Depois do banho resolveram deitar na poltrona no andar de baixo e a preguiça tomou conta, nem saíram de lá. Os corpos estavam emaranhados num abraço confortável.
- Você queria dar uma volta, pode ser amanhã? – Toni falou manhosa.
- Claro amor, temos tempo.
Em um breve silêncio, Cheryl quis tocar num assunto que intuiu ser delicado. Sem olhar pra namorada, falou com calma.
- Querida, uma vez conversamos sobre usar acessórios na hora de fazer amor, lembra?
Toni enrijeceu o corpo e ela pode sentir.
- Lembro.
- Tem vontade de fazer isso?
- Você tem?
- Perguntei primeiro. – Mordeu a orelha dela.
- Não sei, poderíamos tentar se você quiser.
Cheryl achou a resposta muito vaga.
- Não é eu querer, nós temos que querer. – Olhava pra ela, que olhava para a praia lá adiante. – Tudo bem, assunto encerrado, desculpe se pareceu insistência. É que pensei não ter conversado direito aquele dia e...
- Não insistiu, eu que acabei te enrolando aquele dia e agora. – se levantou e olhou pra ela. Num gesto nervoso, mordeu o lábio inferior.
- Que foi? Quando faz isso é porque quer me contar alguma coisa que não tô sabendo.
- É... – Olhou para os lados. – Eu... eu nunca tive relação sexual usando um pênis.
- Sim, você me falou, tem gente que não gosta amor, tudo bem...
- Não, Cheryl. – A interrompeu, sentando-se direito de frente pra ela. – Eu nunca tive relação sexual com homens e nem com mulheres que usassem desse artifício. Tecnicamente... eu ainda sou virgem. – Escondeu o rosto nas mãos morrendo de vergonha.
O segundo que Cheryl ficou sem reação, foi tempo pra Toni achar que ela iria ridicularizá-la.
- Não era pra você saber. – foi se levantando quase chorando.
- Ei, ei, ei... calma aí. – Agarrou a mão dela e a fez voltar a se sentar. – Por que não poderia saber? Você é minha namorada, eu gosto de saber sobre tudo na sua vida. Ia me esconder até quando?
- Até sempre. Não é algo do qual me orgulhe.
Cheryl chegou mais perto e segurou o rosto dela.
- Por que amor?
- Eu tive medo. Já namorei alguns caras, mas poucos e nunca parti para os finalmente. Sempre acontecia alguma coisa e eu ficava com medo, acabava não deixando. Aí veio Ariana e ela até que tentou, mas... doeu e ela não teve muita paciência. Disse que eu teria de resolver isso sozinha. – Em momento algum olhou para Cheryl. Estava mesmo envergonhada e não conseguia encarar a ruiva.
- Não tem vontade de tentar?
- Às vezes sim, às vezes não. E se doer, sangrar?
- É comum, mas também pode não acontecer nada disso. Tudo depende de como você está no momento da penetração. – Olhou pra ela com carinho. – Ô linda, se não quiser não falamos mais no assunto.
- Se você perguntou é porque estava com alguma coisa em mente.
Cheryl não quis esconder e abriu o jogo.
- Eu comprei um lance aí. – Sorriu meio sem graça, coçou a cabeça. – Mas eu jogo fora.
- Podemos tentar, um dia. Você promete que se eu sentir dor vai parar?

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Medida Certa
FanfictionToni tem seu coração completamente protegido atrás de um parede de puro concreto e aqueles que tentarem se aproximar dele serão friamente desencorajados! Porem Cheryl não vai desistir facilmente.. Esta fic é uma adaptação. Todos os direitos reservad...