Pelo caminho, os dois amigos apenas aproveitaram o bom tempo e o canto dos pássaros nas palmeiras. Minho ainda não havia falado nada, apenas estava calmo e silencioso, esperando o momento fatídico.
— Para onde quer ir? — Perguntou o mais velho enquanto olhava ao redor, com as mãos enfiadas nos bolsos.
— Não tem ninguém na minha casa, podemos ficar lá — O mais novo sorriu, convidando-o a continuar seu caminho e Minho aceitou.
O loiro então subiu os degraus para enfiar a chave na fechadura da porta, respirando fundo para liberar a pressão. Era intimidador ficar sozinho com o Lee agora, no fundo sempre foi, mas hoje, estava ainda mais. Jisung foi para o lado a fim de deixar o Lee passar, que o esperou por um momento antes que o mais novo o convidasse para entrar em seu quarto, onde se acomodou em sua cama. Entrelaçou os dedos entre si e seus olhos brilhantes encontraram os de Minho, ainda de pé, parecendo convidá-lo a iniciar a conversa.
— Você está de ressaca? — começou, um pouco nervoso, por se apoiar na beirada da janela, o que fez o loiro sorrir levemente.
Deitou-se na cama, estendendo o braço direito na superfície, depois enfiando o esquerdo sob a cabeça, para avaliar o teto.
— Sim, mas honestamente eu dormi bem e tudo, e você?
— Tive um sono mediano — riu, virando-se lentamente, olhos observando o corpo do outro. — Você pensou sobre aquilo? — O loiro acenou negativamente com a cabeça para sua pergunta.
— Toda vez que penso em ontem fico morrendo de vergonha então simplesmente não penso nisso — riu nervoso enquanto acenava com a mão livre na frente do rosto. — Eu não preciso pensar nisso de qualquer maneira, eu sei o que quero — confessou, em um sussurro, que provavelmente não tinha muito a esconder dele sobre seus sentimentos, e ainda assim era indutor de ansiedade falar sobre.
— E você sabe o que eu quero? — Minho questionou e o outro prontamente negou com a cabeça, sentindo o coração disparar. — Vem cá — Puxou Jisung para perto então deixando seu corpo bater ao lado dele que bufou e agarrou seu pulso.
— Não mude de assunto — fez beicinho, sacudindo o antebraço dele.
— Eu não vou — Minho riu enquanto se virava para encarar o loiro que também havia se acomodado ao seu lado para que pudesse observá-lo.
— Então... — o loiro fez beicinho — Quer que eu arranje uma bola de cristal pra poder ler seus pensamentos? — Falou Jisung ironicamente dando uma gargalhada, mas que logo cessou encarando o Lee.
— Ok, isso significa que agora você está no comando, Jisung — insinuou suavemente, com os lábios franzidos — O que você quer que sejamos?
— Sério? — O outro estranhou, deixando escapar um leve sorriso. — Que tal se déssemos uma chance? — formulando suas palavras, uma euforia fez seu estômago se revirar a suas orelhas adquirirem uma coloração rosa.
— Então você quer que sejamos um "nós" agora? — Minho perguntou ainda sorrindo. — Bem, e se deixarmos essa semana só para testar? Para ver se vai funcionar? Farei o meu melhor por você, prometo.
— Contanto que você seja você mesmo — pediu o menor, e seus dois pares de esferas cintilantes se perderam um no outro, se nenhum dos dois estava acostumado, a exclusividade dessa sensação a tornava ainda mais mágica.
— Agora... — o Lee sentou-se de repente, separando assim as mãos o que fez o loiro pular levemente que havia se perdido em sua contemplação — Vamos descansar um pouco — tirou sua camiseta, jogando-a no chão.
Feito isso, ele novamente bateu a cabeça contra o travesseiro junto do loiro, respirando aliviado, como se tivesse esvaziado um peso, que era o caso. O menor mordeu o lábio observando seu peito opalino voltado para ele, o pôr do sol na praia tornou-se a mais banal das pinturas depois de ver aquela cena.
— Vai dormir aqui mesmo? — O mais novo riu, observando o mais velho fechar os olhos, os braços cruzados contra o peito, ele estava agindo com tanta tranquilidade.
Sem esperar, Minho agarrou-o pela cintura, a fim de apertar seu corpo contra o peito, o que fez o loiro gemer de surpresa.
— Apenas durma um pouco comigo. — ele segurou Jisung em seus braços não dando espaço para o menor conseguir sair, era um abraço agradável.
— Ah qual é... — murmurou timidamente ao sentir a respiração do Lee em seu pescoço, como dormir nessa situação, seu coração batia rápido demais.
— Durma, eu disse. — O loirinho reclamou, não queria descansar, mas o apelo dos braços de Minho ainda era bastante tentador. Porém ele tinha certeza de que não iria adormecer, tinham acabado de começar, digamos, um namoro experimental, e estavam próximos, muito íntimos para Jisung conseguir se concentrar em qualquer coisa que não fosse seu toque quente.
— Então me dê carinho. — O Han ofereceu em voz baixa, quando ele disse isso não esperava que o outro escutasse e aceitasse.
Mas não conteve a expressão presunçosa ao sentir a mão não muito grande de Minho deslizando por baixo de sua camiseta, deslizando delicadamente os dedos pelas costelas, onde sabia que Jisung era particularmente sensível.
O loiro então soltou um leve riso ao primeiro contato, antes de um violento arrepio percorrer seu corpo e logo relaxar exibindo uma expressão totalmente calma ao fechar as pálpebras ronronando aos toques do mais velho.
— Feliz, senhor rei? — ouviu um sussurro contra a parte de trás do seu pescoço enquanto ele assentia — Você tem uma cintura muito fina, Jisung. — Disse Minho sonolento, sem cessar as suaves carícias em Han.
— O que? Você não gosta? — Jisung fez um biquinho, virando-se ligeiramente, para captar melhor a reação do Lee.
— Não, eu amo, principalmente se tratando da sua. — falou e o menor riu e então tomou a decisão de não incomodá-lo mais, ele parecia muito cansado.
Quando o silêncio se instalou por mais de cinco minutos, o suficiente para acalmar a notória empolgação do loiro, que já havia começado a cochilar.
A cadência das carícias que lhe davam havia diminuído, então um beijo casto fora colocado em seu ombro, ou talvez já estivesse sonhando, porque era gostoso demais para acreditar.
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Betado por minseonguittal
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CHERRY PIE 🍒 • minsung | TRADUÇÃO
Fanfic🍒「 EM ANDAMENTO • LONG-FIC 」 quando Jisung se lembrava daquele verão, lembrava-se daqueles beijos lânguidos, daquelas noites na praia, daquele bando de amigos malucos e do cheiro daquela torta de cereja mal assada. Mas e se ele quisesse que seu amo...