Na manhã seguinte, quando Jisung acordou, ficou animado por ter recuperado as horas de sono perdidas, finalmente tendo disposição para começar o dia. Sentou-se para tomar o café da manhã com um caderno ao lado, cheio de tentativas de desenhos mais ou menos concluídas. Seu celular vibrava incessantemente sobre a mesa, mas ele não queria dar uma olhada, já que desde a noite anterior estava com medo de dizer algo estúpido com as ideias que o cercavam. Perdido em pensamentos, ocupado em acompanhar os traços do rosto feminino que estava desenhando, assustou-se ao ver a mãe sentada na cadeira de jardim à sua frente, o café na mão e o rosto cansado.
— Dormiu bem, Sungie? — perguntou a mulher, amarrando o cabelo castanho em um coque bagunçado.
— Sim. — o loiro resmungou enquanto colocava o lápis no papel, antes de caminhar até sua mãe.
— Você esteve com o Minho ontem à noite? — continuou, com um sorriso gentil.
— Sim, jantei no bangalô dele. — encolheu os ombros enquanto tomava um gole de sua bebida.
— Tenho a impressão de que vocês se dão muito bem.
O loiro ergueu uma sobrancelha com o comentário, deixando o copo sobre a mesa e avaliando a mãe com desconfiança.
— E o que tem? — resmungou.
Era natural que Jisung e a mãe fossem bastante próximos e conversassem sobre a vida um do outro, o loiro só não sabia que sua mãe já havia notado o comportamento dele perto do mais velho.
— Só queria saber. — sorriu inocente — Ele parece... Extravagante... — levou a xícara quente aos lábios.
— Você não gosta dele?
— Claro que gosto, ele é um garoto legal. — gesticulou com as mãos — E encantador. Na sua idade, eu teria me encantado por ele, pois é muito bonito. — finalizou encolhendo os ombros.
Jisung fez uma careta com suas palavras.
— Ele não é adulto, quer parar de cobiçá-lo? — A mulher riu, revirando os olhos.
— Sou apenas observadora. — respondeu — Você gosta dele? — fez a pergunta que estava pensando há algum tempo.
— Não. — retrucou o loiro, com indiferença.
— É que...
— Do que vocês estão falando? — Os dois se voltaram para o pai de Jisung, que se sentou ao lado do filho.
— Estávamos conversando sobre os amigos de Jisung. — A morena sorriu para o marido enquanto ele se virava para o filho.
— Ah, sim. A propósito, eles são legais? — Jisung assentiu fracamente enquanto respondia.
— São, muito. — sorriu ao responder.
Ergueu uma sobrancelha ao ver todos do grupo passando no beco, tão barulhentos como sempre, logo se levantando para juntar-se a eles. Esperaram-no encostados a uma árvore próxima à sombra para evitar a insolação do sol quente. Hyunjin pulou em suas costas assim que Jisung apareceu.
— Você nunca responde às mensagens do grupo, idiota. — Hyunjin exclamou.
Jisung riu, justificando-se da melhor maneira que pôde, explicando que havia acabado de acordar e logo trocou de assunto. Minho estava brincando com Felix e Changbin enquanto o loiro apenas o observava, enquanto se dirigiam com o grupo para um lugar que ele não sabia ao certo. Minho não prestou nem um segundo de atenção nele desde que apareceu, e ficou martelando em sua mente o fato de que ele era o único que estava pensando no que aconteceu na noite anterior. Era uma sensação nova, e embora tivesse feito Jisung se sentir nas nuvens quando mal observou o sorriso dele, também sabia que isso era muito ruim para ele.
Eles voltaram para a casa de férias de Hyunjin e Jeongin quando os pais dos dois foram para a piscina, e se acomodaram na sala para decidir o que fariam. A maioria dos garotos não queria se mexer muito, já que o Sol estava abafado lá fora, então Jeongin sugeriu que brincassem de esconde-esconde. Alguns responderam que era melhor esperar até que o Sol estivesse mais baixo no céu.
Vendo que a maioria dos garotos estava preguiçosa e desmotivada, o australiano resolveu falar:
— Vamos bater uma punheta juntos? — os outros avaliaram Felix com estranheza.
— Você não está bem. — Minho riu.
— Então é verdade que Jeongin é viado? — Changbin disse sereno enquanto HyunJin, que estava ao seu lado, deu um soco em seu braço
— Deixa de ser idiota. — Avisou o Hwang com as sobrancelhas franzidas.
— O que foi que eu fiz? Não falei nada demais. — Retrucou o Seo na defensiva enquanto Jeongin apenas observava, sentado no chão ouvindo a discussão pela qual se sentia responsável.
— Eu não dou a mínima.
— Calma, pessoal! — Seungmin exclamou para amenizar a irritação do mais velho enquanto se recostava na cadeira.
Changbin pediu desculpas ao mais novo, sendo obrigado pelos outros, apesar do clima ruim que se instalou entre o moreno e o mais alto do grupo. Jeongin se levantou para sentar ao lado do amigo, que parecia irritado, tentando tranquilizá-lo. Gostava quando agia como o irmão mais velho protetor, mas odiava vê-lo chateado.
— Ok, o que fazemos então? — questionou Minho, com indiferença, pouco preocupado com a confusão.
— Na pior das hipóteses, vamos brincar de verdade ou desafio. — Changbin respondeu, vendo os outros concordarem.
— Podemos trazer de volta as garotas que conhecemos no bar? — Felix perguntou.
Felix ligou para as duas que eram da mesma idade deles, e quando Changbin e Felix foram recebê-las, descobriram uma terceira jovem, tão charmosa quanto as amigas. A turma se juntou novamente aos outros apresentando as garotas.
— Wendy, Seulgi e...? — Felix parou na terceira, que sorriu.
— Yerim.
Os garotos também se apresentaram e engataram em conversas aleatórias. Felix ficou feliz em conhecer a coreana-canadense, sentindo-se um pouco mais compreendido quando era apenas os dois se comunicando, muitas vezes em inglês. Changbin, entre outros, já havia começado a testar seus encantos com Seulgi e, sem surpresa, Felix, com a canadense.
Seulgi então se viu entre Seo e Lee e rapidamente começou uma conversa com Minho, descobrindo que a dança era sua paixão comum, enquanto Changbin observava a cena em palpável incompreensão.
— Ok, e quem começa o jogo? — Jeongin exclamou.
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Betado por minseonguittal
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CHERRY PIE 🍒 • minsung | TRADUÇÃO
Fanfiction🍒「 EM ANDAMENTO • LONG-FIC 」 quando Jisung se lembrava daquele verão, lembrava-se daqueles beijos lânguidos, daquelas noites na praia, daquele bando de amigos malucos e do cheiro daquela torta de cereja mal assada. Mas e se ele quisesse que seu amo...