42- A QUARENTENA DE 2020

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A quarentena para muita gente foi fatal, para mim... Foi produtiva, mas não de todo. Estava a ler um livro de de Dale Carnegie, autor do livro "como fazer amigos e influenciar pessoas", mas o que eu li foi "como acabar com as preocupações e começar a viver" o livro contém 352 duas páginas; o autor é americano, que outrora, antes de escrever tal livro era infeliz e para sobreviver vendia motores de caminhão, vivia num quarto mal mobilado — um quarto infestado de baratas. Comia em restaurantes sujos e mal frequentados — o que ele detestava. Ansiava ter tempo para ler e escrever seu livro que sonhava em escrever no tempo do colégio, decidiu mais tarde desistir do trabalho, porque já tinha uma formação(professor de cursos para adultos, professor para pessoas acanhadas que tinham debilidades com a eloquência e debilidades a discursar). Decidiu fazer isso e <<viver para escrever e escrever para viver>>. Com o livro aprendi filosofias de vida muito importantes como:
- "Quase todos nós deixamos de sentir preocupações, <<enquanto nos achamos em actividades>> nos afazeres diários.
- Se não estamos ocupados, nossos espíritos tendem a transformar-se num vazio.
- A vida é muito curta para que sejamos infelizes.
- Enfrente os acontecimentos: ponha de lado as preocupações: depois procure remediar a situação!
- A vida, infelizmente, não é assim tão simples. Mas afirmo que devemos assumir uma atitude positiva, ao invés de uma neg.
- Não devemos chorar pelo leite derramado; se um navio foi a pique, podemos empregar melhor o nosso tempo em pensar em soluções futuras.
- (...).
Lia o livro todos os dias da semana à partir das 13horas até 19 ou 20 horas, ya, fazia sete ou oito horas de leitura e quanto mais lia, mais eu me tornara: arrogante, insensível; apático, indiferente, depreciava quase tudo, era um aborrecido, minha vida era completamente "sem sal como dizem", acreditava que merecia estar num lugar melhor do que no bairro onde resido, era muito seletivo, tinha uma imagem idealizada da mulher que me merece e eu a mereço, a mulher perfeita( o que não existe haha). Ya, nem tempo para estar com as pessoas tinha, só queria saber da leitura e adquirir conhecimentos, agora olho para mim e já não sou o mesmo que fora na quarentena! Na quarenta eu sentia-me muito mais inteligente, mais triste(dizem que quanto mais conhecimentos absorvemos mais triste nós ficamos) arrogante e tinha em mente que não preciso de pessoas(sério!) eu me achava muito superior em relação aos outros da minha idade e alguns mais velhos também pelo facto de estar a ler um livro, não ficava parado, estava sempre mergulhado em actividades, sentia que devia a verdade às pessoas, sem as enrolar e não media consequências; era capaz de dizer verdades com o intuito de ajudar, mas com um tom desagradável, grosseiro e palavras que não se dizem. A preguiça não fazia parte de mim e o mais engraçado, sentia receio de fazer postagens engraçadas nas redes por causa do que os outros iam pensar sobre mim. Hoje estou aqui, depois de uns meses sem leitura intensa, acho sim que preciso de pessoas, estou modesto e mais engraçado, meço as palavras antes de dizer e menos triste haha. Sorver conhecimentos é bom, mas subjectivamente falando, tem suas partes negativas, como: o espírito soberbo, sentimento de grandeza e faz menosprezar certas pessoas. É preciso equilibrar o estudo e a relação com as pessoas senão ficamos tristes, sem pessoas ao nosso redor, sem considerar quase ninguém e com sentimento de grandeza. Mais vale ser equilibrado, alcançar o conhecimento e manter a relação com as pessoas de forma amena. Hoje olho para os meses atrás, possuía a inteligência filosófica, mas era burro em em relações pessoais, não possuía a inteligência social e é incrível como uma pessoa muda assim tanto de uns meses para outros! Reforçando, é melhor equilibrar as coisas e manter o elo ameno com as pessoas senão acabaremos sozinhos.

Ein Stück von mir, das auch ein Stück von dir istOnde histórias criam vida. Descubra agora