The pain of grief

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Olá pessoal, postei uma nova história no app e gostaria que vocês dessem uma oportunidade para "Advogando ao amor". É um gênero totalmente diferente dessa história, mas tenho certeza que vocês vão adorar. Obrigada pela atenção, e boa leitura.

Junto de Ume sigo pelos corredores observando os milhares que escalam as paredes e quebram os vidros, uma vez que fizemos barricadas nas portas frontais. O som de seus rosnados e passos me trazem um conforto que a muito não tinha, a sensação de que tudo vai se resolver.

Em algum momento dos extensos corredores o nosso grupo se separa e fico sozinha com a alfa, juntas caminhamos até os últimos andares procurando Harper ou Emma. O som de vidro quebrando, seguido de passos faz nós duas congelarmos e nos escondermos atrás de uma pilastra, mas somos pegas de surpresa ao ver um homem com os olhos tão brilhantes como os de Ume.

O homem é alto e de certa forma, bem atraente, mas o que eu não entendo são seus olhos tocados totalmente na asiática. Mas quando presto atenção nela, posso compreender, uma vez que seus olhos parecem dilatados e tão focados como um cego que subitamente volta a enxergar.

Mesmo em meio ao mar de corpos, sangue e miséria, não posso deixar de ficar feliz por ela. Aos poucos ela sai por trás da pilastra e um leve som deixa sua garganta, um ronronar tão brando que parece uma carícia.

Mas tudo é rápido demais para que eu possa sequer compreender, a parede outrora cor de creme, agora está com respingos de sangue, e o homem a um segundo de pé, cai de joelhos, antes de desabar.

Um grito oco fica preso na minha garganta e meus olhos tentam procurar o atirador, a visto o homem em pé com a pistola ainda em riste, e antes que eu erga minha arma para atirar nele, alguém bate em sua cabeça o derrubando. Ele cai apagado e por trás dele aparece uma mulher, nos auges dos quarenta anos, o cabelo castanho preso em um coque alto.

A familiaridade me faz relaxar, Andréa, uma das pesquisadoras chefes que está nos ajudando. A mesma sorri para mim, tirando a pistola do homem nocauteado.

- Ava, olá, eu sinto muito por não ter conseguido o derrubar antes. - Ela pede e apenas assinto me aproximando se Ume e acarciando seu ombro.

- Sinto muito. - Digo baixinho para ela, que continua ajoelhada ao lado do homem morto, parecendo sequer dar conta da realidade.

A asiática ergue o rosto, e continuo acarciando seu ombro, enquanto fecho as pálpebras do homem desconhecido.

Sou totalmente surpreendida quando a mesma me abraça, mas o que mais me choca são os leves sons agonizante que deixam sua boca, e apenas quando respiro fundo, e o cheiro de sangue toma meu nariz é que entendo o que está acontecendo.

Encolho meu corpo sentindo a dor da traição e da perda se aponderar de cada poro de meu corpo, o corpo da mulher começa a desabar e ela envolve a mão do homem ao seu lado em um aperto, antes de cair.

Ergo meu rosto vendo Andréa tentar pegar outro pente para recarregar a arma, e fico sobre o corpo de Ume, tentando ser forte.

Mas as imagens de dois meses atrás se fundem com as de hoje, e o rosto da alfa asiática se torna sorridente e masculino como o de Jay. As feições deles se conflitam e engulo a bile que está entorno de minha garganta, meus olhos ardentes derrubam lágrimas sobre o rosto da mulher que aos poucos perece ao lado de seu companheiro.

O singelo barulho das balas caindo do pente é o que me põe de pé, sequer pego a pistola que está em meu colete, me aproximo da mulher que além de tentar ajustar as balas não tem nada para de defender. Caminho até ela, que dá um passo para trás, e quando me aproximo consigo a ver com exatidão, assim como assimilar sua tentativa de bater em minha cabeça com o coldre da arma.

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