu peito.
 
— Você é um péssimo dançarino. Sabe disso não é? — Ele resmunga, mas continua me girando. 

Nar– 10 anos, uhm? Pensou que chegaríamos tão longe? 

— Você tinha dúvidas? 

Nar– Não posso mentir. Em alguns momentos eu duvidei. 

— Eu sei. Eu também tinha alguns receios. Eu era tão pessimista. 

Nar– Você era um pouco. Mas era justificável. 

— Eu os vejo, sabe? Em todo lugar ao nosso redor, mas principalmente nas crianças. Vejo minha mãe o tempo todo na Hima, não só na personalidade, como na força de vontade. — A música toca numa nota mais alta e ele me gira — E vejo o Kiba no Boruto. Eles são tão parecidos. 

Nar– E como se sente com isso? 

— Feliz. Como se eles estivessem aqui olhando por nós. — A música acaba e ele para, mas ainda nos mantemos nos encarando — Obrigada por tudo. Por ficar ao meu lado e me amar por todos esses anos e principalmente por ter me dado filhos tão incríveis. 

Nar– Eu é que deveria ser grato por isso. 

— Nós dois podemos ser gratos. 

Nar– Eu te amo. 

— Eu também amo você. 

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Enfim, cá estamos, no tão esperado fim. Trouxe esse epílogo para mostrar como ficou a vida deles no futuro, para consolidar ainda mais o amor deles.
Nessa história, a promessa era a coisa mais importante que poderia acontecer com alguém e a maldição a coisa mais dolorosa. Eu adorei mostrar para vocês a evolução e superação da Hina, porque foi algo pelo qual eu já passei e que hoje, apenas vejo como uma fatalidade da vida e que ao invés de ficar triste por vê-lo em todo canto, hoje eu fico feliz.
De certa forma a Hina foi inspirada na minha história de vida e escrevê-la tão feliz me da esperanças de um futuro melhor.
Ela não estava sozinha, e apesar dos seus amigos e do Naruto terem sido muito importantes para a cura dela, a força de vontade dela própria foi o principal pilar da recuperação dela.

Enfim, espero que tenham gostado dessa longa jornada e dessa despedida, voltem sempre que quiserem, vocês são todos bem vindos aqui. Até a próxima!
❤️

I Wasn't Promised to YouOnde histórias criam vida. Descubra agora