Capítulo 43

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Pra surpresa delas o dia seguinte amanheceu sob forte chuva e o tempo acabou esfriando. Em total preguiça Cheryl se recusou a sair da cama.

- Amor, o que você quer fazer lá fora com essa chuva? – Resmungava enquanto Toni tentava arrancá-la da cama.

- Vamos, está linda caindo no mar.

- Quem? Eu ou a chuva?

- A chuva, Cheryl. Levanta anda! – Parou de puxá-la e foi saindo pelo quarto. – Quero fazer amor com você na chuva, mas pelo visto não vou conseguir. – Tirou o roupão e saiu nua do quarto.

A ruiva arregalou os olhos, foi como se tivesse tomado um choque de ânimo. Deu um pulo da cama e foi atrás da namorada. Desceu as escadas e encontrou-a sentada no sofá do varandão olhando a chuva cair. Tinha os braços envolvendo as pernas, que estavam dobradas e usava apenas uma calcinha. Olharam-se e nada disseram. Cheryl se aproximou e esticou os braços pra ela pra que se levantasse. Pegou-a no colo, fazendo agarrar sua cintura com as pernas e dali foram pra piscina, debaixo de uma chuva torrencial. Em minutos estavam molhadas, antes mesmo de entrar na água. Começaram a se beijar e o clima esquentou. As mãos ganharam vida, Cheryl sentou na escada dentro da piscina e inclinou o corpo de Toni para alcançar seus seios e chupá-los como gostava. A menor agarrava seus cabelos e gemia excitada. Apesar da chuva forte o dia estava claro e as gotas de água faziam o corpo de Toni brilhar na claridade do dia. A calcinha que usava estava totalmente molhada e há muito atrapalhava as intenções da ruiva. Sem pensar, arrancou-a num puxão e jogou longe. Instintivamente Toni abriu mais as pernas e se entregou sentindo o toque da outra e seus dedos penetrarem de leve seu sexo.

- Isso... assim... – rebolava enquanto pedia.

- Diz que me ama... – sussurrou ao ouvido dela.

- Eu te amo. – A voz saía doce e suave. – Eu te amo muito... Cheryl...

Cheryl se excitava só de ouvir sua voz. Não demorou para fazê-la gozar. Sentiu seu corpo pesar e se aconchegar em seus braços. Colou sua testa na dela e assim ficaram, em silêncio, sentindo a respiração descansar e a chuva cair.
Toni quem resolveu falar primeiro.

- Quando faço amor com você, sinto que minha alma muda de cor, se é que isso é possível. – sorriu.

Cheryl a abraçou forte, como se quisesse colar seus corpos um no outro.

- Eu te amo com todas as minhas forças, não sou mais dona de mim, pertenço a você, porque vivo por você.

Beijaram-se com delicadeza, carinho, as línguas se tocando e os lábios buscando o toque macio.

- Acho que vamos dar o bolo em nossas amigas. – Toni falou ao fim do beijo.

- Elas vão entender, se é que estão lembrando da gente.

- Gostei delas, me identifiquei com a situação. É a primeira vez que tenho contato com um casal gay que não seja Betty e Cris.

- Acho que você gostou foi de saber que tem gente que prefere ser mais reservado como você. – Beijou a ponta do nariz dela.

- É que a gente acaba se identificando. Às vezes pensamos que só nós estamos passando por uma situação e, no entanto, é o contrário.

- Notei que ficou mais solta depois que as conheceu, você até me deu um beijo em público.

- Já tinha feito isso antes. – Brincou passando a palma da mão no rosto dela.

- Sim, mas fez de uma forma mais solta, sem olhar para os lados depois do beijo.

Medida CertaOnde histórias criam vida. Descubra agora