Other point of vision

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Trisha Sanchez

Todo o meu corpo pulsa em frenesi, o homem a minha frente se curva pelo murro que dei em sua garganta, o fazendo perder a respiração por alguns instantes. Ando pelo chão de concreto, nunca abaixando a guarda, e quando ele tenta me agarrar segurando meu quadril, firmo minhas mãos em seus ombros e começo a desferir uma sequência de ajoelhadas na boca de seu estômago. Assim que ele solta meu quadril se afastando chuto com toda a minha força sua panturrilha o fazendo cair no chão, e mesmo caído não paro de desferir chutes em todo seu corpo, cessando os ataques quando ele cospe sangue e desmaia.

A multidão vai a loucura, algum tempo atrás isso me trazia convencimento e soberba. Hoje nem sequer uma distração me trás. Vou até os homens na viela, recolhendo o dinheiro das apostas. Depois de sermos trancafiados na porra dessas muralhas de concretos a única diversão são as lutas. Tecnicamente não é ilegal, mas também não é algo politicamente correto. Não que eu ligue.

Cind está em um canto me esperando e apenas a ignoro seguindo meu caminho. Carente do caralho. Des da merda da missão ela não sai do meu .

- Eu não vou parar de te infernizar. Você está se autodestruindo. - A mesma fala em minhas costas, e ergo meu dedo do meio a mandando a merda, continuando a andar, enquanto conto o dinheiro. - Jay e Ava não iam te querer assim.

Assim que essas palavras saem de sua boca a ataco. A jogo contra a parede segurando em seu pescoço começando a enforcar a mesma.

- Nunca mais fale os nomes deles. E Ava não está morta, então cale a sua maldita boca, antes que eu arranque a sua língua. - Aviso com frieza, a sentindo tentar se debater contra mim, mas mesmo sendo menor que ela, sou mais forte e estou com raiva.

A olho com puro alerta, ninguém merece falar sobre os dois, ninguém conhecia os dois como eu. É como perder uma parte de mim mesma, ela não é digna de citar seus nomes. Respiro fundo vendo seu rosto ficar arroxeado e a solto, voltando a andar, ouvindo ela  tossir em busca do ar.

- Se a Ava voltar, vai estar tão louca quanto a Harper. - A mesma diz, com a voz entrecortada pela falta de fôlego.

- Quem? - Pergunto parando, mas sem me virar para ela.

- Harper Oakley. Ela era uma das construtoras dos muros, um dia foram atacados. Ela foi levada, e quando voltou... estava maluca. - Ela responde e apenas a ignoro seguindo pelas vielas e becos.

[...]

Passo a tarde toda bebendo em um dos bares, próximo ao beco do lado sul, e em algum momento me descido, chamando Tom, o barman para uma conversa.

ApocalypseOnde histórias criam vida. Descubra agora