37| Cara a Cara com a Máfia

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Cara a Cara com a Mafia

S/N Cullen

Encarar por horas e horas o relógio do meu quarto no hospital me fez lembrar de quando estava no primeiro ano do ensino médio. Olhava o relógio a acada dois minutos esperando o tempo passar rápido para eu poder ir para minha aula de pintura, lembrar desses tempos me faz sentir falta de pintar.

Prometi a mim mesma que assim que saísse daqui iria voltar a meu habito de pintar, pintar paisagens chuvosas, do clima do inverno, lagos ao luar e lindas florestas.

Tentava focar meu pensamento em coisas totalmente supérfluas, para conseguir não focar na prisão de Aidan. Saber que ele estava preso, com risco de ficar anos lá me assustava cruelmente.

— Bom dia senhorita, Cullen. —Meus pensamentos foram se afastando ao ver que no quarto havia entrado Doutor Johnes, meu médico.

Um senhor de 30 anos, acho. Bem apessoado e bem alto, seu cavanhaque me lembrava o Doutor Estranho e o Tony Stark as vezes.

— Bom dia, doutor. — sorri minimamente, ajeitando me na cama. — Me diga que hoje não tratam aquela sopa de espinafre de novo.

Ele riu anotando alguma coisa em sua ficha, em seguida a deixando numa mesinha ao lado de minha cama.

— Não precisa mais se preocupar com isso. Hoje você poderá já ir para casa. — ele contou sorrindo a mim.

Um sorriso largo pulou de meus lábios, suspirei aliviada e toquei meu peito fechando meus olhos.

— Graças... — ofeguei e logo puxei a coberta para fora de meu corpo.

— Mas acalme-se. — ele falou ao ver me prestes a levantar. — Estamos ainda estipulando sua alta, sua mãe está na recepção vendo tudo.

— Ah, não. — ri meio sem graça. — Deve ser minha tia, ela é gêmea de minh...

— Filha?

Aquela voz me fez congelar alguns segundos. Engoli seco e fechei meus olhos, não acreditando realmente no que acontecia. Ao abrir meus olhos lá estava ela, em frente a porta do quarto me olhando, usando seu coque com pontas soltas atrás da cabeça, com seus cabelos brilhando mais do que nunca. Usava um vestido com pêssego e sorria docemente a mim.

— Mãe. — balbuciei.

Seus lábios se torceram num sorriso maior e ela se aproximou. Parou em frente a minha cama e olhou me mais de perto.

Quem diria. Após dias aqui, no meu ultimo dia ela estaria aqui.

— Vou deixar vocês asos. — falou o doutor, em seguida saindo da sala.

Desviei o olhar de minha mãe olhando minhas pernas, juntei minhas mãos sobre o colo.

Não sabia se era a mediação ou dias de tédio excessivo, mas eu sentia já lagrimas se formando em meus olhos. Tendo que piscar excessivamente para conter a maior produção.

— Filha. Sei que você esta magoada comigo, que quer me rejeitar de todas as maneiras. Eu sei, sabe como já passei por isso quando tinha sua idade. — Ela dizia. — Mas quero que saiba, que fui muito infantil também. — ouvi sua voz falhar.

Sick Love - Aidan GallagherOnde histórias criam vida. Descubra agora