— Como vocês estão meninos? Estão tão quietos.
Hyunjin e Jeongin deram um ao outro um rápido olhar de soslaio, antes de se concentrarem em seus pratos, corando. A mãe de Jeongin, que os observava, lançou um olhar questionador aos outros três adultos, como se perguntasse se eles sabiam o que estava acontecendo e todos demonstraram não entenderem.
— Nós vamos sair, não façam muita bagunça com seus amigos, ok? — logo após a mãe de Hyunjin dizer isso, os dois adolescentes acentiram e os pais dos dois logo se retiraram.
Os dois pegaram os talheres sujos para tirar a mesa, em um silêncio mortal. Hyunjin já havia avisado seus amigos que a casa estava liberada para os visitarem. O mais velho colocou os pratos na pia, com o objetivo de enxaguá-los antes de colocá-los na máquina de lavar louça e Jeongin colocou as garrafas de água na geladeira.
Com um suspiro alto, o mais velho chamou a atenção do Yang que o questionou com qs sombrancelhas erguidas.
— Isso é tão embaraçoso, eu não deveria ter feito isso — falou Hyunjin, mordendo o lábio.
— Você está falando sério? Você se arrepende?
— perguntou Jeongin em voz baixa.— Não, não, não, não —Apressou-se em tranqüilizar o mais novo — Só não sei como agir perto de você, é muito constrangedor — ele riu nervosamente, passando a mão pelo cabelo.
— Eu posso te mostrar como você deve agir comigo. — Hyunjin mal teve tempo de erguer uma sobrancelha quando o menor se agarrou à barra de sua camiseta, a fim de puxar seu corpo contra o seu sem mais cerimônia. De olhos fechados, ele deixou seus lábios baterem contra os de Hyunjin, que arregalou os olhos fracamente antes de retornar seus delicados movimentos de boca, deslizando uma de suas mãos contra sua cintura.
Seus corações batiam em uníssono, sim, era estranho, muito estranho beijar depois de tantos anos agindo como quase irmãos, mas o friozinho na barriga era ainda mais confuso.
Estava bom, até delicioso, e nunca se sentiram tão bem como neste momento, infelizmente, batidas na porta os interromperam e os forçaram a se separarem, as bochechas rosadas. Jeongin quase correu para a porta da frente, incapaz de sustentar o olhar ardente que o Hwang estava dando a ele, descobrindo Felix atrás da porta. Ele sorriu ao passar pela entrada, dando um tapinha no ombro dos dois.
— Minho e Jisung não chegaram ainda? — questionou, avaliando o cômodo.
— Não, vou ligar pra eles pra mandar eles mexerem o cu, isso não são horas de estarem se pegando — Jeongin quase se engasgou com as palavras de Hyunjin que tirou o telefone do bolso para ligar para Minho no viva-voz, jogando o telefone descuidadamente no colchão enquanto pegava o controle do console. — Responde imbecil —rosnou o Hwang quando o último sinal tocou, para chamá-lo de volta sem demora.
— Já sinto falta de Seungmin e Changbin. — disse Jeongin cruzando os braços sobre o peito.
— O que foi?! — uma voz irritada soou do outro lado da linha.
Hyunjin, que estava escolhendo o time com o qual enfrentaria Felix suspirou de alívio ao pegar o aparelho para levá-lo aos lábios.
— Venha para minha casa, e traga Jisung junto.
— Estamos juntos, e você está nos atrapalhando — Minho respondeu automaticamente.
— Que nojo, termine seja lá o que estão fazendo e venham logo — falou antes de acrescentar — e tomem um banho — a risada do jovem do outro lado do fone ecoou, e antes que Hyunjin pudesse desligar, ele ouviu o Lee acrescentar.
— Ah, vou trazer uma amiga minha junto, ok?
— Ok, não se preocupe. —desligou e jogou o celular no sofá novamente, pronto para começar o jogo.
Jeongin estava mexendo em seu celular por quarenta minutos que seus amigos levaram para se enfrentar em um jogo da NBA. Logo no final do último quarto, a porta da frente foi aberta descaradamente por Minho, que apareceu na sala com o braço apoiado no ombro do Han. Jisung imediatamente caiu no sofá, bufando de satisfação, acenando vagamente para seus amigos, antes de se concentrar novamente em Minho de pé.
— Bem, deixe-me apresentá-los a Yeeun, ela é uma velha amiga que está passando uns dias na minha casa, respeitem-a. — brincou antes de convidá-la para sentar com os outros caras.
— Não preciso que diga a eles para me respeitarem, sou independente, Minho. — Ela respondeu no mesmo tom sarcástico.
— É muito engraçado a forma parecida como vocês falam. — Felix comentou, apontando para eles e os dois lançaram um ao outro um olhar de estranheza.
— Credo, não. — responderam ao mesmo tempo, o que fez todos rirem, todos exceto Jisung que permaneceu um pouco retraído, enterrado no sofá atualizando seu feed do Instagram.
— Se conhecem a quanto tempo? — perguntou Jeongin, que se endireitou os observando.
— Desde o sétimo ano, a história por trás é muito engraçada — falou a garota, já rindo, colocando uma de suas mechas castanhas atrás da orelha cheio de brincos.
— Conte para nós — Incentivou Hyunjin.
— Isso não é necessário. — Minho falou com as sobrancelhas franzidas, mostrando seu início de irritação.
— Tudo bem, nós éramos jovens, e é engraçado — ela riu para o Lee, revirando os olhos.
Minho suspirou, apoiando a cabeça na palma da mão apoiada no antebraço que havia apoiado no encosto do sofá.
— Não sei se o seu ego infla para falar sobre isso com cada um dos meus amigos, mas que seja. — respondeu Minho.
— Ele me escreveu um bilhete de amor fofo onde ele me pediu em namoro, mas eu tinha uma grande queda pela garota do melhor amigo dele, ah ele era todo caidinho por mim — riu antes de passar a mão no cabelo. — Eu era uma vagabunda mas quietinha, foi na escola, então eu contei pra ela um mês depois e ficamos amigas, ela nunca me quis mesmo. — deu de ombros, recostando-se no encosto confortável.
A primeira coisa que Minho fez ao ouvi-la terminar sua história foi se virar para Jisung, observando sua reação, ou a falta dela. O han apenas permaneceu estático na frente da tela do celular, celular que ele havia acabado de bloquear antes de colocá-lo ao seu lado, respirando fundo. Jisung iria arranjar um jeito de controlar seja lá o que o que fosse isso pois sentia que seus dias ficariam loucos.
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CHERRY PIE 🍒 • minsung | TRADUÇÃO
Fanfiction🍒「 EM ANDAMENTO • LONG-FIC 」 quando Jisung se lembrava daquele verão, lembrava-se daqueles beijos lânguidos, daquelas noites na praia, daquele bando de amigos malucos e do cheiro daquela torta de cereja mal assada. Mas e se ele quisesse que seu amo...