Jisung havia se levantado depois de ver sua mensagem. Isso fez seu coração palpitar, esse toque de devoção entre eles era tão tangível que ele não sabia mais como interpretar. Logo saiu de casa, trancando a porta atrás de si. Seus pais ainda não estavam lá, apesar de já ser tarde; ele imaginou que passaria a noite sozinho novamente.
Lá fora, o ar estava bom, então ele caminhou pelas trilhas de terra, com as mãos nos bolsos do short praiano, o mesmo laranja que usara na primeira festa na praia. No caminho, encontrou um grupo de adolescentes, provavelmente mais jovens que ele, sentados ao redor de uma das mesas de piquenique onde havia feito a tatuagem na semana anterior.
Chegando ao local esperado, ele se posicionou encostado na parede, esperando pelo amigo, sentindo uma leve ansiedade e animação crescerem dentro dele.
Agora que estaria cara a cara com Lee, de repente tornou-se inconcebível para ele falar com Minho sobre seus sentimentos. Ele foi incapaz de revelar esse estranho coquetel de emoções; era a primeira vez que era vítima disso e tudo era tão novo que ele ficava ansioso, apesar dessas palpitações agradáveis que atingiam seu coração.
— Hey, Sung! — o loiro pulou ao ouvir aquela voz, perdido em pensamentos.
— Droga, não precisava gritar. — cerrou os dentes ao ver o mais velho, escondido no canto da parede rebocada na qual estava encostado.
Minho riu e se aproximou, o loiro quase esqueceu o quão bem o luar combinava com ele.
— Achei que você estava dormindo.
— Pareço estar dormindo, espertinho? — revirou os olhos antes de dar um passo em direção ao Lee. — Você quer vir para minha casa? Meus pais não estão lá. — começou a avançar um pouco mais, mas Minho agarrou seu antebraço na tentativa de impedi-lo, seu mesmo sorriso não tranquilizando o loiro.
— Eu tenho uma ideia melhor. — seus olhos se arregalaram quando ele adotou um sorriso animado e Jisung ergueu uma sobrancelha enquanto o avaliava. — Já que estamos aqui... — apontou para a entrada da piscina, logo atrás do loiro, enquanto este também arregalava os olhos.
— Mas está fechado, você não está bem. — o outro riu, como se Jisung estivesse falando bobagens, antes de avançar em direção ao portãozinho e, com um empurrão no corrimão, já havia entrado.
— Essa placa não vai me impedir porque infelizmente não consigo ler, uma pena. — ironizou, colocando os punhos na cintura, fazendo um beicinho falso de irritação em frente ao quadro de horários de funcionamento.
Jisung avançou por sua vez, abafando uma risada para copiar sua estupidez, sem surpresa, ao passar uma perna por cima do pequeno portão de sucata.
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CHERRY PIE 🍒 • minsung | TRADUÇÃO
Fanfiction🍒「 EM ANDAMENTO • LONG-FIC 」 quando Jisung se lembrava daquele verão, lembrava-se daqueles beijos lânguidos, daquelas noites na praia, daquele bando de amigos malucos e do cheiro daquela torta de cereja mal assada. Mas e se ele quisesse que seu amo...