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— Rapazes, acordem

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— Rapazes, acordem. — Jisung piscou várias vezes para se acostumar com a luz do dia, antes de arregalar os olhos e se endireitar ao perceber que estava na frente da mãe de Minho, cercado pelos braços de seu filho. 

Quando estava se levantando, os braços do mais alto pousaram em seus quadris e seus movimentos nem pareciam tê-lo acordado. Ele se virou, passando a mão pelas mechas de cabelo do Lee com delicadeza.

— Acorda, Minho. — sussurrou, vendo os olhos do mais velho se abrirem lentamente, forçando-o a sorrir. Achou-o adorável com o rosto meio amassado.

Quando assimilou lentamente seu despertar, Minho se sentou. Dava para ver o céu se pondo lá fora; há quanto tempo eles permaneceram nesta posição? Minho passou a mão pelo rosto, um pouco mais cansado do que antes da soneca.

— Você vai ficar para comer, Jisung? — Perguntou a mulher, enquanto o jovem se levantava e se espreguiçava.

— Não quero incomodar... — falou timidamente, ainda não se sentia muito confortável na companhia dos adultos.

— Obviamente você não está se incomodando, fique. — deu a ele um sorriso que esticava os cantos dos olhos felinos; ainda a achava bastante bonita para sua idade, e entendia de onde Minho herdava a maioria de suas feições.

Então assentiu, e a mãe de Minho mostrou uma expressão satisfeita, retomando suas atividades anteriores.

Jisung virou-se para o mais velho, para ter certeza de que seu despertar estava indo bem e o observou, com as mãos pressionadas na testa, tentando sair do torpor. Os dois então se levantaram e, pela primeira vez desde que Jisung chegou, o tempo lá fora não estava bom. Um vento fresco fazia vibrar as folhas das árvores e grandes nuvens acinzentadas manchavam o céu que escurecia.

Os dois sentaram-se para a refeição, depois que Jisung enviou uma mensagem de texto para seus pais avisando-os. O clima entre os Lee era caloroso; sempre tinham um assunto para discutir, sobre o qual os pais do mais velho mudavam a cada segundo. O loiro se contentava em ouvir, não era muito falador nesse tipo de situação. Minho, cujo sono o deixou bastante apático, apreciou a refeição sem muitas palavras, respondendo quando seus pais o chamaram. Havia contado sobre seus próximos estudos artísticos na seção de dança, e o assunto interessou Jisung, que o achou extremamente talentoso. Ficou feliz em saber que queria se profissionalizar em sua paixão, ainda mais que seus pais o deixaram ir a Seul para a ocasião.

— E você, Jisung, sabe o que quer fazer depois do ensino médio? — o loiro engoliu seu pedaço de carne, levantando o rosto para responder ao pai de Minho.

— Não... Tem muitas coisas que me interessam, não posso dizer agora.

— Você tem tempo, afinal. — o homem respondeu, percebendo o desconforto do loiro com a resposta vaga.

CHERRY PIE 🍒 • minsung | TRADUÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora