Um mês de tormento. Um mês de fraldas sujas, noites mal dormidas e de desespero querendo ajuda de quem pudesse me dar. Samuel parecia que tinha um novo cargo, mas adorava ter a menina nos braços, com Debbie era o mesmo. Ela passava muitos dias me ajudando com Nancy, mas a maior parte da noite eu tinha que me virar com a criança que dormia muito pouco em meu peito e menos ainda quando a deitava na cama.
Eu havia resolvido que ficaria com ela. Eu nunca admitiria, mas não queria uma parte de mim sozinha nesse mundo. Me ajudou a tomar essa decisão que ela se parecesse cada vez mais com minha mãe. Eu mal podia olhar em seus olhos sem lembrar da mulher doce que me criou e amou. Mas minha ligação com a garota parava aí.
Eu tinha decidido que manteria ela financeiramente, nada faltaria para ela, quando mais velha ela poderia ir para um internato e depois fazer a faculdade que quisesse. Entre nós não poderia existir esse vínculo de pai e filha. Eu não tinha capacidade para isso e ela estaria bem melhor sem mim. Eu poderia fazer isso. Foi o que disse a Edgar quando ele me trouxe sua nova certidão de nascimento para que eu assinasse e fosse registrado. Eu cuidaria para que essa garota crescesse forte, o amor nos destruía, foi o que aconteceu com minha mãe e então comigo, se eu como pai tinha que proteger Nancy, eu a protegeria do amor.
Só o que estava difícil era encontrar a babá perfeita. Entrevistei tantas mulheres no último mês que eu poderia me sentir enjoado. Havia de todas as faixas etárias, desde uma garota de 16 anos que ainda fazia parte dos escoteiros até uma idosa mais velha que Samuel. Eu precisava de alguém 24 horas por dia, 7 dias por semana. Eu oferecia bons benefícios, um bom quarto em minha própria casa, em troca apenas de cuidar de uma criança. No entanto, ou eram jovens ou velhas demais, e o melhor, algumas se ofereceram tanto que achavam que seriam a minha babá. Eu só não havia desistido ainda porque precisava mesmo de alguém para a menina e que o tormento noturno terminasse.
Meu irmão entrou no meu escritório sem ser anunciado, o que me fez suspirar passando os polegares pela sobrancelha. Ele abriu seu terno e se sentou com seu sorriso irritante.
— Você não parece bem. Tem dormido mal?
— Vou deixar a garota com você por um mês e vejamos quem vai estar mal.
— Você pode deixar que minha mãe e nosso pai fique com ela enquanto estiver procurando uma babá. Eles já se ofereceram.
— A resposta é não. Não chegarão perto dela.
— Você age como se tivessem alguma doença. Eles querem o melhor para você, August.
— Não venha me dizer que querem o melhor para mim, Nicholas, quando você é o protegido. O único que não pode saber de nada do que já fizeram. Eu não preciso dos seus conselhos de menino mimado. Eu não preciso ter sua mãe e toda sua merda perto de mim.
Ele ficou me encarando, tão sério quanto eu estava. Minha língua coçava para falar e mostrar quem realmente eram seus pais, o tipo de pessoas que eles queriam esconder de Nicholas querendo ter a família perfeita, mas eu era o problema que eles não conseguiram controlar. Eu era a bomba que acabaria com o mundinho perfeito que eles começaram a criar enquanto me destruíam. E porque eu não conseguia abrir a boca e dizer tudo eu não sabia. Apenas não valia a pena lutar contra isso agora, eu não perderia mais nada por causa das decisões do meu pai.
— Eu sinto muito pelo que eles fizeram. — Nicholas disse me olhando solidário.
— De que merda você está falando agora?
— Sei que minha mãe e papai tiveram um caso quando ele ainda era casado com sua mãe, eu sei que nosso pai te impediu de me contar isso, mas eu sei. Eu sinto muito.
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A Filha Rejeitada do CEO
RomanceCONCLUÍDO Quando a babá de sua filha decide tirar o poderoso e indomável August Grayson de seu pedestal, ele então se vê sem defesas para a vontade da mulher que habita seus novos sonhos. Zoe Beaumont está recomeçando sua vida. Uma nova cidade, um n...