Capítulo Quarenta e Cinco

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Carmuel So-jeff:

Sair com Rol estava sendo uma experiência incrível, mas ao mesmo tempo um tanto intrigante. Enquanto caminhávamos, eu podia sentir a energia ao nosso redor vibrando com excitação. Era como se as pessoas estivessem em um frenesi, mas não exatamente por nossa presença.

Nos rostos das pessoas, eu podia ler claramente as perguntas não ditas, pairando no ar como nuvens carregadas de curiosidade e especulação. "O que o líder dos So-Jeff está fazendo aqui? E quem é esse rapaz ao seu lado? O que isso significa? Ele está realmente mostrando sua relação em público? Ou isso é apenas algum tipo de brincadeira?"

Independentemente das respostas para essas perguntas, os repórteres presentes na cena pareciam relutantes em abordá-las diretamente comigo. Em vez disso, eles transferiam toda a culpa para suas próprias mentes, seus olhares carregados de veneno se voltando para Rol, como se ele fosse o responsável por toda a intriga.

Assim, os problemas da nossa noite haviam começado, e eu estava ficando cada vez mais irritado. Foi quando Rol apertou minha mão suavemente e se virou para mim.

— Se você não consegue lidar com algo tão pequeno, o que mais posso fazer? Vamos apenas esperar e ver como essas pessoas vão reagir. — Ele disse com uma calma que me surpreendeu, sua expressão imperturbável contrastando com a agitação ao nosso redor. — Estou acostumado com as pessoas jogando palavras venenosas sobre mim desde a infância.

— Mesmo assim, não é correto as pessoas falarem assim. — Eu disse, e Rol riu suavemente. — O que foi?

Seus risos eram reconfortantes, mas eu ainda me sentia tenso com toda a situação.

— Até pouco tempo atrás, era você quem fazia isso, não pode ficar se magoando sempre. — Ele disse, e senti minhas bochechas queimarem com a vergonha e meu coração apertar-se com força. — Então, não precisa ficar assim, ou se atormentar com o passado e com o que falam de mim. Apenas siga em frente.

As palavras de Rol penetraram fundo, como uma flecha direto ao meu cerne. Eu sabia que ele estava certo, mas deixar para trás as feridas do passado não era tão simples quanto ele fazia parecer.

Meu coração pareceu parar por um momento. Quem teria imaginado... que Rol se tornaria alguém verdadeiramente importante para mim, alguém que se tornou minha âncora nos últimos dias.

Quando entramos no hotel, fiquei impressionado com o brilho reluzente que dominava o saguão, emanando de todos os cantos. Vi a expressão de surpresa no rosto de Rol enquanto assobiava baixinho.

Garçonetes e garçons circulavam pelo espaço, servindo uma variedade incrível de pratos no restaurante. Era uma cena animada e diversificada: lobisomens conversavam e riam com vampiros, feiticeiros com detalhes animalescos sorriam enquanto levantavam enormes taças de vinho e pediam mais. A atmosfera estava repleta de energia e excitação, como se o mundo inteiro estivesse ali para celebrar.

— Ei! — Um mensageiro vestindo uma camisa havaiana branca e amarela com desenhos de lótus, shorts e sandálias de dedo nos cumprimentou. — Bem-vindos! Não acredito, você é o Rol?

Rol pareceu voltar à realidade e assentiu.

— Sim, mas por que a pergunta? Você me conhece? — Rol perguntou lentamente, e o mensageiro assentiu.

— Vejo que me esqueceu. Eu era um dos garotos que o ajudaram durante o tempo em que você estava nas ruas. Meus pais ficaram tristes quando você fugiu novamente. — O mensageiro disse, e uma expressão de tristeza apareceu no rosto de Rol. — Posso dizer que você não mudou nada desde aquela época. Quem é esse ao seu lado? Algum tipo de namorado?

O Jovem Soldado(ABO/MPreg)Onde histórias criam vida. Descubra agora