Capítulo 45

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Chegaram e a ruiva atracou o barco, saindo e puxando Toni pela mão. A mesa de jantar estava pronta à beira de uma varanda toda iluminada. Estava enfeitada com flores e folhas de bambu, um balde de gelo com uma garrafa de champanhe, taças de água e o jantar encoberto por refratários. Cheryl puxou a cadeira para que Toni se sentasse e depois se sentou frente a ela. Serviu o jantar e comeram em clima romântico.

- Como descobriu esse lugar?

- Ontem quando fomos ao chalé das meninas. Voltando com você no colo percebi essas tendas de longe e aproveitei que dormia pra reservar uma pra hoje. São várias, em pontos distantes, lógico. Ficam lindas vistas do alto.

- Então passaremos a noite aqui? – Perguntou com um sorriso malicioso.

- Pretendo... – Cheryl não olhou pra ela, apenas pegou a taça de champanhe e levantou para brindarem.

Após o jantar ficaram de pé na varanda admirando o mar calmo e o vento soprando nos cabelos. Cheryl abraçou Toni por trás, apoiou a o queixo em sua cabeça. Sentiu seu perfume e fechou os olhos, a sensação de paz era tão grande que não se lembrava de ter sentido aquilo há muito tempo.

- Eu te amo. – a voz de Toni veio suave completando a sensação da ruiva, que a virou e não disse nada. Apenas a beijou de forma delicada, sentindo os lábios doces e macios do seu amor. Procurou sua língua e a sentiu acariciando a sua ternamente. Toni passou os braços em volta do seu pescoço e acariciou a nuca, enfiando os dedos em seus cabelos. Cheryl alisou os braços da mineira e deslizou as mãos para sua cintura. Puxou Toni contra si e ainda a beijando suspirou profundamente:

- Vem cá amor. – A levou para dentro da tenda e fechou a cortina meio transparente. A cama era baixa e em volta havia velas e ornamentos em madeira. Os lençóis eram brancos, misturados com tons mais claros e muitas almofadas.

Cheryl se sentou com Toni e tirou suas sandálias, depois as dela. Toni ia beijá-la, mas ela interrompeu.

- Querida, eu te trouxe aqui por vários motivos. O primeiro deles e mais importante é que queria passar uma noite num lugar especial e romântico. Já fizemos isso várias vezes, mas este é diferente de todos. – Segurava suas mãos. – Cada vez que fazemos amor meu sentimento muda, como se tivesse uma tonalidade diferente a cada dia, ficando cada vez mais forte.

Toni sorriu e beijou a mão dela.

- Hoje gostaria de fazer algo diferente, mas você vai me prometer que não se sentirá pressionada por tudo isso aqui.

Toni enrijeceu o corpo, imaginou o que seria, mas esperou que Cheryl falasse.

- Você confia em mim?

- Confio. – Respondeu baixinho.

- E eu em você, portanto não faça nada que não queira. – Virou-se ficando entre as pernas dela. – Quer ser minha mulher hoje? – pra sua surpresa, seus olhos marejaram e Cheryl não quis esconder as lágrimas.

- Já sou sua mulher.

E num breve silêncio, Cheryl respondeu o que Toni falara há pouco.

- Também te amo.

Beijaram-se com extremo carinho, Cheryl se deitou por cima de Toni, sabia que ela gostava quando ficavam assim. Jogou seu peso sobre ela, mas apoiou os braços na lateral de seu corpo. Olharam-se nos olhos, sorriram ao mesmo tempo. Toni tirou a franja que caía sobre os olhos castanhos, seus olhos castanhos. Passou os dedos pela sobrancelha da ruiva, beijou a ponta do nariz e depois a boca. Fechou os olhos e falou sentindo seu rosto arder.

Medida CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora