São 03:52, Quarta-Feira,17 de Novembro de 2021.
Tomba uma chuva miúda dos céus e quiçá é isso que me fez despertar no meio dessa madrugada, além dos imbróglios que acho que só eu tenho a me apertarem até no sono.
As outras pessoas são só pessoas, mas eu? Ah, Eu sou artista. Daqueles que se isola quando precisa idear novas obras, daqueles que precisa do seu espaço quando não está bem e só volta quando estiver com boa aura, daqueles que dispensa relacionamentos amorosos porque sente seu espaço invadido, daqueles que vive quase solitário e sente-se bem com isso, daqueles que acha que é incompressível; atino que eu é que não me deixo compreender. Mas tanto faz.
Eu gosto dessa liberdade, proporciona-me alacridade. Eu gosto de sentir-me despido das vestes de uma pessoa com compromissos com outras pessoas.
Quando dou por mim, no limiar de uma paixoneta, mato esse sentimento como comumente pessoas matam insectos - raramente faço extinguir algum, matuto sempre que essa barata tem família para sustentar, aí abstenho-me e deixo-a continuar viver, por mais que me seja impertinente e mante-la viva subleva doenças.
Actualmente, mantenho uma absurda crença enraizada na mente de que sentimentos me irão atrasar, assumir um me é contraproducente. Ainda acho que pessoas da minha faixa etária, tanto rapazes e meninas, são pessoas isentas de palavra, dizem fazer e fazem patavina. Não são sérios.
Por isso eu, fujo de elos amorosos, ligações intrínsecas com pessoas, compromisso que envolvem ser "melhor amigo" d'alguém, tenacidade só se for com com a família - a de casa, sendo já específico.
Eu ainda quero ser louco, ser maior que as mentes minúsculas, aventurar-me e sentir o vento agarrado à mim enquanto estendo os braços sem trajes que cobrem meu peito ou todo nu sobre um penhasco, sentir a brisa e gritar:
— Liberdade! — Nem importa quem me irá perceber pelo sentido do ouvido.
Ao mesmo tempo que me torno erudito, uma pessoa com saber vasto e diversificado sobre quase tudo. É isso que eu quero(por enquanto).
Talvez, eu quero descobrir-me. Porque eu sou um mundo. Ainda não viajei em todos os continentes, países e províncias do meu mais complexo íntimo. Ainda falta-me viajar e conhecer-me completamente. Sou estóico nesse quesito.
Quero conhecer-me como aquelas pessoas que abdicam de muita coisa para viajar pelo mundo, é... eu sou como essas pessoas. Radical ao ponto de querer conhecer o mundo no universo desconhecido que há em mim.
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Ein Stück von mir, das auch ein Stück von dir ist
RandomNessa brochura abordei temas muito peculiares e interessantes sobre Angola, coisas pessoais, relações, comportamento das pessoas, sociedade, sobre mim, sobre ti, enfim, temas, que excitam a alma, mas, em forma de um desafogo, pois precisava de alivi...