24 - Ryan

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Era como uma nuvem carregada, um cinza tão escuro prometendo a maior tempestade de todos os tempos. Os trovões faziam minha cabeça vibrar, os relâmpagos faziam com que flash de memórias viessem uma atrás da outra, mas de modo aleatório, desorganizado. Nada se encaixava como numa linha do tempo decente, mas então um sorriso, os olhos verdes mais lindos que já em toda a minha vida, cachos negros que eu fazia questão de entrelaçar meus dedos e puxar a dona para perto de mim, para que sua boca colasse na minha e assim pudéssemos nos divertir tanto quanto possível.

Era isso. Era Zoe. Minha felicidade.

E foi como acordar depois de uma ressaca muito pesada, o que era estranho já que nunca fui de beber tanto. Uma luz muito clara foi a primeira coisa que vi, me fazendo enxergar parcialmente o quarto onde eu estava. Um aparelho apitava ao meu lado indicando minha frequência cardíaca, minha mãe estava numa poltrona adormecida com um prontuário sobre o colo. Meu pai estava na poltrona ao lado, também dormindo. Tentei engolir, sentindo falta da água, de repente com muita sede. Uma tosse de rasgar o peito me atravessou enquanto eu levava a mão ao rosto com um dor de cabeça insuportável.

- Ryan, querido. Oh meu Deus! Meu filho!

As mãos da minha mãe passeava por meu rosto. Meu pai veio logo em seguida, ambos me abraçando e chorando.

- Estou bem, por favor. Estou com sede.

- É claro, querido. Denny, chame uma enfermeira.

- Agora mesmo.

Minha mãe me ajudou a beber água e continuou a acariciar meu rosto, não conseguia parar de chorar, seus cabelos estavam mais longos do que da última vez que a vi, muito mais longos.

- Então, por que estou no hospital?

- Dr. Casey disse que você poderia não se lembrar de tudo, mas pode vir aos poucos. Vamos te examinar antes de tudo, ok?

- Está bem... Onde está Zoe? Ela foi comer alguma coisa?

- Ela não está aqui, Ryan. - Ela disse entre dentes e tentou disfarçar com um sorriso, acariciando meu rosto, minha cabeça ainda latejando.

- Bem, você pode cham...

- Parece que o nosso garoto finalmente acordou! - Dr. Casey, meu mentor, apareceu no quarto e sorri de volta para ele. - Você nos assustou noite passada, rapaz.

- Eu estou pronto para saber o que foi que aconteceu.

- Primeiro me deixe examinar você, tudo bem?

- Faça isso.

Ele começou com a lanterna em meus olhos, verificando minhas pupilas. Me perguntou se eu estava sentindo alguma dor, relatei a dor de cabeça chata e a sensação da nuvem carregada dentro da minha cabeça. Ele guardou a lanterna no bolso do jaleco e olhou para meus pais. Eu conhecia aquele olhar, não significava algo bom.

- Pode me dizer a última coisa que se lembra?

- Não posso doutor, tudo o que me vem a mente é minha esposa, Zoe. Mãe, você pode ligar para ela? Preciso vê-la.

- Ryan...

- Que tal falarmos sobre o que aconteceu primeiro?

- Tudo bem, mas fiquem vocês sabendo que pensar em Zoe é a única coisa que não me traz dor de cabeça. Vá em frente Dr. Casey.

A Filha Rejeitada do CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora