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Jisung, Jeongin e Hyunjin vagaram pelos corredores e pararam para tomar café em uma cafeteria local

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Jisung, Jeongin e Hyunjin vagaram pelos corredores e pararam para tomar café em uma cafeteria local. Passaram uma boa tarde em perspectiva. O loiro tinha que admitir que sentiu que estava segurando vela em alguns momentos; Hwang e Yang passavam o tempo brigando ou abraçados, sem perceber, era natural que fossem táteis, barulhentos e carinhosos um ao lado do outro. No caminho de volta no carro, por volta das sete da noite, quando Hyunjin e Jeongin estavam ocupados brigando para ver quem lavaria a louça quando chegassem em casa, várias coisas passavam pela cabeça de Jisung.

Estava começando sua terceira semana no acampamento, o que significava que havia passado metade de sua estadia na região. Tudo ali estava desconectado da realidade, ele não tinha restrições, nem responsabilidades, e estava ansioso com a ideia de voltar à vida real. Precisava desse tempo para si, iria aproveitar cada segundo, saborear cada momento ao lado de seu grupo de amigos. Iria continuar experimentando, fazendo besteiras e descobrindo o mundo. E mesmo sabendo que estava começando a desenvolver sentimentos reais em relação à Minho, decidiu que não iria pegar leve, ou pelo menos iria tentar.

Mordeu o lábio por alguns momentos enquanto observava o perfil do jovem que conhecera algumas horas antes e cuja rede social possuía graças à Jeongin. Percebeu que ele era charmoso, poderiam ter muito o que conversar, mas ainda não sabia se deveria apertar aquele famoso botão azul escrito 'seguir'. Nas suas fotos descobriu um jovem com uma vida festiva, muitas vezes acompanhado pela praia, um pôr do sol que realçava a sua pele beijada pela melanina ou mesmo um grupo de amigos que estavam em muitos de seus posts.

— Você está esperando o mundo acabar? — viu Jeongin inclinado em direção ao seu celular, se apressando em bloquear.

— Tenha paciência, antes que te jogue pra fora do carro. — resmungou em voz baixa para não ser ouvido pelo pai do mais novo que os levava para casa.

— Ok, tudo bem, não precisa ser violento. — o mais novo fez careta ao endireitar-se.

Jisung prontamente desbloqueou o dispositivo novamente antes de clicar no pequeno botão azul e pressionar a tela do aparelho contra sua coxa, ligeiramente em pânico. Momentos depois, ele vibrou e a notificação de um novo seguidor apareceu na tela. Ele bufou, não sabia se tinha coragem suficiente para enviar uma mensagem privada.

Quando chegaram ao acampamento, os três meninos haviam se separado para jantar. Jisung passeava arrastando os pés pelo caminho de terra, mordeu o lábio enquanto observava a conversa que havia aberto mas sobre a qual não se atreveu a escrever nenhuma mensagem. Chegando em casa, um leve sorriso apareceu em seus lábios ao ver Minho sentado em sua varanda, um cigarro apagado entre os dedos, enquanto olhava para a tela do celular, as sobrancelhas franzidas e a expressão confusa.

— Viu algo assustador? — o loiro questionou com uma risada, puxando a cadeira que ficava de frente para Minho para poder se sentar ao lado dele.

Minho olhou para cima ligeiramente assustado, sua expressão desencantada pareceu ter se intensificado ainda mais. Jisung levantou uma sobrancelha cautelosamente, preocupado com sua expressão relativamente estranha. O mais velho não se dignou a responder e pegou o isqueiro do bolso do short de praia para poder acender outro cigarro.

— O que foi? Você está bem? — perguntou o loiro.

— Só estou meio irritado. — riu levemente, colocando o celular sobre a mesa. — Como eu não estava fazendo nada, meus pais me levaram para ver uma peça famosa. — se lembrou com uma careta.

— Merda, desculpe, não pude servir de álibi. — Minho sorriu com sua resposta, balançando a cabeça negativamente, soprando a fumaça que acabara de inalar.

— Não se preocupe, você não precisava me ajudar.

O loiro assentiu. Mais uma vez não sabia se sua chegada repentina o desagradou, se ele estava bravo, decepcionado, se realmente não o incomodava, Minho não demonstrava nada. Só quando estava feliz é que isso era perceptível e óbvio, ficava animado e eufórico, como na noite em que decidiu tatuá-los, e foi tão bom vê-lo agir assim que provavelmente deixaria o Lee tatuar cada um de seus dedos para vê-lo sorrir novamente.

— Hoje a noite Jeongyeon me convidou para ir a uma festa e Mina estava ansiosa para ver você lá, não sei bem se... — começou, sem certeza.

— Bem, vamos. — o loiro cortou com um sorriso forçado, se o mais velho fosse para uma festa era melhor para poder ficar de olho.

— Você está de bem com isso? — o mais velho questionou surpreso enquanto terminava o cigarro.

— Sim. — assentiu rapidamente, fingindo um entusiasmo que nem possuía.

— Ok, bem, ela virá nos buscar às nove no carro, esteja pronto. — sorriu enquanto esmaga o cigarro no cinzeiro, levantando-se para voltar ao seu bangalô.

Jisung bufou enquanto passava a mão pelos cabelos, se levantou pegando seu celular e a notificação em sua tela fez seu coração bater mais forte. O vendedor enviou-lhe um simples "oi" acompanhado de um emoji sorridente, o loiro prontamente bloqueou o aparelho e colocou-o no bolso, não iria mandar nada por enquanto, talvez mais tarde quando pensasse melhor. Por mais que quisesse experimentar e socializar, ainda não era bom em termos de flerte e tinha certeza de que iria tornar a situação estranha.

No caminho, se deparou com seus pais que assistiam a um programa de televisão enquanto saboreavam uma salada, o mesmo de todos os dias. No banheiro, passou um tempo cuidando do cabelo e depois da pele, embora estivesse acostumado a ser um tanto descuidado com a aparência, ou pelo menos não dar muita atenção, não é novidade que, quando ele pensou em ficar apresentável, não foi para Mina, mas sim para Minho.

Talvez esta fosse a noite, a noite em que conseguiria encantá-lo a ponto de poder ser considerado algo diferente de um amigo, um amigo com alguns benefícios sexuais. Todas as oportunidades eram boas de se aproveitar, ele só tinha duas semanas para conseguir. E, mesmo quando tentava ser racional, se tranquilizava pensando que era assim mesmo, aproveitar plenamente esse relacionamento até voltar à realidade. Mas, no fundo, sabia muito bem que essa situação significava muito mais do que isso para ele.

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Betado por minseonguittal

CHERRY PIE 🍒 • minsung | TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora