03 | It's you, lady!

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19:00pm | Nova York

Noah's pov

Abro a porta do quarto de hotel, e dou um pequeno espaço para Sina entrar, o que ela faz, receosa.

Nos sentamos em pequenas poltronas que estão acompanhadas de uma mesinha. e abro a garrafa de vinho, sentindo o cheiro adocicado levemente amargo.

-E então Sina, me conte um pouco sobre você. Se quiser, claro! - digo.

-Ah...de interessante mesmo só tem a minha faculdade! Me formei a seis anos atrás. - ela diz e rimos.

[...]

-Então, Noah...o papo está ótimo, mas agora preciso ir! - ela diz, ainda rindo da nossa conversa. O sorriso dela pode mexer com qualquer um...

-Compreendo! Vou te levar até lá fora te levar ao seu carro.

Ela assente e descemos o elevador. Meu olhar intercala entre seus lindos olhos e sua boca. Nos aproximamos devagar. Ok, isso é efeito da bebida.

Quando estamos perto o suficiente para sentir a respiração quente do outro, o elevador se abre, e saímos em transe ainda.

Saímos pelo portão - já que seu carro está estacionado fora - e ela segue na calçada, e observo de longe.

Um assovio irritante de um homem alto é ouvido quando Sina passa.

-Oh lá em casa... - ele diz.

Meu sangue ferve. Mas antes mesmo que consiga tomar atitude, Sina foi mais ágil que eu.

Nesse momento ela o observa profundamente, franzindo o cenho, como um predador observa sua caça. Ela o empurra contra a parede branco gelo e coloca suas duas mãos fincadas na gola de sua camiseta bege, o pressionando.

-Na próxima vez que você tentar fazer qualquer piadinha eu te mato. - Sina diz, desafiadora e ofegante. Ela olha para o lado dá um sorriso ladinho, mas logo volta sua atenção ao homem. - Não duvide da minha capacidade de te asfixiar até a morte, ou te matar com minhas próprias mãos. Você é um nojento. - Ela finaliza e solta a gola do cara, e ele sai correndo.

-Uau... - chego ao seu lado batendo palma. - Você, está bem, não está?!

-Sim, sim! - ela diz, levemente em transe - Bem vinda a vida de qualquer mulher. - esclarece, com um ar de decepção.

[...]

Hoje é o dia mais importante da minha vida, pelo menos para saber o meu tolo futuro.

Me levanto, e vejo que preciso estar no tribunal as onze horas da manhã, agora são dez da manhã.

Sigo ao banho, refletindo sobre qualquer argumento que possa adicionar. E se o que já temos não for suficiente?

Saio do banho e coloco uma camisa social vinho, deixando três botões abertos. Coloco meu terno preto e meu sapato.

Passo perfume, coloco o relógio, e por fim, pego minha pasta.

Desço o elevador do hotel e entro no meu carro, dando partida, e seguindo até o tribunal.

Estive tão pensativo ao caminho que nem percebo que cheguei. Observo Sina séria em frente a porta do tribunal, me esperando. Ela usa uma camisa de gola alta marrom café, um blaser preto, uma calça do mesmo tecido e cor do blaser, um salto preto, uma bolsa marrom claro - quase bege -, e um óculos de sol.

Assim que me avista saindo do carro, faz um sinal com a cabeça.

-Sra. Deinert. Já vai começar?! - digo me referindo a audiência. Ela levanta o óculos do rosto, e me olha com seus olhos esmeralda.

-Sim. E peço ao Sr. que por favor, seja seguro no que fala. Isso pode ser um ponto chave para o juiz. - Assinto.

Adentramos o tribunal e avisto Joalin - minha ex mulher - junto ao seu advogado, um tal de Sr. May.

Evito olhar ao seu rosto, mas a vejo olhando de cima abaixo para Sina.

[Indico colocarem para tocar "R U Mine - Artic Monkeys"]

Nos sentamos todos e o juiz anuncia que Joalin irá iniciar.

