Capítulo 15

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Ouvir tais palavras era como um sonho para Cheryl.
- Nunca estive longe de você, nem um minuto.
Toni a abraçou pela cintura e repousou a cabeça em seu peito, ainda chorava.
- Eu preciso de você, todos os dias, porque isso me faz bem.
Cheryl a envolveu em seus braços e beijou o topo de sua cabeça.
- Eu te amo e vou ficar do seu lado enquanto me quiser. Os dias em que fiquei fora não desviei meu pensamento de você, morri de saudade, mas também tenho meu orgulho e não quis te procurar.
- Perdoe o que fiz, prometo não fazer mais uma bobagem daquela. Também senti sua falta, eu nem dormi direito.
Cheryl achou graça do desabafo, sabia disso porque Betty a mantinha informada.
- Agora vai dormir bem, quer vir pro meu apartamento hoje? Prometo que te faço dormir rapidinho. – Sorriu e beijou os lábios dela.
- Não pensava em dormir tão rápido. – Toni sorriu maliciosamente.
Cheryl arregalou os olhos.
- Gente, e num é que ela está assanhada?
- Ta achando ruim?
- De maneira nenhuma, muito pelo contrário. Gosto de mulheres assanhadas.
Toni deu um tapa no braço de Cheryl.
- Quer deixar de graça?! Cafajeste!
- Ai!
- Pensa que não vi olhares cobiçosos pra cima de você naquela premiação, ainda mais linda como estava. – Falou com cara de brava.
- Você me viu? Assistiu tudo?
- Claro!
- É que passou tão tarde.
- Mas eu vi, estava sem sono e te ver diminuiu a minha saudade.
Cheryl achou bonitinho a forma como ela falou, parecendo uma criança reclamando.
- Ah que linda! E pode ficar tranquila porque só sou cafajeste com você e não me assanho com mais ninguém.
- Acho bom. – Ainda a olhou com cara feia.
Cheryl lhe deu um beijo demorado e todo apaixonado. Toni sentiu o corpo se arrepiar.
- Almoça comigo? – Perguntou a ruiva entre beijos.
- Claro.
- Seria aqui, porque meu dia está abarrotado de coisa. Sugere algum restaurante?
- Pode escolher. – ela sorriu.
- O que? Vai me deixar escolher um restaurante?
Toni riu do espanto da namorada.
- Vou sua boba, confio em você.
- Então vou pedir umas coxinhas do bar ali do seu...
A chef olhou pra ela e fez uma cara tão feia que ela parou de falar.
- Brincadeirinha.
Cheryl pediu comida japonesa e depois do almoço Toni voltou para o café. Tinha um sorriso bobo nos lábios e a tudo que perguntavam ela respondia bem-humorada, com um ar de satisfação quase palpável.
- Você viu um passarinho ruivo? – Betty perguntou brincando.
- Vi e o enchi de beijos. – A chef sorriu.
- Aaahhh, agora sim estou vendo a coisa andar. Que bom amiga, sabe que torço por você. Fico no seu pé, implico, mas no fundo quero seu bem.
- Eu sei, se eu respondo mal é porque sou uma grossa mesmo.
- Você é um doce, sem trocadilhos com a profissão. – Riu. – E tem seus motivos pra agir com grosseria às vezes, por isso sempre relevo.
Ao final do expediente Toni ainda conversava com o pessoal da cozinha, quando Cheryl entrou no café. Encontrou com Betty e Cristina já de saída.
- Ela está lá na cozinha, mas pode subir e esperar na sala dela que já deve ta saindo.
- Ok, obrigada.
Cheryl subiu e aproveitou para olhar as mudanças, realmente havia ficado lindo. Da sala de Toni podia vê-la na cozinha conversando com os funcionários. Experimentava receitas, dava palpites e explicava o modo de fazer de alguns pratos que as cozinheiras faziam. Quando viu que ela saía da cozinha, apagou a luz da sala e se escondeu. Toni entrou e estranhou a escuridão.
- Ué, não deixei a luz apagada...
Cheryl a puxou de repente tapando sua boca para que ela não gritasse.
- Não grita! - Sussurrou em seu ouvido. – Fica quietinha que eu só quero uma coisa. – Falou já trancando a porta. Toni a olhava como se tivesse uma interrogação no rosto. Cheryl destapou a boca dela ao mesmo tempo em que sorriu. – Quero um beijo.
A chef também sorriu e a beijou, de forma tão delicada, segurando o rosto da publicitária e acariciando as têmporas. Deu uma mordida no lábio inferior que causou um arrepio em Cheryl.
- Hum... faz isso não.... – A ruiva pediu.
- Por quê? Não está gostando? – Toni continuou mordendo e falando manhosa. – Achei que gostasse do meu beijo...
- E eu gosto.
- Então não quer? – Mordeu de novo e gemeu.
Cheryl ficou louca, pegou-a no colo e colocou em cima da mesa, abriu suas pernas e a fez enlaçar sua cintura com elas. Puxou Toni pela bunda e começou a morder seu pescoço, queixo e lábios. Toni apertou as pernas e se esfregou o quanto pode.
- Você me deixa louca... – a ruiva falou com voz rouca. Levou a mão dentro da calça dela e sentiu seus dedos encharcarem. – Gostosa...
Arrancou a calça de Toni e levantou sua blusa ao mesmo tempo em que desabotoava o sutiã, tinha ânsia em devorar aquele corpo. Toni colocou os braços para trás, se apoiando na mesa e se entregou àquele momento. Cheryl abocanhou um seio e com uma das mãos massageou o outro.

- Aii... ahh... – a mais nova gemia baixinho, mas de uma forma sexy. – Assim... isso... ahh...
Cheryl levou a mão até o sexo dela e sentiu a carne macia; não resistiu e se ajoelhou, colocando a língua no ponto mais sensível. Chupou com vontade enquanto suas mãos se perdiam naqueles seios maravilhosos. Toni sentia o corpo estremecer involuntariamente, estava no limite e a sua vontade era gritar de prazer. Mordeu uma das mãos para abafar o gemido quando o orgasmo chegou. Se deixou cair exausta e ofegante na mesa. Cheryl olhou aquela mulher cansada, com um sorriso meigo nos lábios e achou a visão espetacular. Puxou a chef pelos braços e abraçou confortando-a em seu abraço. 

Medida CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora