53🍒

708 97 31
                                    

Por volta das cinco horas, os primeiros raios de sol começaram a iluminar o céu

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Por volta das cinco horas, os primeiros raios de sol começaram a iluminar o céu. Foi com tristeza e olheiras que os garotos tiveram que se separar de Changbin e Seungmin, que tiveram que retornar às suas casas temporárias. Os cumprimentos foram longos, apesar de alguns altos e baixos. Perder os dois do grupo foi difícil, e todos desejaram que não fosse para sempre.

No caminho para casa, Hyunjin e Jeongin caminharam lado a lado em silêncio, talvez causado pela falta de sono. Mas antes de Jeongin colocar a mão na maçaneta, Hyunjin colocou sua mão opalina em seu pulso. O mais novo se virou curioso; seu cansaço era facilmente perceptível em suas feições.

— Você gostaria de conversar um pouco antes de ir dormir? — perguntou Hyunjin.

— Sim — assentiu o mais novo. — Quer que eu faça chocolate quente para nós?

— Vá em frente. — O mais alto assentiu, balançando suavemente os cabelos coloridos, um sorriso terno nos cantos dos lábios.

Ele se acomodou nas cadeiras ao ar livre, apertando os dedos sob as coxas, parecendo sério e um pouco ansioso. Hyunjin esperou alguns instantes pelo mais novo, os lábios franzidos. Quando Jeongin voltou a passar pela porta da frente, segurando duas xícaras levemente fumegantes, seu leve sorriso era incontrolável. Jeongin sentou-se contra a cadeira de frente para Hyunjin, colocando as duas xícaras na grande mesa.

— Você queria me dizer algo? — ele perguntou, remexendo sua xícara.

— Estou pensando desde a última vez e tudo, e... tenho um pouco de medo de estragar nossa amizade, então não vou assumir diretamente na frente dos outros, e também pode ser super estranho no começo, mas eu realmente quero que nós... Podemos tentar alguma coisa, innie? — as pupilas de Jeongin cresceram de tamanho fazendo Hyunjin duplicar seu nervosismo. — Estou com medo e nervoso, mas com você me sinto forte, então vai ficar tudo bem, não é? — terminou mordendo os lábios grossos, e Jeongin abafou uma risadinha boba com as pontas das orelhas um pouco rosadas.

— Sim, e eu irei te proteger — Jeongin afirmou, desviando o olhar, pois seus lábios finos tinham um sorriso enorme.

— Sinto que estamos invertendo os papéis. — Hyunjin zombou, deixando o antebraço deslizar contra a mesa, para vir colocar a mão sob a do mais novo.

Jeongin sentiu seu coração palpitar em seu peito, e no momento em que as pontas dos dedos de Hyunjin encontraram as costas de sua mão, um longo arrepio percorreu sua espinha, mostrando-lhe que não estava sonhando. Essas sensações eram mais do que reais, e ele estava explodindo de euforia.

(...)

No dia seguinte, Jisung acordou soltando um gemido de desespero ao lembrar que dois de seus amigos haviam abandonado o acampamento, e ele odiava aquele cheiro de despedida no ar. O Han estava determinado a aproveitar sua última semana, cada segundo que compensaria. Levantou-se bufando, pegando o celular no qual viu as horas, marcavam uma e meia. Seus pais não estavam presentes, então ele decidiu tomar café da manhã na mesa do jardim.

Ele pegou sua tigela de cereal cheia de leite fresco e deitou seu corpo na cadeira do lado de fora, ainda parecendo cansado. Ao ouvir barulho do lado do bangalô do vizinho, ele virou o rosto em sua direção com interesse e ergueu uma sobrancelha ao ver dois novos rostos. Os Lee estavam acompanhados por uma mulher que aparentava ter a idade de sua mãe e uma adolescente, cuja gargalhada se ouvia longe de tão contagiante.

De repente, a memória de sua conversa do dia anterior apareceu e ele assimilou um rosto ao nome que a mãe de Minho havia falado, Yeeun. A garota tinha um cabelo castanho e curto, que lhe assentava no formato do rosto, suas orelhas cheias de muitas argolas e piercings, aparentava ser um estilo bastante original, o seu carisma emanava da sua forma de ousar, lembrava-lhe o Minho por um motivo que lhe escapava.

Ele mordeu o lábio percebendo que seu olhar ainda não havia desviado dela, e que Minho havia percebido. Jisung devolveu o sorriso para o Lee antes de se virar.

Ele se concentrou em seu telefone, que milagrosamente tinha conexão para poder assistir a alguns stories. Era estranho ver certos rostos novamente, alguns dos quais ele não sentia muita falta. Saboreava seu cereal enquanto observava aquelas festas que não pudera ir, aqueles passeios que perdera e, estranhamente, não trocaria as férias deste mês por nada no mundo. De repente, ele notou uma notificação no topo da tela.

Minho
Venha aqui comigo
Recebido às 13:46

Lendo a mensagem, Jisung olhou para a direita, onde Minho agora estava sozinho com a jovem, ambos com um cigarro e um sorriso enquanto se olhavam. O Han suspirou e se preparou, levantando-se para caminhar os poucos metros que o separavam.

Com uma timidez que tentava não demonstrar, cumprimentou os dois com um sorriso, e a mão de Minho deslizou pela cintura de Jisung, que soltou um gemido de surpresa ao sentir seu corpo se chocar contra as coxas fortes de Lee, que o puxava para perto.

— Então, apresento a você Jisung — falou Minho com simplicidade, avaliando a jovem que estava à sua frente — meu... amigo em período experimental, diríamos nós. — Ele riu enquanto desviava os olhos para Jisung em cima de suas coxas, o que fez o Han revirar os olhos.

— Oi, Jisung, eu sou Yeeun — riu a jovem. — Pareço ser ingênua? Obviamente vocês são um casal. — disse a jovem na direção de Lee, apontando para si mesma com a mão que segurava o cigarro meio usado. — Quem diria, Lee Minho, finalmente se ajeitou com alguém.

Jisung levantou uma sobrancelha, como deveria reagir? Ele permaneceu paralisado por alguns segundos, e Minho riu enquanto levava o cigarro à boca.

— Os tempos mudam, e as pessoas se arrependem — Minho retrucou, apertando a cintura de Jisung, cuja leve careta de estranheza não havia desaparecido.

— Tsc, nós dormimos juntos um dia antes de você partir, acho que você se arrependeria um pouco rápido, se fosse verdade é claro. — disse a garota revirando os olhos.

Jisung sentiu seu estômago revirar, precisou apenas de quinze segundos para descobrir que Minho obviamente não havia lhe contado tudo. Com as sobrancelhas levemente franzidas, ele permaneceu imóvel por um longo segundo, antes de se endireitar das coxas em que estava, para se levantar sem mais demora.

— Minha mãe me pediu para fazer algo até logo. — falou monótono e um pouco em pânico. Minho lançou-lhe um olhar suplicante, agarrando seu pulso.

— Não... — lamentou. — Fica comigo mais um pouco. — o loiro revirou os olhos e então se libertou das mãos de Lee; seu dia tinha acabado de começar e já estava ruim.

~

Betado por minseonguittal

CHERRY PIE 🍒 • minsung | TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora