Meu lindo Híbrido... Meu Jeon Jungkook

Capítulo 45

Kookie e eu nos vestimos e eu fui explicando tudo para ele no caminho. Caminhamos até a praça central, assim como TaeTae havia falado, mas tinha algo errado, ele não estava lá...

~TaeTae pov

Corri rapidamente até a Moon quando o cara que a acompanhava soltou um sorriso largo e bizarro para mim. Moon simplesmente abaixou o olhar abatido, era como se ela estivesse chorando faziam dias. Meu peito doeu, senti um aperto enorme no meu coração, ver ela daquele jeito foi algo que eu nunca imaginei.
O cara começou a correr com ela para um beco afastado, por que caralhos ninguém fez nada enquanto nós corríamos e eu gritava? Malditos sejam todos eles!
Quando eles finalmente pararam, o olhar do homem se voltou a mim completamente e eu pude perceber quão escuros e sombrios eram seus olhos. Ele estendeu a mão esquerda para uma porta que, de repente, se abriu e deixou uma forte luz azul escapar e iluminar o beco seguida por um barulho semelhante a vidro sendo arranhado. Sem que eu pudesse reagir, a Moon foi arremessada para dentro daquele portal e o homem se aproximou de mim em posição de ataque.
— Vejo que você é realmente mais burro do que parecia. — Disse ele com sua voz grossa.
— Você vai se arrepender disso.
— Acha mesmo que eu não presumi que viria atrás da bonitinha? Agora você vai desejar nunca ter vindo até aqui.

Dizendo isso, ele desferiu um soco no meu rosto. Cambaleei para trás sentindo o gosto de ferro em minha boca e uma dor aguda em meu rosto. Avancei em cima dele e o chutei com toda a minha força, foi bom e pareceu funcionar, até eu sentir uma picada forte no meu pescoço.
— Bela tentativa, garanhão. Mas eu não viria até aqui despreparado. — Uma outra voz soou atrás de mim e minha visão escureceu completamente.

~ S/N POV

Começamos a correr por todos os lados, mas o Tae não aparecia. Liguei no celular dele, mas também não atendia, só dava na caixa postal.

Dentro de mim, algo gritou que alguma coisa estava errada. Fechei os olhos tentando me acalmar, um exercício que o próprio Taehyung me ensinou.

Algumas coisas começaram a passar em minha mente, dentre elas o último momento em que ele me ligou.

"Eu encontrei a Moon"

O que aquilo significava? Por que ele não explicou nada?

— Ele estava com pressa, algo não estava certo. — Falei comigo mesma.

— Quem? O Taehyung? — indagou Jungkook confuso.

— Sim... Ele não é de desligar na cara de ninguém a menos que ocorram duas situações: ele está irritado ou está encrencado. Parando pra analisar nossa situação, as duas se encaixam bem. — modo S/N detetive ativado, agora já era.

Olhei ao redor, nada parecia diferente. Várias pessoas caminhavam de um lado para o outro, despreocupadas. Não havia sinal de luta ou tumulto por perto, mas pelo que vivi com o meu pai, isso não quer dizer que essa luta não aconteceu, só que dizer que a pessoa soube apagar o trabalho.

— Vou perguntar as pessoas daquelas lojas, ver se elas sabem de algo. — Kookie falou apontando para o outro lado da rua.

Concordei com a cabeça e me sentei no chão tentando pensar em algo mais. Mesmo com uma troca de personalidade dessas, eu ainda não sou nenhuma bruxa pra rastrear ninguém...

~Flashback~

Nunca comentei nada dessas trocas de personalidade com ninguém, não parecia nada útil para alguém saber. Eu estava errada...

Estava brincando fora de casa depois de me acalmar após mais uma sessão de tortura feita pelo meu pai, um garoto apareceu em minha frente e se ofereceu para brincar, acabamos fazendo isso por vários dias, até que meu pai me pegou tentando pedir ajuda, naquele dia ele expulsou o garoto e quase o matou, depois me levou pra casa e começou a bater minha cabeça com força na parede, minha visão escureceu e chegou em um ponto em que eu ja não sabia se estava doendo ou se era apenas uma resposta automática do meu corpo.

Acordei no dia seguinte com dor de cabeça e sangue seco no meu rosto, acho que não morri porque Deus ou seja la quem for que controle o mundo, decidiu que não era hora de partir. Depois daquele dia, meu cérebro se partiu em várias partes, algumas eu lembro o que fazem, algo como uma pessoa completamente carinhosa, carente e delicada, outra que é mais fria a qual eu chamo de detetive e várias outras.

Foi assim que consegui bolar um plano e fugir, a detetive iria me tirar de casa, a carinhosa iria conseguir carona ate o aeroporto, depois disso eu estava entregue a própria sorte com todo o dinheiro que conseguisse roubar do meu pai.

~Atualmente

— Kookie! — O chamei e ele veio correndo. — Você é uma raposa não é? Pode rastrear o Tae pelo cheiro?

— Nunca tentei, mas acho que consigo. Tem algo com o cheiro dele por aí?

— Tenho em casa, podemos ir lá buscar.

Corremos o mais rápido que conseguimos para pegar uma camisa que o Tae havia deixado la em casa recentemente, foi suficiente para o Kookie.

Voltamos até a praça e ele começou a procurar, seguia de um lado para o outro, fechando os olhos para se concentrar mais.

— Achei! — Ele começou a correr.