Capítulo Vinte

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Rol Fisher:

Dias depois...

O tempo passou, e finalmente estamos voltando para a alcateia So-jeff. Devo admitir que nunca pensei que ficaria feliz em retornar a esse lugar.

Pelo menos agora, não tenho mais a marca de escravidão em meu corpo e não preciso obedecer me coneter para abter na cabeça do carmuel.

Houve uma vez em que pedi a ele para permitir que Caio, Miguel e Simon viessem conosco. Surpreendentemente, ele concordou, mas com uma condição: eu teria que ficar de olho neles, assim como fazia com as crianças e Alexandre.

Theodore é uma pessoa muito divertida para conversar. Mesmo na forma humana, ele é uma fofura, além de ser lindo. Tentei algo a mais, e uma curandeira dos guardas me informou que a maldição dele só foi quebrada quando Alexandre e ele se beijaram, o que significa que são predestinados. Fazer o que, né?

Também aprendi bastante sobre os guardas. Os curandeiros estão lá apenas para casos em que seres sobrenaturais param no local. De resto, são os irmãos eternos que cuidam daquele lugar. Eles têm seu próprio território entre o mundo Sobrenatural e o humano, uma espécie de ilusão para os mortais.

Voltando a esse período, notei que Alana e Tri se tornaram bastante amigas. Surpreendentemente, Alana mencionou que também teria que ir para a alcateia So-jeff para obter informações sobre algumas coisas. No entanto, senti que suas palavras não eram totalmente verdadeiras.

Estava alerta por causa de alguns guardas que me olhavam como se fosse inferior a eles. Lembrei-me do que ouvi enquanto fugia do mundo Sobrenatural: os guardas, mesmo que não demonstrem, têm um forte ódio pelos sobrenaturais, tratando cada um como se fosse lixo.

Principalmente os lobos e vampiros.

Acredite se quiser, eles até desmerecem como alguns sobrenaturais tratam os altares dos deuses. Os únicos que não recebem críticas são os vampiros, já que não conseguem falar o nome de alguém com sangue celestial e sagrado.

— Rol — Escuto alguém me chamar e deixo meus pensamentos para lá, virando para ver Steven ao meu lado. Ele vestia uma roupa fresca e quente, preparando-se para enfrentar o clima que nos aguardava ao sair desse lugar. Em seus braços, Rachel estava enrolada em uma manta roxa, encarando-me.

— Está fazendo o que? — Perguntou Steven.

— Pensando que não vou sentir saudades dos olhares que recebi de alguns guardas. — Respondi, e ele concordou. — Cadê o Owen e os outros?

Ele apontou com a cabeça para o outro lado do píer, onde o pessoal estava carregando algumas malas.

— Só estão carregando algumas coisas que vamos precisar no caminho e suprimentos. — Steven disse, e Rachel começou a se remexer em seus braços, apontando para mim.

Peguei Rachel nos meus braços, assumindo a responsabilidade para que Alexandre não ficasse sobrecarregado cuidando dela. Tornar-me o "babá" de Rachel era algo novo para mim.

Nunca fui muito de cuidar de crianças, mas Rachel e Miguel pareciam gostar bastante da minha companhia, sempre querendo ficar perto de mim. Isso era um tanto assustador, considerando que desde pequeno eu tinha medo de derrubar bebês no chão. No entanto, depois de aprender como segurar crianças pequenas de maneira segura e confiante, aquele medo bobo foi substituído por um sentimento de conforto ao cuidar desse pequeno ser vivo.

— Eles são tão fofinhos! — Comentei sorrindo, enquanto Rachel sorria de volta para mim.

— São mesmo, as coisas mais fofinhas do mundo — disse Steven. — Rol, você pretende ter filhos um dia?

O Jovem Soldado(ABO/MPreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora