26 - August

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Voltei lindezas!!
Mais um capítulo pra vocês.
Escrever é a coisa que mais me faz feliz no mundo, seguida da leitura, então espero que apreciam cada capítulo e cada livro que eu deixo disponível aqui, porquê realmente? Algumas coisas não são fáceis de aturar.
Apenas um pequeno desabafo dessa escritora triste :/
Sem mais delongas, aproveitem o capítulo.

Deixe seu voto ⭐

Boa Leitura ❤️📚


Olhei para as algemas em volta dos meus pulsos. Finalmente era um homem livre, mas elas continuavam lá, felizmente por poucos minutos a mais. O guarda ao meu lado me encaminhava para a saída e passamos direto pelo depósito pois eu não tinha itens a recuperar de quando cheguei aqui, simplesmente fui transferido de um hospital para um tribunal e então para esse lugar podre, então é justo que as algemas ainda permaneçam, pois assim cheguei e assim estou saindo.

Até mesmo as minhas roupas não eram as mesma do meu último dia livre, elas estavam com sangue e foram usadas como provas, estão neste exato momento em outro tipo de depósito. Dean me trouxe botas, camisa e meu jeans, a camisa aperta meus braços com músculos muito maiores e decidi levar minha jaqueta na mão, não posso dizer como senti falta de tocar o couro.
Assinei toda a papelada ao lado do meu advogado e Dean sorriu para mim do outro lado do pátio quando enfim saí para fora. Poucos metros para a liberdade. O marido da minha prima me abraçou e respirei fundo com a nova sensação, ele era tão forte quanto eu e ainda conseguia ser delicado o suficiente como jamais fui capaz. Não era tarde para recomeçar. Foi meu lema nos últimos anos lá dentro.

— Obrigado, Dean.

— Sem essa, somos família. Debbie está louca pra te ver.

— Eu também. Mas só quero uma coisa agora. — Sinto meu coração se apertar. — Preciso da minha filha.

— Vamos te levar até ela.

Ele apertou meu ombro e nos despedimos de John que foi para seu próprio carro, ainda tínhamos muito a discutir, mas ele devia entender minha necessidade. Sentei no banco passageiro do SUV ao qual Dean dirigia e não deixei de sorrir ao notar as duas cadeirinhas no banco de trás. Sim, também estava louco para ver meus sobrinhos.

Dean respeitou meu silêncio, apenas deixando uma música tocar enquanto eu olhava toda a vista pela janela e o vento passava por meu rosto nas próximas horas que ficamos no carro, fazendo pelo menos duas paradas para comer algo. Eu disse que sentia falta da minha moto numa dessas paradas e ele riu dizendo que cogitou trazê-la para mim, mas desde que eu ainda não tinha minha carteira liberada, era melhor eu continuar no banco passageiro. Eu poderia lidar com aquilo, eu continuaria dentro da lei para sempre.

Já era um pouco tarde da noite quando cheguei no prédio onde eu costumava morar, minhas chaves estavam de volta em minha mão, mas o porteiro andou até mim quando atravessei o saguão.

— Eu preciso que se identifique. — Eu o encarei e ele arregalou os olhos, engolindo em seco. — Sr. Grayson, eu não o reconheci, desculpe.

— Nada para desculpar, Arnie. Sei que estou diferente.

As tatuagens em minha pele não eram novidade, mas a barba e os músculos maiores, sim. Era uma mudança boa, afinal eu não era o mesmo ser desprezível de anos antes, tinha certeza.

— Quer que eu avise a senhorita Zoe que está aqui?

— Não é preciso, tenho as chaves. Ela realmente não sabe.

Ele me deixou ir e senti meu coração acelerar quando entrei no elevador indo direto para minha cobertura. Zoe não sabia que eu estava sendo libertado hoje, realmente foi uma correria e eu pedi a Dean que não avisasse, eu queria uma surpresa para minha garotinha e para ela, que foi tão presente em nossa vida nos últimos anos e tão importante para mim. Eu queria ver seu sorriso de surpresa quando eu aparecesse, eu queria vários outros sorrisos também.

A Filha Rejeitada do CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora