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Os dois jovens passaram a noite assistindo filmes e comendo algumas besteiras, com os rostos enfiados na tela

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Os dois jovens passaram a noite assistindo filmes e comendo algumas besteiras, com os rostos enfiados na tela. Por volta de uma hora da manhã, Minho percebeu que o loiro havia adormecido em sua cama. Sorriu ao ver o rosto de Jisung tão tranquilo e colocou o computador na mesinha de cabeceira para adormecer ao seu lado. Se não fosse pelo ar condicionado ligado, teriam morrido de calor. No dia seguinte, depois das onze horas, o loiro acordou e, ao perceber que havia dormido ao lado de Minho, sentiu suas maçãs do rosto esquentarem e um sorrisinho se instalar nas pontas de seus lábios rosados.

Ele observou Minho dormindo por longos segundos antes de perceber que seu comportamento provavelmente parecia meio preocupante. Balançando a cabeça, ele se levantou com o objetivo de voltar para seu bangalô e tomar um belo banho frio para acordá-lo. Ainda não sabia se estava sonhando ou se estava bom demais para ser verdade.

— Onde você está indo? — A voz sonolenta de Minho murmurou, sua boca meio esmagada contra o travesseiro.

O menino loiro deu um pulo, parando no meio do caminho para se virar e ver Lee, meio adormecido, que estava meio de pé, revelando o torso nu que antes estava escondido pelo lençol. Jisung engoliu em seco, rezando para si mesmo para não fechar os olhos diante dessa visão celestial.

Minho, meio adormecido, os cabelos desgrenhados, o peito despido e as pernas cobertas pelo lençol creme que lhe dava o ar de uma divindade grega. Uma visão do paraíso.

— E-eu... — respirou fundo. — Vou tomar um banho. — saiu às pressas, sem olhar para trás.

Não estava acostumado a sentir-se corando por alguém, mas Minho era a alegoria de tudo que ele procurava em um homem e ele não podia ir contra sua grande - diga-se enorme - atração. Ficou aliviado ao notar que no caminho não encontrou os pais de Minho nem os seus, porque não estava em condições de se envolver em qualquer tipo de conversa no momento. Seu banho foi revigorante; cantarolou as músicas de sua playlist, ensaboando o corpo pigmentado de melanina, um bronzeado que realçava seus cabelos loiros que ele ensaboava com xampu.

Pensando nisso, lembrou que teria que passar o início da noite como acompanhante, presenciando o flerte do cara que o encantava. Que vida, hein...

Bufou ao sair da cabana, agarrando a toalha para envolver o corpo no tecido. Jeongin pediu à turma que fosse almoçar na casa dele e de Hyunjin, o que todos concordaram. Jisung vestiu jeans leves e uma camiseta branca clássica antes de pegar a estrada.

Sentia-se nas nuvens desde esta manhã, desde que acordou ao lado de Lee. Gostaria muito de saber quais eram suas chances com o mais velho, saber se ele não era heterossexual, o que já não era tarefa fácil, e mais ainda, se não fosse, ele era suscetível de agradá-lo.

Sentiu que estava se unindo muito rapidamente, talvez fosse o fato de que agora passariam todos os dias juntos. Também achava que cada dia que passava o aproximava do fim das férias; em dois dias, já terminaria a primeira semana neste acampamento e, na verdade, tinha medo de ver a quarta chegar ao fim. Prometeu a si mesmo que antes do fim revelaria a Minho sua atração, da qual certamente se arrependeria.

Bateu na porta de Hyunjin e Jeongin, sendo cumprimentado por Hyunjin que sorriu para ele, dando as boas-vindas. Notou que estava sozinho com Changbin na sala naquele momento e se perguntou onde estava Yang. Havia uma certa preocupação de o mais novo se sentir isolado depois da birra de Hwang.

— Ele está na cozinha. — O moreno apontou para o lugar, e o loiro assentiu enquanto se dirigia ao local.

Jeongin estava ocupado cozinhando uma grande quantidade de macarrão, o suficiente para alimentar sete bocas, e parecia ter certa dificuldade em não deixar a água transbordar.

Jisung riu ao observá-lo e correu para ajudá-lo, fazendo-o respirar aliviado ao perceber que o loiro havia conseguido acalmar o fogo.

— Ainda está de mal com Jinnie? — Perguntou, percebendo que Jeongin não havia pedido ajuda a Changbin ou Hyunjin.

— Não entendo o porquê, isso me irrita. — O mais novo murmurou enquanto pressionava a parte inferior das costas contra o balcão, colocando também as palmas das mãos ali.

— Vocês não se falaram desde então?

— Sim, mas ele me diz que eu deveria ter contado a ele antes. Como ele pode não considerar que tenho medo de que isso mude a imagem que ele tem de mim? Ele consegue ser tão panaca quando quer. — Resmungou.

— Por que isso mudaria? — O loiro questionou, mordendo o lábio, preocupado. — Vocês são amigos desde pequenos, certo?

— Sim, mas... Imagine que ele pensaria que eu me sinto atraído por ele ou algo assim? — Jeongin levou o dedo indicador à boca para morder a ponta da unha, ansioso.

— Bom, depois de um tempo, ele teria percebido que não era bem assim. — Tranquilizou o loiro balançando seu cabelo cor de vinho, um hábito emocional que a maioria dos mais velhos haviam adotado com Jeongin.

— Sim... — O menor respondeu, com os dedos ainda enfiados na boca.

Jisung franziu a testa enquanto o avaliava.

— Não é mesmo? — repetiu então, não pôde mais duvidar. Jeongin parecia desconcertado. — Oh, droga. Você gosta dele?! — se aproximou para sussurrar as palavras, de modo que ele fosse o único que pudesse ouvi-las.

Os olhos do garoto mais novo se arregalaram, ficando vermelhos em um quarto de segundo, enquanto o loiro colocava a mão em sua boca em surpresa.

— Não conte aos outros, eu imploro. — o loiro assentiu com a cabeça, tendo dificuldade em controlar o sorriso, afinal, a situação havia se tornado meio cômica.

— Você é gay? — questionou, ainda em voz baixa.

— Eu... eu realmente não sei... — respondeu envergonhado. O loiro decidiu não forçar muito, mas talvez fosse sensato tranquilizá-lo sobre esse assunto, para que pudesse se sentir compreendido pelo menos.

— Ok, se eu te contar uma coisa você pode prometer que não vai rir ou sei lá? — mordeu o lábio ao olhar o rosto ansioso de Jeongin — Eu gosto de um dos caras. — O mais novo colocou a mão na boca arregalando os olhos.

— É o Minho? — sussurrou e Jisung franziu a testa.

— O que? Por quê o Minho? — murmurou.

— Não sei, tive a impressão de que... Bem, espero que não seja Hyunjin, só isso. — encolheu os ombros, suas bochechas ainda um pouco rosadas e Jisung riu enquanto o apertava.

Jisung pulou ao notar pelo canto do olho a água fervente começando a transbordar novamente, e se apressou em limitar o dano ao lado de um Jeongin mais risonho do que alguns momentos antes.

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Betado por minseonguittal

CHERRY PIE 🍒 • minsung | TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora