Olá! Antes de começar o capítulo eu só queria dizer o quão fantásticos vocês foram! Na postagem de ontem em menos de três horas o capítulo já possuía sessenta comentários, e isso é tão gratificante! Fico extremamente feliz por esse carinho que estou recebendo. O capítulo de hoje na verdade é um bônus, uma vez que eu nem tinha planejado ele, mas o pedido da Maguna_Moog foi o que despertou minha curiosidade de escrever esse bônus, e matar a curiosidade de vocês suas pervertidas... Novamente muito obrigada a todos que tem votado e comentado, fico extremamente feliz pelo apoio! E se tudo ocorrer conforme o planejado a noite teremos outro capítulo.
Harper Oakley
Doeu mais do que qualquer coisa partir. Deixar Kalel para trás foi uma das coisas mais dolorosas que tive de fazer em toda a vida, mas eu sabia que estava fazendo o certo, ou pelo menos esperava isso.
Quando voltei já haviam se passado cinco meses des do ataque e todos ficaram céticos quanto a veracidade de eu estar descontaminada, e quando passei pela quarenta começaram as perguntas, ninguém entendia como eu poderia ter sobrevivido por tanto tempo, e eu estava apavorada de explicar a história toda.
O fato de ter sobrevivido trouxe um membro do concelho para falar comigo, contei parcialmente para ele a minha história, a forma como eles não eram monstros. Mas homem disse que eu era maluca, me abominou e me ameaçou de ser fuzilada.
Os homens possuem uma camada sobre seus olhos, que impedem de ver a clareza do mundo, a sua ignorância e hipocrisia fazem essa membrana crescer, acham que é justo matar, criam justificativas para ter certo comportamento, mas jamais veem o lado do outro.
Preferia fora dos muros, e planejava voltar, coisas que ouvi dentro da base me deram nojo. Soldados estavam abusando das mulheres com uma frequência alarmante, mortes e roubo de alimentos. Lá fora não existe isso, Kalel me contará outrora que eles não viam necessidade de machucar uns aos outros e só atacam os humanos por medo, além de jamais machucarem alguém da família.
Em todo o meu período com eles, andei pelas ruas despreocupadamente, com segurança. Coisa que não sinto dentro dos muros.
Eu havia me arrumando, preparado tudo para sair, mas foi aquele fato que me fez travar, quando tomei banho naquela noite minha barriga estava coberta de veias negras, como aquelas que circulam os olhos de Kalel, e eu soube o que significava e que não podia ir. Atualmente me arrependo dessa escolha, eu devia ter partido, mas não o fiz.
Os cinco meses seguintes foram complicados. Emma chutava muito, eu me sentia tão carente e sozinha, e precisei pagar muito caro por estoques de comida extra e remédios. Não confiava em ninguém, e realmente não podia.
O parto foi a pior parte, naqueles meus vinte e quatro anos de vida acho que nunca senti tanta dor. Hoje com vinte e seis tenho certeza. Estar em uma banheira, sozinha, pondo força e com o medo de morrer é o suficiente para enlouquecer alguém.
Mas Emma nasceu. Grande, gorda e saudável. Ela era e ainda é perfeita. Seus olhinhos mesmo recém nascida eram idênticos aos do pai, e olhavam tudo com tanta curiosidade que me fez rir. O problema seguinte foi o que ela comeria.
Felizmente ela pegou peito e mamou até os oito meses, quando meu leite secou. Com seis meses ela já falava algumas palavras e adorava beber suco, quase não ligando para qualquer outro tipo de alimento, seu sono é bem pouco, mas nada parecido com o pai que dormia uma hora por semana. Ela tem sete hora de sono por semana, mas Deus seja louvado, uma vez que Emma nunca foi chorona.
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Apocalypse
Teen FictionA vida é uma merda, e Ava, uma sobrevivente do vírus X-18 sabe bem disso. O vírus X-18 nada mais é do que uma mutação que atinge o corpo humano após o veneno da mordida de um contaminado entrar em contato com o sangue de um dos não infectado, mas a...