-Meritíssimo, primeiramente queria que a vossa excelência ouvisse o depoimento da minha cliente. - diz o advogado.

-Prossiga. - responde o juiz.

-Olha vossa excelência, em tempos conturbado o Sr. Urrea era bem agressivo. - arregalo os olhos, não acreditando no que havia ouvido. Meus lábios se moviam, mas não saia nada. Sinto Sina colocar a sua mão no meu ombro, em sinal de calmaria. - Ele chegou a me espancar, uma vez. Ele também me roubou muito dinheiro para usar na empresa, ou, já me forçou a algumas coisas, se é que o senhor entende. Esse é o meu depoimento, vossa excelência.

-Sra. Deinert, defenda seu cliente. - ela me pede silêncio, em um sinal rápido. Ela se levanta e inicia.

-Primeiramente, queria esclarecer que nunca ouve agressão, e que sequer há alguma prova disso com a Sra. Loukamma. E isso se chama falso testemunho, como consta no artigo 342 do Código Penal que diz ser ilegal "fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade" em inquéritos policiais ou processos judiciais, podendo adquirir dois a quatro anos de prisão, ou uma multa com um valor bem alto. Assim, temos a primeira acusação para a cliente do Sr. May. - Sina diz, caminhando de um lado para o outro, mas de forma delicada. - Aqui nesse comprovante mostra uma denúncia caluniosa feita pela acusada de agressão e estupro. Porém, minutos antes houve uma ligação ameaçadora ao Sr. Urrea, de um número desconhecido, pois o meu cliente havia bloqueado a Sra. Loukamma por conta de ligações diárias e perseguição em redes sociais. O que leva a a lei 14.132/21 que tipifica no Código Penal o crime de perseguição, também conhecido em alguns casos como "stalking", o que leva a lei do Artigo 339 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) , que passa a vigorar com a seguinte redação: " Art. 339. Dar causa à instauração de inquérito policial, de procedimento investigatório criminal, de processo judicial, de processo administrativo disciplinar, de inquérito civil ou de ação de improbidade administrativa contra alguém, imputando-lhe crime, infração ético-disciplinar ou ato ímprobo de que o sabe inocente, ou seja, denúncia caluniosa sabendo que o acusado é totalmente inocente". E pode levar a prisão de dois a oito anos de prisão.

-Bem pensado, Deinert. - sussurro. Consigo ver Joalin travando o maxilar.

-No pdf está a ligação feita, deseja ouvi-lá novamente agora, Vossa excelência? - diz minha advogada.

-Não será necessário, Sra. Deinert. Prossiga com sua defesa.

-Seguindo nessa linha, temos aqui o comprovante da casa do Sr. Urrea, que incluse foi expulso da sua casa, mas, quem pagou a residência foi ele, como prova nesse papel. - Deinert diz, dando ênfase no "sua".

-Vossa excelência, peço a voz agora. - diz Joalin e o juiz assente. - Engraçado, Sra. Deinert, você é uma mulher muito bonita e parece que está se esforçando até demais para defende-lo. Isso soa estranho, não?

-Você está insinuando que eu tenho algum tipo de caso com o Sr. Urrea? Com todo respeito, Loukamma, a única aqui que seria provável de ter algum relacionamento com o seu advogado ou cliente, é a Sra! É o que todas as acusações indicam; que você é o tipo de mulher que se rastejaria por um homem. - vejo Sina enfatizar, raivosa.

-Ok, Dra. Deinert. Finalizando essa audiência, decreto que o Sr. Urrea, deve voltar a sua casa agora, e a Sra.Loukamma deve sair. A cliente do Dr. May terá direito somente a casa nas Maldivas, mas também está submetida a nove anos de prisão, ou, se possível, pagar multa de duzentos mil , somando todas as punições. - Joalin leva a mão a boca, assustada com a sua sentença, e eu ao ouvir o som do martelo batendo de forma estrondosa na mesa, me levanto e abraço Sina.

                                   💌💌💌

Esse capítulo da muito bom, pqp
não revisado, avisem erros.
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bjo GOSTOSOSSS

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