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Uma leve brancura se instalou no ambiente a qual Jisung sentou-se ao lado de Minho, ele o viu agarrar ansioso a barra de sua camisa o que o preocupou um pouco

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Uma leve brancura se instalou no ambiente a qual Jisung sentou-se ao lado de Minho, ele o viu agarrar ansioso a barra de sua camisa o que o preocupou um pouco. O Lee respirou fundo, virando-se para o menor que focou seus olhos nos dele com os lábios franzidos.

— Eu já te disse como tudo era natural com você, que eu me sentia mais diferente, né? — começou sério.

— É, eu lembro, e lembro que depois de dizer isso você falou que queria que fossemos amigos por muito tempo. — riu e Minho copiou sua expressão

— Sabe, desde jovem, falavam que eu sou "um perfil atípico" — ele imitou aspas com as mãos, desviando o olhar do Han ao seu lado — Um garoto superdotado e hipersensível que adora dançar, ama flores e o outono. Que pensa... Um pouco diferente de outras pessoas.

Um leve sorriso surgiu em seus lábios, e o loiro não sabia bem como decifrá-lo, parecia triste... Mas em todo caso, continuava atendo e concentrado as falas do Lee.

— Não sei se para todos é assim, mas para mim foi difícil ser 'diferente', principalmente quando eu estava rodeado de pessoas formatadas como robôs que pensam todos iguais, vestem-se todos da mesma forma e que não têm nenhum escrúpulo em cuspir na sua cara quando você sai da linha. — deixou escapar uma risada nervosa. Era difícil falar sobre aquele assunto, algo que tentava manter enterrado a sete chaves por anos.

— Eu sei como é, mais ou menos. — o mais novo assentiu, mordendo a parte interna da bochecha.

Sua diferença da de Minho, tinha sido sua sexualidade, e talvez fosse diferente, mas ainda era algo que o aflingia por dentro. Ter que estar alerta, com medo de que alguém descubra que você não está seguindo o caminho trilhado pelos outros, nesse período que separa a infância da adolescência. Minho assentiu levemente, retomando seu discurso quando percebeu que Jisung esperava que ele continuasse.

— Eu estava sozinho, e tinha uma queda enorme por essa menina que se rebelava um pouco, que não tinha medo de ficar sozinha, porque era isso que eu queria no fundo, porque temia a minha solidão. — Ele acenou com a cabeça, focado em qualquer coisa. — E sei lá, uma coisa levou a outra, nos tornamos uma dupla, as pessoas não gostavam da gente, foi um período horrível, cheio de insultos por parte de outras pessoas e minha também. Comentários que sobrecarregavam meus dias com insultos que questionavam minha masculinidade. — fez uma careta ao terminar.

— As pessoas realmente não tem piedade — sussurrou Jisung — Mas me parece tão distante, não consigo olhar para você e pensar que seu passado foi assim, você é tão confiante... — suspirou, no primeiro segundo em que conheceu Minho, notou que o garoto transbordava confiança, era cheio de si e atraía olhares das pessoas por onde passava.

— Na verdade não tanto, foi no verão de três anos atrás, quando voltei para o colégio onde ganhei muita massa, passava meus dias construindo músculos, comia proteína de manhã, tarde e noite e me vestia como os garotos "populares" no olhar das pessoas. Fui convidado para festas e minha vida parecia a mesma do filme meninas malvadas. — Jisung riu batendo em seu ombro derrubando um pouco da atmosfera pesada que havia criado.

— Você é burro... — riu o loiro encostando a cabeça no ombro do Lee.

— Eu sei, mas você ainda me ama. — sorriu, o que fez os cantos de seus olhos felinos enrugarem.

— Muito por sinal. — fez um beicinho, cruzando os braços contra o peito fazendo o mais velho rir.

— É triste mesmo assim, eu só tinha que cuidar da minha aparência para que ninguém começasse a pensar o que estava por trás disso. — disse se deitando na cama de Jisung com os braços esticados para cima.

Para Jisung, era meio óbvio agora que o Lee tentava dizer. Minho era um pouco demais... Tudo demais, honesto demais, sentimental e empático, muito dedicado, mas muito sobrecarregado e incerto. Ele não sabia como reagir aos sentimentos de outras pessoas e muito menos demonstrar os seus.

Admirava-o um pouco mais a cada dia, e um pouco mais agora. Tranquilizava-o saber que como ele vivia dúvidas e momentos mais complicados e que a sua perfeição também era feita de imperfeições.

Quando achou que Minho já havia revelado o suficiente, Minho continuou.

— Eu sou presa fácil dos vícios, e se me deixo ceder aos do sexo e da nicotina, tem um que me arruína a vida e que luto todos os dias, e... é a minha dependência emocional... — falou franzindo a testa sem tirar seus olhos do teto — Quando eu me apego às pessoas eu dou a elas minha vida, Jisung. Eu mostro como realmente sou na frente delas, isso não acontecia desde Yeeun. — se endireitou, apoiando as costas na parede, para encará-lo com seriedade. — Eu sou o tipo de cara que gosta de encontrar uma conexão com as pessoas, gosto de me conectar com elas. — assumiu com uma risada leve e insegura, mordendo o interior de sua bochecha focado nas expressões de Jisung. — Isso... Isso é louco.

— Não é loucura, é a realidade — Respondeu com um sorriso no canto dos lábios.

— Você acha que temos uma conexão, Jisung? —perguntou o Lee.

— Eu tenho certeza disso desde o primeiro segundo que te vi. — Respondeu, e Minho agarrou seu braço para puxá-lo contra si, fazendo Jisung montar nele.

— Quando você está comigo, quando penso em você, quando você me toca... Sinto tantas coisas que nunca senti antes. — Minho sussurrou, observando cada traço de Jisung, cada mínimo detalhe enquanto passava a ponta do dedo em torno de seu rosto delicado. Sabia que havia encontrado um diamante nessas férias de verão.

Jisung deu um leve riso nervoso, era a primeira vez na vida que ele sentia essas coisas, que sentia seu corpo eletrizar tanto com um simples toque, com um simples olhar.

Ainda mais quando sentiu a mão de Minho deslizando por suas costelas, através de sua camiseta azul marinho, moldando sua cintura através do  tecido que tampava seu corpo.

— Se você soubesse como eu também sinto isso... — falou timido, fixando o olhar em um ponto aleatório do quarto. Era difícil ter confiança quando ele dizia tais coisas, suas mãos quase tremiam.

Minho se inclinou em seu ouvido, forçando um pouco mais seu aperto em sua cintura fina.

— Eu quero fazer amor com você com tanta força que você nunca irá esquecer, Jisung. — a respiração do Han congelou e seu corpo paralisou, ato que o mais velho notou.

Sentia o frio no estômago. Estava finalmente experimentando essa famosa metáfora clichê, a estranha sensação de se desestabilizar por causa de algumas palavras.

— Então me ame tanto que nunca irei esquecer. — respondeu fixando seu olhar nos de cabelo cinza à sua frente, que mordeu o lábio antes de se aproximar do seu. Encostando a boca com delicadeza, como um doce que acabará de ser servido, lentamente, sem retirar o contato visual, até tomar os lábios de Jisung com deleite e ganância.

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Postei esses últimos capítulos pois deixarei a fic em hiatus por um longo período de tempo. Até 🍒

(E tbm pq preciso de mais comentários pra engajar

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⏰ Última atualização: May 25 ⏰

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CHERRY PIE 🍒 • minsung | TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora