Epílogo

887 146 9
                                    

Rol So-jeff:

Ainda estou um pouco triste com a rapidez com que o tempo passou diante dos meus olhos. Posso dizer que, felizmente, as crianças cresceram bem e sem muitos problemas, como eu esperava.

Esse sentimento de melancolia surge quando reflito sobre como o tempo voou tão rapidamente, quase como um sopro. No entanto, ao observar o crescimento das crianças, sinto um alívio profundo ao constatar que elas se desenvolveram tão bem, conforme minhas expectativas. Cada etapa do seu crescimento foi marcada por desafios superados e momentos de alegria compartilhada, o que me enche de gratidão e orgulho como pai.

— Ártemis se parece com você, calma e serena — disse Alana. Com suas palavras, olhei alternadamente para Ártemis, que estava correndo atrás de Rachel no jardim, ambas rindo divertidas pela situação.

Consigo lembrar-me tão claramente, como se fosse ontem, do momento em que aguardava ansiosamente a chegada de um filho, apenas para dar as boas-vindas a minha filha Ártemis, que veio ao mundo de forma serena e sem derramar uma lágrima sequer. Desde então, Ártemis e Rachel tornaram-se inseparáveis, como se estivessem destinadas a uma conexão tão profunda desde o primeiro momento em que se encontraram.

Se passaram seis anos desde aqueles dias, e o tempo parece ter voado tão rapidamente. Ambas cresceram tão adoráveis, mantendo uma amizade que é ao mesmo tempo aconchegante como irmãs. Surpreende-me como são inteligentes para a idade, capazes até mesmo de persuadir o carneiro a fazer suas vontades.

— Como ambas podem ser incrivelmente fofas — falei, e Alana concordou com um sorriso caloroso.

— São mesmo — Alana disse, observando as duas meninas brincarem no jardim.  — Elas têm uma conexão especial, não é mesmo?"

Concordei, com um aceno.

— Sim, é como se entendessem uma à outra sem precisar de muitas palavras. — Falei.

À distância, Rachel e Ártemis compartilhavam segredos e risadas, criando memórias que iriam durar uma vida inteira.

Alana parecia refletir enquanto olhava ao redor, então falou em voz baixa:

— Você acha que ela vai herdar alguma habilidade do nosso sangue? Quero dizer, a capacidade de fazer algo com a magia antiga? —  Ela parecia preocupada. — A parte bruxa se manifestou e estou me perguntando se ela será uma mistura das habilidades de ambos. Isso seria bastante para alguém lidar, não acha?

Compreendo sua frustração. Lidar com os deuses pode ser uma tarefa desafiadora, já que muitas vezes suas respostas são enigmáticas e seus métodos, misteriosos. Talvez seja uma questão de tempo até descobrir mais sobre suas próprias habilidades e o potencial de sua filha. Enquanto isso, cuidar dela com amor e orientá-la da melhor forma possível é o mais importante.

— Se essa possibilidade realmente existir, então só nos resta esperar. Não há como ter certeza, e há o caos que os livros não explicam sobre os filhos daqueles que usavam magia antiga — expliquei para minha amiga, que riu.

— Então ela será capaz de fazer algo relacionado à magia antiga, já que é sua filha — Alana comentou inesperadamente. Fiquei sem palavras por um momento, e isso me fez soltar um suspiro baixo.

— Bem... eu teria que investigar mais, mas não acho que ela já tenha desenvolvido nenhum poder ainda. Lembro-me que, na minha idade, demorou para os meus poderes surgirem — expliquei, coçando a nuca com calma.

Agora que Ártemis acabara de completar seis anos, ainda considerava que era cedo demais para julgar se ela teria alguma habilidade mágica herdada através do meu sangue. Mesmo se ela tivesse, questionava-me sobre como isso mudaria as coisas no momento. Hesitei em responder e voltei novamente para minhas filhas.

O Jovem Soldado(ABO/MPreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora