XXVI- Decisões

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"Podemos tentar evitar de fazer escolhas através de não fazermos nada, mas mesmo isso é uma decisão.

Gary Collins"

Pov. Naruto Uzumaki

O meu pai conheceu a minha mãe no colégio. Ela era a aluna nova que todos queriam atormentar, mas ela era tão determinada que nunca se deixou abalar pelo bullying.
Ele a observava de longe, nunca intervirá, não porque era um covarde, mas porque sabia que ela era forte o suficiente para enfrentar o que quer que fosse sozinha.
E um dia, depois de salvá-la de uns brutamontes malditos, a promessa chegou para eles e desde então, eles nunca mais se separaram.
Eu cresci ouvindo sobre como eles se amavam, sobre como a promessa era uma benção e que um dia ela viria para mim também. Mas ela não veio, por 16 anos eu senti a esperança de compartilhar minha alma com alguém.

Ai eu a conheci. Não minha prometida, mas alguém que tinha sofrido tanto, que parecia não querer viver mais a vida. E eu a observei, eu conversei com ela e quando a conheci, senti algo que nunca tinha sentido antes. Eu me apaixonei pela determinação dela, pela força em continuar lutando e pela forma como ela via o mundo. E então, ter uma prometida ficou em segundo plano para mim.

Nós vivemos momentos bons, mas só amor não é suficiente para manter uma relação. Eu queria mais dela, eu queria que ela me visse por inteiro também. Que ela me amasse de volta e que confiasse em mim. Ela não me deu isso e mesmo assim eu continue amando ela.

E então a Shion voltou, e a promessa veio para gente. Mais aleatório impossível. Mas me deixou confuso, eu sempre desejei a promessa e agora ela estava ali, na minha frente, prometendo se dar inteira para mim. Prometendo tudo que eu queria que a Hinata me desse, sua confiança, seu amor, seu carinho, sua alma.

E quando a Hinata veio até mim e disse as palavras, eu só fiquei mais confuso ainda. Ela me deu tempo e eu pretendia usá-lo, pretendia ver como me sairia sem ela, se eu poderia me apaixonar pela Shion e realizar meu sonho de ter uma prometida.
Eu estava crente nesse plano, até receber uma ligação dela.

Hina– Alô? Amiga? Eu tô aqui no segundo andar e tô meio mal. Tudo bem se você vier aqui e me ajudar? E podemos ir embora? Eu adorei a noite, mas já deu. Lugares cheios e barulhentos não são meu forte.

— Hinata? Onde você tá?

Hina– Sakura? Você tá chapada? O que houve com sua voz?

— Isso não importa — Digo, sem humor — Você tá em uma boate? Qual?

Hina– Na País do Fogo. Você vai vir me buscar Sakura Chapada-chan?

— Me espere aí que eu já tô indo.

Hina– Tá legal. Só vem logo, o Utakatan-san não sai do meu pé com aquele papo romântico dele. Qual é, ele não sabe que eu sou comprometida? Com a sofrenci...

Desligo a ligação antes que ela possa continuar a afogar suas mágoas dessa forma.

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A encontro rápido, sentada em um sofá de couro nojento, com a cabeça deitada no colo do irmão da Shion.

Ele me vê primeiro, revira os olhos, mas continua no mesmo lugar.

Uta– O que faz aqui?

— Ela me ligou.

Uta– E você teve a cara de pau de vir? Depois de desfilar com outra na cara dela hoje mais cedo?

— Eu não... Só... deixa eu levar ela de volta para casa. — Ele se levanta e não fala nada quando vai embora.

I Wasn't Promised to YouOnde histórias criam vida. Descubra agora