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A turma recolheu todos os seus pertences, sem esquecer de jogar o lixo fora, ao presenciar o nascer do sol, um espetáculo esplêndido ali na praia

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A turma recolheu todos os seus pertences, sem esquecer de jogar o lixo fora, ao presenciar o nascer do sol, um espetáculo esplêndido ali na praia.  

Estavam todos cansados e silenciosos, começando a relaxar. Já fazia algumas horas que haviam parado de beber, e a maioria havia adormecido, enrolada em cobertores.

Minho provavelmente não gostava de garotos, mas a proximidade de instantes atrás o deixou... Atordoado, não podia mais ignorar a atração que sentia por ele.

Havia passado meia hora olhando para o céu, pouco antes do amanhecer, e ficou surpreso ao ver Lee sentado na beira da água fumando outro cigarro, com seus fones de ouvido Bluetooth nos ouvidos.

Se perguntou por alguns segundos se deveria se juntar a ele, mas se acovardou. Não queria parecer óbvio, principalmente porque Minho parecia estar aproveitando esse momento de solidão ao observar o céu e o frescor do clima contra sua pele.

Chegaram ao acampamento, como um pequeno rebanho de zumbis, falando com dificuldade por causa da boca pastosa de álcool, outras bebidas de teor duvidoso, besteiras doces e do notório cansaço.

Jeongin até parecia estar preocupado, já que Hyunjin agia estranho. Se separaram para ir para suas casas de férias, e Jisung e Minho compartilharam a viagem em um silêncio mortal até a metade do caminho.

— Foi uma boa noite. — o mais velho sorriu suavemente, segurando nas mãos um dos cobertores que havia trazido.

— Sim, foi louco. — respondeu o loiro, lembrando dos momentos. Não estava bêbado, então estava bem claro em sua mente, apenas meio zonzo, parte pelo álcool e em parte por conta do calor.

— Você vem na sexta-feira? — perguntou ao loiro, que assentiu.

Se separaram para voltar para suas camas e assim recuperar o sono perdido. Foi por volta das três da tarde que Jisung acordou e, sendo sincero, não tinha feito muita coisa no dia, nem mesmo à noite.

Havia passado algumas horas na casa de Jeongin e Hyunjin, mas uma atmosfera pesada reinava entre os dois amigos, então se separaram e na maior parte do tempo foram dormir mais cedo, ainda cansados da noite do dia anterior.

No dia seguinte, conforme planejado, se encontraram em frente ao campo de paintball. O cenário era interessante; representava uma espécie de fazenda abandonada, infectada pela radioatividade, pelo menos era o que indicavam as grandes latas cobertas com a famosa placa preventiva. O local certamente deve ter sido uma fazenda em algum momento; os galinheiros e as várias baias para cavalos pareciam usados e sujos de tinta.

Foram levados para uma sala onde as instruções de segurança foram explicadas a eles. Desta vez, era um jovem instrutor, então os meninos foram mais cooperativos do que no kart com a loira bonita.

Receberam suas armas, coletes, óculos e capacetes, diferenciados por duas cores distintas após terem formado dois times pelo único acaso do jogo Pedra, Papel, Tesoura.

— Sinto que tenho feito isso durante toda a minha vida. — Felix murmurou, segurando sua arma com facilidade.

— Você joga muitos videogames, isso está ficando preocupante. — Minho zombou. — Daqui a pouco vai estar confundindo isso aqui com League of Legends. — riu, ajeitando-se, quando todos saíram da pequena sala para encontrar esconderijos antes do jogo começar, separados por equipe.

Jeongin, Seungmin, Minho e Jisung formaram um time, enquanto Hyunjin, Changbin e Felix formaram outro.

Embora fossem numericamente fracos, apostaram todo o jogo no loiro que passava os dias jogando Fortnite e LOL.

Quando soou o início do jogo, começaram a percorrer os caminhos de terra seca, ao lado dos fardos de feno que serviam de escudo. Os demais preferiram ficar escondidos até que um inimigo aparecesse, foi o caso de Seungmin que estava sentado atrás de um contêiner cinza.

— Você não vai se mexer? — Jisung, que estava agachado ao lado dele, perguntou.

— A tática é a introspecção. — Kim respondeu calmamente enquanto o loiro assentia, mesmo assim saindo em busca dos outros.

Se deparou com Jeongin sentado em uma carcaça de trator, seu olhar vigilante, sua arma atenta à menor chegada. Jisung sorriu enquanto caminhava para frente, quando notou Changbin e Hyunjin conversando, agachados em um canto do campo.

Chegou o mais perto possível enquanto tentava ser discreto, o que foi um grande sucesso, e atirou nas costas de Changbin, que pulou com a sensação antes de se levantar.

— Não sei quem atirou em mim, mas vá se foder. — o menor resmungou enquanto se dirigia ao ponto de encontro em caso de derrota.

Jisung riu da resposta e tentou adotar um novo ângulo para pegar Hyunjin, mas este parecia tê-lo visto e jogado uma bola em sua direção que acabou não acertando.

Decidindo não correr mais riscos, fugiu a passos largos, chegando a um galinheiro estreito, agachando-se e se escondendo ali.

Mas obviamente não foi o primeiro a pensar nisso porque chamou a atenção de Minho, que riu ao vê-lo chegar.

— Copiador. — sussurrou, virando-se para o loiro.

— Eu não te vi aqui. — murmurou Jisung.

Observou através das pequenas venezianas decrépitas, cuja pintura rachava, os outros se matando no jogo.

— Hyunjin foi meio que enganado por Jeongin, é óbvio que ele está com raiva. — contou ao mais novo, rindo.

— Por que, afinal? — perguntou o loiro.

— Eles sempre contam tudo um para o outro, acho que o Jinnie não gostou do sigilo.

— Ele não sabia que... — parou um pouco, pensando se valia a pena dizer, talvez Yang quisesse acabar com essa história. — Que Jeongin tinha uma queda por caras?

— Acho que ninguém sabia. Mas conhecendo o Jinnie, ele não se importa, não vai culpá-lo por isso, muito menos tratá-lo com indiferença. — Jisung assentiu — É mais pelo fato de "ter feito isso pelas costas", tem todo um dilema.

— Ele deveria entender de qualquer maneira...

— Sim, mas eles sempre contavam tudo um para o outro. — encolheu os ombros — É algo que apenas eles entendem, como se esconder qualquer coisa um do outro fosse considerado uma "traição" — fez aspas com os dedos ao virar-se para Han — Tsc, melhor não tentar entender, vai por mim.

Jisung, apesar de tudo, compreendeu um pouco melhor a situação e prometeu a si mesmo ir ver Jeongin depois. Não sabia se queria exibir sua sexualidade na frente do grupo, pois não queria que mudassem com ele.

Ao mesmo tempo, sentiu-se preocupado com o caso de Yang, o que o fez perder-se nos seus pensamentos, o que foi, sem surpresa, uma péssima ideia durante um jogo de paintball.

Uma bala acabou atingindo seu rosto e quando recuperou a consciência, viu Felix mirando nele.

Jisung viu Minho saindo de seu esconderijo, mas antes, virou-se mais uma vez para ele.

— O primeiro a levar um tiro entre eu e você tem que fazer uma promessa escolhida pelo outro, ok?

— Negócio fechado. — o loiro estendeu a mão para o mais alto, que a agarrou, selando o acordo, antes de sair do local, abrindo caminho a toda velocidade para encontrar um novo esconderijo sem levar tiros.

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Betado por minseonguittal

CHERRY PIE 🍒 • minsung | TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora