20 | I don't need to be saved.

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07:30am | Nova York

Noah's pov

Acordo bem cedo me sentindo como um lixo. Na verdade, vocês devem me odiar agora. Não se preocupem, nesse momento eu também me odeio.

Eu juro por tudo que nunca quis machucar Sina. Eu fui impulsivo para caralho e me arrependo totalmente disso.

Eu só queria acordar com ela aqui, em meus braços. Eu estou apaixonado por ela, não duvidem disso. E as vezes idiotas cometem erros que precisam ser consertados.

As poucos eu vou tentar reconquistar Deinert. Ela é incrível demais para eu perdê-la. E, eu sei que estou em uma puta corda bamba, mas talvez, afinal, eu consiga provar a ela minha lealdade.

Hoje vou enviar o segundo presente. Pego o caderno com margaridas na capa - todas pintadas por mim - e abro na primeira página. Escrevo uma "dedicatória".

"Acho que as margaridas são como você, sabia? A sua beleza sai de dentro para fora, encantando todos os jardineiros que estão por perto. Mas, afinal, somente um consegue conquistar o 'coração' da linda flor; sabe qual? Aquele que cuida muito bem não só das pétalas, mas também do seu caule e da sua essência. Infelizmente, o jardineiro as vezes confunde o adubo e acaba machucando a plantinha. Ela o perdoaria por um erro impulsivo? Espero que sim, porque eu, um jardineiro muito idiota, errou com a flor mais especial do universo.

Assinado: aquele que quer te provar algo"

Coloco as metáforas mais bonitas e verdadeiras que consegui naquela página. Eu preciso resolver essa merda com cuidado. E apesar de eu estar com medo, se eu achar que possa machucar Sina novamente, eu me afastarei, não arriscarei cometer o mesmo erro. Mas, não se preocupem, eu estou confiante em minha decisão, e tentarei até minhas forças acabarei. Sério, o que vocês fariam? Perderiam uma pessoa como Sina, assim, fácil?

[...]

Sina's pov

Entro no elevador gélido do meu trabalho e subo até a minha sala. Estou melhor, mas ainda sinto falta de Noah. Ele não é uma pessoa ruim. Não mesmo, mas cometeu um erro. E agora, se ele estiver sentindo o mesmo que eu, ele terá que me provar que é confiável...ou não. Passo pela recepção do meu trabalho, mas antes que fosse a minha sala, Hina me chama.

-Oi Hina! O que deseja? - questiono.

-Presentinho para você! - ela me entrega e eu sorrio em forma de agradecimento.

Observo a caixa rosa em minha mão, com seu laço gigante que quase implora para ser aberto.

Sento me em minha cadeira e abro o laço, a caixa e tiro o embrulho caprichoso, que logo revela um caderno decorado de forma artesanal e muito delicada. Há margaridas na capa do caderno médio preto.

Folheio as páginas e logo uma carta se revela bem na primeira folha. E como imaginado, no final está assinado com "Aquele que quer te provar algo".

Sinto uma angústia por tudo que aconteceu, e penso em escrever uma resposta para Noah.

Pego uma folha de outro caderno e começo a escrever.

"Com certeza, a linda flor deve ser muito bem cuidada para se encantar por alguém. Ela não é qualquer uma. Infelizmente a margarida está debilitada pelo adubo errado que 'impulsivamente' você colocou. Você terá que ser paciente, jardineiro, as minhas pétalas demoram um pouco de crescer saudáveis novamente. Mas o processo pode ser menos lento caso você acerte a mão no cuidado. Ah, e sobre essa flor que você machucou 'acidentalmente', ela entende o seu lado, e não se preocupe, o perdão só irá depender de você.

Assinado: aquela que quer acreditar nessa prova."

Por fim, retoco meu batom vermelho, logo beijando o final da folha como marca registrada. Coloco em um envelope e peço para Hina enviar para tal endereço quando o carteiro passar por aqui.

Volto ao trabalho, abrindo meu notebook e olhando minha caixa do email e vejo uma mensagem de um desconhecido.

"Me encontre na rua atrás da sua empresa as 21hrs."

Não tem o nome de ninguém ali. Estranho o local, mas irei de qualquer forma.

[...]

Saio do trabalho direto para essa tal rua. Assim que chego, é um beco escuro que nunca nem vi. Tão silencioso que meus saltos fazem um barulho maior que o normal.

Caminho rápido, olhando de um lado para outro. De repente, sou puxada brutalmente para uma parede dentro de uma viela.

Logo reconheço quem está tapando minha boca e me prensando na parede. Thomas.

-Gatinha...Achei que não viria! - ele diz, logo franzindo o cenho. - Achou que fosse seu namoradinho? Onww, que ingênua!

Minha respiração está desregulada pelo desespero que nesse momento corrói por todo meu corpo. Ele começa a beijar o meu pescoço, e eu me chacoalho para sair, falhando miseravelmente. Me preparo, e logo chuto a genitália de Gilbert, que cai no chão gemendo de dor. Arranco meus saltos do pé e saio correndo como louca, procurando a vaga que eu estacionei meu carro, que nesse momento parece na casa do caralho, de tão longe.

Finalmente acho meu automóvel e entro, trancando a porta e dando uma longa respirada. Meu pulmão queima, implorando por ar. Ligo logo o carro e vou para minha casa, desejando um vinho e uma cama para descansar.

Passeio pelas ruas iluminadas de Nova York pensando em como vou destruir Thomas na audiência de amanhã. E após toda esse loucura que eu acabei de passar, me lembro das minhas raízes. Eu não preciso que me salvem. Nunca precisei. Mas isso não significa que eu não precise de alguém para me amar. Nunca pensei que iria falar isso, mas eu sinto saudade do carinho. Da atenção.

Sem ao menos perceber, chego em casa. Saio descalça do carro e jogo meu salto em um canto qualquer da sala. Subo e tomo uma ducha relaxante, que me fazem suspirar de alívio. Tenho a plenitude que preciso acordar cedo amanhã, então finalizo o banho rápido, saindo do banheiro e colocando um pijama qualquer. Passo uma loção relaxante e desço para beber um copo d'água e comer alguma coisa. Por fim, escovo meus dentes e me deito, capotando logo.

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Quase qye nao posto hj!!
Aproveitem que esses dias eu estou bemmm generosa, ok?????
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bjo GOSTOSOSSSS

My sexy lawyer | noart Onde histórias criam vida. Descubra agora