Capítulo 26

433 41 3
                                    


Quando acordou no dia seguinte, Toni estava toda dolorida, mas nem reclamou. Sorriu ao lembrar-se da noite anterior e sentiu um calafrio gostoso. Levantou e deixou Cheryl dormindo tranquila. Tomou um banho rápido e foi em direção à cozinha preparar alguma coisa. Dessa vez a despensa estava mais variada e pode preparar algo melhor. Como já passava das onze da manhã, resolveu ir direto pro almoço. Fez um arroz branco, cozinhou feijão e grelhou um peito de frango, fritou batatas e fez uma salada de alface com tomate, cenoura e palmito. Estava arrumando a mesa quando ouviu uma voz rouca e grave.

- Bom dia.

- Oi amor, bom dia. – respondeu sorrindo.

- Sabe, eu acordei com o corpo ardendo – Cheryl foi andando em direção a Toni – Daí fui tomar um banho e quando tirei a blusa me deparei com essas coisas. – virou as costas e mostrou os arranhões.

- Ah! Meu Deus! – Estava perplexa. – Eu... eu fiz isso? Mas... quando...? Minha nossa!

- Quando? – Cheryl virou de frente pra ela. – Não se lembra de ontem? – Riu.

- Nossa, estou totalmente sem graça. – Falou colocando a mão no rosto, já estava corada de vergonha.

- Oh gatinha, por que isso? – A abraçou

- Está ardendo muito? – Perguntou desolada.

- Um pouco, mas é bom. – Cheryl deu um beijo na testa dela e a tranquilizou. – Não se preocupe, quero mais é que me arranhe mesmo, isso significa que não perdi o jeito. – Falou com uma cara de sem-vergonha.

- Você não perde é a cara de pau! – Toni deu um beliscão na barriga dela. – Nem a vergonha, não é mesmo?

- Não! – sorriu e a beijou na boca. – Vergonha para que? Já te disse, não é feio ser feliz, nem amar. E eu te amo! Gatinha gostosa! – Encheu ela de beijos.

- Tá me chamando de gatinha, vou me acostumar mal.

- Mas você é gatinha, não me arranhou? Só as gatas arranham. – Riu e se esquivou antes que levasse um tapa.

Toni correu atrás dela pra tentar alcançá-la, mas a chance era mínima. Correram em volta do sofá da sala rindo como criança. Até que Cheryl pulou em cima da namorada e a derrubou no chão.

- Desista, eu sou mais forte. – Falava enquanto Toni tentava se soltar.

- Mas eu tenho meus truques. – Forçava o braço.

- E o que a gatinha sabe fazer?

Toni olhou pra um lado, pra outro, como que procurando uma solução. Olhou pra Cheryl que já levantava uma sobrancelha aguardando a resposta. A menor riu franzindo o nariz, toda meiga.

- Sei fazer isso... – levantou a cabeça e lhe deu um beijo, que acabou amolecendo a ruiva e ela a soltou. – Viu... – falou toda carinhosa girando o corpo pra ficar em cima de Cheryl. Voltou a beijá-la com mais ímpeto e quando ela já avançava o sinal, Toni levantou e correu. – Nem sempre se enfrenta a fera, você pode vencer conquistando-a – riu da cozinha.

Cheryl se levantou, ajeitou os cabelos e caminhou lentamente.

- Isso nós veremos... – chegou à cozinha séria e olhou estreitando os olhos para a chef.

- Que cara é essa? Nem vem, vamos almoçar.

- Eu vou almoçar.

- Sim e é comida.

- Ahram – foi se aproximando mais.

Toni não fugiu, se deixou encurralar na bancada central da cozinha.

Medida CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora